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Macau é um dos quatro primeiros países e áreas do Pacífico Ocidental que obtiveram a certificação de erradicação do sarampo na região


Divulga-se hoje (20 de Março), pela Comissão de Verificação Regional de Sarampo da Organização Mundial de Saúde da Região do Pacífico Ocidental (adiante designada por OMS) que, a Região Administração Especial de Macau, Austrália, a Mongólia e a República da Coreia obtiveram a certificação de erradicação do sarampo. De acordo com a OMS, estes são os primeiros países ou áreas da Região do Pacífico Ocidental que recebem esta distinção, sendo também um marco da Região do Pacífico Ocidental. De acordo com os Serviços de Saúde, a obtenção desta certificação é o fruto do esforço conjunto a longo prazo entre o Governo da RAEM e as instituições de saúde não governamentais e os profissionais de saúde. O sarampo é uma das doenças infecciosas agudas que prejudicam a saúde e a vida dos lactentes, que se transmite principalmente através de gotículas (saliva e gotículas de expectoração), mas também através do contacto directo com secreções infecciosas e objectos contaminados. É altamente infecciosa, e depois do doente ser infectado, podem ocorrer facilmente a pneumonia, otite média e outras complicações. De acordo com a OMS, em todo o mundo, cerca de 330 pessoas morrem diariamente por sarampo ou suas complicações, na sua maioria são crianças menores, com idade inferior a cinco anos, atingindo a mortalidade por sarampo 15% em países em desenvolvimento. Felizmente, o sarampo é uma doença prevenível por vacinação, podendo a vacinação contra o sarampo evitar a infecção. Mas o sarampo é uma doença altamente contagiosa, o nível de imunidade do grupo populacional tem de ser superior a 95%, a fim de prevenir eficazmente a propagação do sarampo, atingindo a meta de erradicação .
Já em 2004, a Região do Pacífico Ocidental da OMS propôs o programa de erradicação do sarampo. A OMS define que a erradicação do sarampo pode ser verificada quando há documentação que mostra a interrupção da transmissão endémica do vírus do sarampo no local, por um período no mínimo de 36 meses na presença de um bom sistema de vigilância e comprovação de genotipagem de apoio.
O Governo da RAEM tem sabido responder activamente à iniciativa da OMS para fortalecer o sistema de vigilância do sarampo de acordo com as normas pertinentes e melhorar ainda mais as estratégias de vacinação contra o sarampo. A idade de vacinação contra o sarampo é decidida conforme a situação epidemiológica local. Uma vez que os bebés têm os anticorpos da mãe, a vacinação prematura poderá causar facilmente a falha de vacinação; no entanto, a vacinação atrasada, poderá levar a que a criança possa ser infectada antes da vacinação, não se conseguindo atingir o objectivo de prevenção. Macau começou a aplicar, a partir de 2003, o Programa de Vacinação VASPR (MMR), de duas doses, administradas respectivamente aos 12 meses e 18 meses de idade, para além de garantir a prestação de vacina de boa qualidade aos cidadãos. Em simultâneo, todos os centros de saúde, o Hospital Kiang Wu, Clínica dos Operários e outras instituições que assinaram o protocolo com os Serviços de Saúde, têm-se dedicado à prestação de serviço conveniente de vacinação aos cidadãos, enquanto o Laboratório da Saúde Pública dedica-se ao desenvolvimento e melhoria da técnica de teste sorológico e virológico de sarampo, tendo obtido a certificação da OMS quanto à técnica e teste do sarampo. Além disso, os Serviços de Saúde colaboram com os Serviços de Educação para a Juventude e Instituto de Acção Social, e de acordo com o Regulamento Administrativo n. º 16/2008, que regula o regime de vacinação, reforçam a verificação do estado vacinal dos estudantes de escolas, de creches e transferidos do exterior para Macau. O Centro de Prevenção e Controlo da Doença, dos Serviços de Saúde, empenha-se em reforçar a colaboração com as instituições médicas, melhorar a capacidade de diagnóstico de sarampo dos profissionais de saúde e aperfeiçoar o sistema de vigilância do sarampo.
A Comissão de Verificação Regional de Sarampo da Organização Mundial de Saúde Região do Pacífico Ocidental definiu um conjunto de indicadores para a erradicação do sarampo, entre os quais refere que a incidência do sarampo não pode ser maior do que um milionésimo, ou seja, para uma base populacional menor em Macau, desde que ocorra um caso de infecção local, Macau já não pode alcançar a meta de erradicação, ainda mais com o intercâmbio frequente com o exterior, e a situação epidémica grave nas áreas circundantes, a obtenção de certificação de erradicação do sarampo é um desafio enorme. Este ano, 13 países e regiões na Região do Pacífico Ocidental candidataram-se para a certificação de erradicação do sarampo, tendo a Comissão de Verificação Regional de Sarampo da Organização Mundial de Saúde Região do Pacífico Ocidental, composta por 14 especialistas internacionais, avaliado todos os itens de certificação dos candidatos, dos quais, 4 obtiveram a certificação com êxito. Após o esforço de muitos anos, Macau, na sequência da obtenção em 2000 da certificação de erradicação da poliomielite da Região do Pacífico Ocidental OMS, em 2008, foi um dos primeiros 2 países e regiões certificados de ter atendido às metas de controlo da hepatite B na Região Pacífico Ocidental da OMS, e no corrente ano, é, mais uma vez, um dos primeiros que obteve com êxito a certificação de erradicação do sarampo na região do Pacífico Ocidental. É verdadeiramente um outro marco importante na história de saúde de Macau, é o fruto do desempenho conjunto a longo prazo entre o Governo da RAEM, as instituições médicas não governamentais e todos os profissionais de saúde, em simultâneo, e encarna o êxito das políticas do Governo da RAEM quanto à "prevenção prioritária e tratamento adequado". Os Serviços de Saúde sublinharam que, apesar de se conseguir a erradicação do sarampo, as crianças de Macau ainda têm que se vacinar para serem protegidas contra a ameaça de infecção do sarampo. Dado que a situação epidémica do sarampo na área circundante é ainda muito grave, apenas através da manutenção de um alto nível de imunidade, podem as crianças de Macau evitar a ameaça do sarampo. Com o intuito de proteger as crianças e manter continuadamente o estado de erradicação do sarampo, os Serviços de Saúde apelam aos pais que vacinem atempadamente as suas crianças. Enquanto isso, os Serviços de Saúde recomendam aos cidadãos de Macau que residem no Interior da China ou nas regiões com uma maior incidência de sarampo, que devem observar as recomendações do serviço competente local, e receber a administração precoce da primeira dose da vacina contra o sarampo. Quanto aos lactentes que recebem ou não a vacinação contra o sarampo na idade antes de 12 meses, devem ser vacinados com duas doses de vacina contendo sarampo, a fim de ter imunidade suficiente ao longo da vida inteira. Os Serviços de Saúde recomendam que se o procedimento de vacinação na área residencial não conseguir atender essas exigências, podem vacinar-se quando voltarem a Macau. Todas as mulheres em idade fértil que nunca sofreram de sarampo ou nunca se vacinaram contra o sarampo, devem deslocar-se aos centros de saúde para a vacinação, e para todos os cidadãos de Macau, a vacinação é gratuita. Os Serviços de Saúde vão continuar a observar as recomendações e orientações da Organização Mundial de Saúde, manter o estado de erradicação do sarampo, reforçar a vigilância e inspecção do sarampo, assegurar um alto nível de cobertura vacinal, a fim de proteger a saúde dos cidadãos, especialmente a dos lactentes.