As autoridades irão auscultar e acompanhar seriamente as valiosas opiniões apresentadas pelo grupo de acompanhamento de questões no bairro Ká-Hó. A Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) já tinha solicitado a uma empresa internacional neste âmbito, para efectuar a recolha de amostras na zona de Ká-Hó. Os resultados dos referidos testes serão submetidos ao Instituto das Ciências Ambientais do Sul da China, Ministério de Protecção Ambiental (Instituto) para análise, avaliação e elaboração de relatório. E convidou especialistas provenientes de Macau e Hong Kong para constituir um grupo de avaliação independente com vista a proceder à verificação e demonstração para que o referido relatório se torne mais objectivo e abrangente. Espera-se que o referido relatório possa ser concluído ainda dentro deste mês. Ao mesmo tempo, a DSPA irá realizar a avaliação abrangente das infra-estruturas ambientais na RAEM, nomeadamente, as estações de tratamento de águas residuais, as instalações de incineração de resíduos sólidos e os aterros. No futuro, a DSPA irá, através da sua página electrónica, publicar periodicamente os dados de monitorização das infra-estruturas ambientais na RAEM para elevar o grau de transparência de informações e, assim, dar conhecer aos cidadãos o respectivo funcionamento.
No que toca à questão colocada por alguns cidadãos sobre a amostra de solos feita no inicio deste ano no talude junto ao aterro para cinzas volantes de Ká-Hó. A DSPA frisa que o Instituto efectuou a escolha de locais mais adequados na RAEM, nomeadamente o talude junto ao aterro para cinzas volantes de Ká-Hó, e destacou pessoal técnico para efectuar a amostra de solos, segundo o «Método contemporâneo de análise da monitorização ambiental» e o «Método de análise dos elementos de solos» da China, e em conformidade com as características geográficas e ambientais de Macau. Segundo os resultados da referida análise das amostras de solos, a concentração de dioxinas cumpriram às normas estabelecidas em vários países desenvolvidos, a concentração de substâncias metálicas respeitam a norma nacional III «Qualidade de solos» (GB 15618-1995), o que revela que a qualidade dos solos adjacentes ao aterro para cinzas volantes não prejudicam as plantas nem provocam poluição no ambiente. A norma nacional III «Qualidade de solos» (GB 15618-1995) consiste em exigências e valores padrões da qualidade de solos para assegurar a produção agrícola e o crescimento normal das plantas.
Quanto à preocupação sobre a saúde dos habitantes do bairro circundante, a Direcção do Serviços de Saúde (SSM) sublinhou que as cinzas volantes resultantes de incineração são compostas de diversos e complexos elementos, uma vez que os lixos transportados para incineração são provenientes de diferentes zonas. Estes elementos resultantes podem provocar diferentes tipos de impacte na saúde, o que dificulta efectuar exame médico e avaliação do estado de saúde. Quando forem conhecidos os resultados do relatório da monitorização ambiental, será possível disponibilizar o exame médico mais direccionado. Por sua vez, a SSM irá proceder, em breve, um inquérito para os habitantes da zona com vista a melhor conhecer os dados referentes ao estado de saúde e do ambiente. Conhecidos os resultados do relatório da monitorização ambiental e do inquérito feito, poderá ser efectuado o exame médico para os habitantes eventualmente afectados, em conformidade com o estado de saúde. A SSM frisou ainda que compreende a preocupação dos habitantes em causa e irá arrancar com os trabalhos, nomeadamente o acompanhamento médico a longo prazo, com vista a assegurar a saúde dos habitantes. Na presente fase, os cidadãos que se sintam de problemas de saúde devido ao contacto com as cinzas volantes, poderão dirigir aos centros de saúde para fazer o devido exame médico. As autoridades irão continuar ouvir as opiniões da sociedade, mantendo a estreita comunicação com os habitantes do bairro Ká-Hó.
