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Um caso confirmado de infecção humana pelo estreptococo suíno


Os Serviços de Saúde foram notificados de um caso de infecção humana pelo estreptococo suíno. Uma doente, residente de Macau aposentada, com 69 anos de idade, foi internada no Hospital Kiang Wu no dia 23 de Setembro, por queixa de “dores lombares do lado direito com febre”. No dia 5 de Outubro, perante a detecção do estreptococo suíno nas amostras de sangue da doente, os Serviços de Saúde foram informados do caso e, após a realização de análise laboratorial no Centro Laboratorial de Saúde Pública da Direcção dos Serviços de Saúde da Região Administrativa Especial de Hong Kong, foi confirmado o caso de estreptococo suíno de tipo 2.
Antes da manifestação da doença, a doente em causa não tinha ido ao mercado, nem tinha tido contacto com os suínos. Também não tinha nenhuma ferida, nem teve contacto com carne de porco, não existindo animais de estimação no domicílio. Nenhum dos familiares teve qualquer sintoma similar. De acordo com os sintomas clínicos e informações laboratoriais, foi confirmado o caso de estreptococo suíno. A mesma doente melhorou e teve alta hospitalar no dia 28 de Setembro, não apresentando complicações .
O estreptococo suíno pode existir na amígdala do leitão. Esta doença é transmitida pelo contacto entre os narizes dos suínos ou através das gotículas de saliva dos suínos a curta distância, para além do contacto com outros mamíferos sãos. Os seres humanos ou os animais podem manifestar sintomas aquando da diminuição da imunidade ou da mudança ambiental. O tempo quente e húmido propicia a sua proliferação, especialmente, entre os meses de Junho e Outubro. A infecção humana pode ocorrer através do contacto com os suínos infectados, com as secreções ou as excreções, sendo as vias de penetração as feridas ou mucosas nasais e bocais. A doença pode causar encefalite e hemotosepse, e em alguns casos pode provocar endocardite, artrite e bronquite. Apesar de ser uma doença que pode ser curada com recurso a antibióticos, a taxa de mortalidade é elevada.
Para a prevenção da infecção pelo estreptococo suíno, os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos para manterem boas condições higiénicas pessoais e ambientais; consumirem apenas as carnes e as vísceras inspeccionadas, evitando o contacto com os suínos doentes ou mortos e com as carnes de origem desconhecida e importadas ilegalmente; sempre que precisarem de manipular ou tocar em suínos, em carne crua, ou vísceras, devem utilizar luvas e lavar as mãos após o seu contacto; quando tiverem algum ferimento, devem tomar medidas protectoras antes de contactar com os suínos ou a sua carne.
Caso suspeite da infecção pelo estreptococo suíno, deve imediatamente recorrer ao médico, informando-o do contacto com suínos ou da manipulação de carne crua desse animal.
Os Serviços de Saúde salientam que o consumo de carne de porco ou produtos suínos devidamente cozinhados não põe em risco a infecção pelo estreptococo suíno.