A 22 de Julho, os Serviços de Saúde foram notificados de um caso suspeito de infecção humana pelo estreptococo suíno. O doente esteve internado no dia 19 de Julho no Hospital Kiang Wu devido a febre, diarreia, convulsão e choque, verificando-se falência múltipla dos órgãos, pelo que foi transferido, a 20 de Julho, para a Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar Conde de São Januário para efeitos de tratamento. Após a colheita de amostra de sangue do doente no Hospital Kiang Wu, foi detectada, no dia 22 de Julho, a existência de estreptococo suíno tipo II, facto que foi notificado aos Serviços de Saúde. O doente é um residente da RAEM com idade de 51 anos, que trabalha no sector de transporte de mercadorias. Tem o hábito de consumir cigarros e álcool, não viajando para o exterior há dois meses. De acordo com a situação clínica e informações laboratoriais, trata-se de um caso suspeito de estreptococo suíno. Sendo o estado actual do doente grave, o mesmo não pode responder claramente às questões relativas à infecção da doença. Os Serviços de Saúde estão a acompanhar estreitamente o caso e procedem à sua investigação aprofundada. O estreptococo suíno pode existir na amígdala do leitão, sendo transmitida pelo contacto entre os narizes dos suínos ou transmissão aérea através da saliva dos suínos, para além do contacto com outros mamíferos saudáveis. Os seres humanos ou animais podem manifestar sintomas aquando da diminuição da imunidade ou da alteração do ambiente exterior. O tempo quente e húmido propicia a sua proliferação, especialmente entre Junho e Outubro. Os seres humanos podem ser infectados eventualmente por contacto com secreções, excreções dos suínos com bactérias, bem como a sua carne crua. As bactérias de estreptococo invadem o corpo humano através de lesões ou mucosa nasal. A doença pode causar meningite e septicemia, uma vez que o ser humano seja infectado pelas bactérias, podendo provocar em alguns casos endocardite, artrite e broncopneumonia. Apesar de ser uma doença que pode ser curada com antibióticos, a taxa de mortalidade é consideravelmente elevada. Com o intuito de prevenir as infecções pelo estreptococo suíno, os Serviços de Saúde apelam a toda a população para manter a higiene pessoal e ambiental, adquirir carne de porco e as suas vísceras inspeccionadas, evitando contacto com suínos doentes ou mortos, bem como com a carne de porco importada ilegalmente ou de origem desconhecida. Sempre que precisar de tocar em suínos, em carne crua ou vísceras, deve-se utilizar luvas, lavando as mãos depois do contacto com os suínos ou manipulação de carne crua e vísceras desse animal. Quando tiver algumas lesões nas mãos, estas devem ser devidamente tratadas. Em caso de suspeitarem de infecção de estreptococo suíno, os cidadãos devem consultar imediatamente o médico, e comunicar o contacto com suínos ou manipulação de carne crua desse animal. Os Serviços de Saúde salientam que o consumo de carne de porco ou produtos suínos devidamente cozinhados não põe em risco a infecção pelo estreptococo suíno.