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Os Serviços de Saúde apelam a todos os estabelecimentos de restauração para estarem atentos à segurança alimentar


Os Serviços de Saúde procederam ao acompanhamento do caso suspeito de intoxicação alimentar anunciado no dia 09 de Julho do corrente ano e a análise laboratorial efectuada às amostras de alimentos recolhidos no estabelecimento de restauração em causa, evidenciou a existência de “Baciollus Cereus” em quantidade que excede o padrão, assim significando que este estabelecimento não procedeu a uma adequada conservação dos alimentos. Os Serviços de Saúde apelam a todos os estabelecimentos de restauração para emitirem instruções aos seus trabalhadores por forma a assegurar a segurança alimentar. O caso de intoxicação alimentar inclui uma família de 5 pessoas que tinha recorrido ao “take away” de alimentos como “espargueti com mariscos no forno” entre outros, no dia 03 de Julho, pelas 21 horas, num estabelecimento de restauração sito na Estrada de Repouso.No dia 4 e no dia 5 estas pessoas apareceram com sintomas de dores abdominais, diarreia, vómitos, febre, entre outros. Os doentes após terem sido submetidos a tratamento, recuperaram e nas fezes dos mesmos não foram detectadas bactérias patogéneas. O pessoal dos Serviços de Saúde detectou nos 5 dias de inspecção, que o estabelecimento de restauração em causa após fritar os alimentos, colocava-os em temperatura ambiental por um determinado período de tempo, recolocandos-os no forno em caso de necessidade para serem fornecidos aos clientes. Foi detectado, através de análises, que o entrecosto e marisco fritos encontrados no estabelecimento continham “Baciollus Cereus” em quantidade que excedia o padrão, o que significa uma inadequada conservação dos alimentos. No entanto, as bactérias patogéneas detectadas não coincidem com o quadro clínico dos doentes, deste modo podem não ser essas bactérias que causaram os sintomas desses doentes. Os Serviços de Saúde afirmam que é muito habitual o sector de restauração cozinhar primeiramente os alimentos e conservá-los, praticando o reaquecimento de alimentos na fase final de processamento ou seja aquando do fornecimento de alimentos aos clientes. É fácil originar a infecção cruzada, proliferação de bactérias e produção de toxinas em situação de inadequada conservação de alimentos cozinhados, assim como existem algumas toxinas resistentes ao aquecimento, uma vez que se produzem nos alimentos e não conseguem ser retiradas durante o processo de aquecimento. Deste modo, deve-se estar atento à conservação de alimentos em temperatura de segurança alimentar, com vista a prevenir a infecção cruzada, assim como se deve prestar atenção a que no aquecimento dos alimentos, a temperatura no seio dos mesmos deve necessariamente atingir no mínimo 75ºC, para serem fornecidos aos clientes.
Os Serviços de Saúde apelam aos consumidores para a necessidade de escolherem estabelecimentos de restauração com boas condições de higiene e boa reputação e a fim de proteger a saúde, em caso de dúvidas sobre o estado higiénico de qualquer alimento, não devem consumi-lo. Os estabelecimentos de restauração devem observar as normas de boa higiene e as recomendações “Cinco pontos chaves para uma alimentação segura” divulgadas pela Organização Mundial de Saúde: 1) cuidar da higiene, 2) separar os alimentos crus dos cozinhados, 3) cozinhar bem os alimentos;4) manter os alimentos em temperaturas seguras, 5) usar água tratada e ingredientes seguros na preparação dos alimentos.