No sentido de elevar a capacidade de intervenção especial da equipa prisional e reforçar a coordenação/comunicação entre as subunidades durante a resolução de situações emergentes, na tarde do dia 18 de Novembro, realizou-se no EPM a simulação de anti-motim, com distúrbio grave no interior da instituição, activando os procedimentos de intervenção especial pelas diferentes subunidades, por forma a controlar a situação. Os guardas representaram o papel de reclusos provocadores de distúrbios, contando com a participação de cerca de 50 elementos, entre guardas prisionais, pessoal clínico, técnicos sociais e pessoal das relações públicas responsável pela divulgação de informações ao exterior. O ensaio teve uma duração aproximada de uma hora. O ensaio de simulação anti-motim teve lugar na Zona Prisional Masculina do EPM, entre as 17H30 e 18H30, do dia 18. Antes do ensaio, foi comunicado ao Comissariado de Coloane da respectiva organização e transmitido no interior da instituição, em versões chinesa, portuguesa e inglesa, aos reclusos para tomarem conhecimento do início do ensaio de simulação anti-motim. O ensaio dissimilou o conflito de reclusos durante a participação em actividades. Em seguida, intervieram mais reclusos no conflito, os quais serviram-se das armas manufacturadas para se agredirem uns aos outros e tentaram danificar as instalações prisionais. Após a comunicação dos guardas no local do incidente, os oficiais em serviço activaram de imediato os procedimentos de intervenção aos casos emergentes, destacando o Grupo de Intervenção Táctica para controlar a situação in loco. O Grupo de Intervenção Táctica do EPM é uma equipa de intervenção imediata, cujos elementos estão sujeitos a formação especial e treino quotidianos, cabendo-lhes responderem a incidentes de segurança urgentes surgidos no interior da instituição. No ensaio, o Grupo de Intervenção Táctica chegou rapidamente ao local de ocorrência e, para reprimir o agravamento da situação, recorreu ao uso de armas não letais, nomeadamente, granadas (sonoras), pistolas de pressão de ar de pimenta e shortguns (balas de borracha), para controlar os reclusos e o local, num curto espaço de tempo. Após o controlo da situação, intervieram o pessoal clínico e técnicos sociais, prestando os primeiros socorros e apoio psicológico, respectivamente. O presente ensaio teve grande sucesso e todo o percurso foi gravado em vídeo pelo EPM, facilitando o procedimento de análise quanto antes, no sentido de verificar as próprias insuficiências, a nível de comando, controlo, coordenação e comunicação entre as subunidades desta instituição, procurando-se introduzir melhoramentos. Ao mesmo tempo, o EPM projecta, após a análise e melhoramento deste ensaio, no futuro próximo, coordenar com os outros órgãos da Forças de Segurança, tais como: CPSP, Corpo de Bombeiros, etc., para um ensaio inter-serviços, a fim de reforçar a capacidade da equipa face à crise.