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Governo dá todo o apoio a residentes de Macau no Japão


O porta-voz do governo, Alexis Tam, disse hoje (15 de Março) que as autoridades da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) acompanham com grande atenção e consternação a situação de calamidade resultante do violento sismo que atingiu o Japão, na passada sexta-feira. O governo já manifestou solidariedade e as condolências às vítimas da catástrofe e garantiu todo o apoio a estudantes, residentes e turistas de Macau que se encontram no Japão, inclusive, se necessário, para o regresso o mais cedo possível ao território. Na sequência do sismo e da fuga de partículas radioactivas da estação nuclear de Fukushima (Japão), o Gabinete do Porta-Voz do Governo da RAEM realizou esta tarde, em conjunto com o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo, a Direcção dos Serviços de Saúde, o Instituto para os Assuntos Cívis e Municipais, e a Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, uma conferência de imprensa para esclarecimentos sobre eventual impacto da situação em Macau. Alexis Tam apelou aos cidadãos para não entrarem em pânico com os rumores de que Macau poderá ser afectado com chuvas ácidas na sequência da fuga de radiação no Japão e que levaram já muitas pessoas preocupadas a telefonarem para os serviços públicos. O director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, Fong Soi Kun, por sua vez, disse que a situação do impacte do sismo e libertação de substâncias radioactivas em Macau está a ser monitorizada permanentemente, não se tendo registado nenhuma alteração dos níveis normais de radiações. Além disso, a Organização Meteorológica Mundial accionou já mecanismos de emergência ambiental, para analisar e avaliar o incidente nuclear, e a Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos tem acesso directo aos dados, segundo os quais Macau encontra-se em zona segura e ainda não foi afectado por radioactividade. Entretanto, os SMG, que acompanham as variações de índices de radiação 24 horas por dia, passam a divulgar, na página electrónica, os registos actualizados de “raios gama”, duas vezes por dia, para informação da população, e qualquer situação anormal será imediatamente tornada pública. O coordenador substituto do GGCT, Manuel Gonçalves Pires Júnior, disse que, através das operadoras da rede de telecomunicações móveis, as entidades competentes têm conhecimento que cerca de 140 residentes de Macau encontram-se presentemente no Japão, incluindo os 20 excursionistas em Osaka, que regressam amanhã (dia 16) a Macau, de acordo com o programa, estando o Gabinete em contacto com os mesmos, via telemóvel, para prestar apoio, em caso de necessidade. Além disso, o GGCT permanece em contacto com o Comissariado dos Negócios Estrangeiros, o sector do turismo, Direcção dos Serviços de Turismo(DST), Serviços de Saúde (SSM), Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG), Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) e Instituto de Acção Social (IAS), Conselho de Consumidores, em Macau, além das representações da Direcção dos Serviços de Turismo (DST) no Japão, para seguir de perto a situação após o violento sismo que atingiu a costa nordeste do Japão. O presidente do Conselho de Administração do IACM, Tam Vai Man, revelou que o grupo coordenador sobre a segurança de produtos alimentares está atento à ocorrência no Japão e recebeu já a garantia das autoridades competentes nipónicas de que os produtos alimentares contaminados pelas radiações não serão comercializados, nem exportados.
Todavia, as autoridades de Macau vão reforçar a inspecção de produtos nipónicos, embora os que são importados directamente, principalmente de Kyushu e Hokkaido, que ficam bastante distantes da zona mais atingida do país, representem uma percentagem muito reduzida. Entretanto, segundo dados do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior e da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, as autoridades locais já contactaram com 28 estudantes locais no Japão e todos estão bem e em segurança. Destes 28, vinte são alunos de intercâmbio da Universidade de Macau, dois bolseiros do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior, três estudantes da Universidade de Osaka e três bolseiros da DSEJ.
Quanto ao director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, informou que uma equipa da TDM, que esteve em reportagem nas imediações da zona restrita de radiações, será sujeita a exames médicos no regresso a Macau, a fim de assegurar que não existe contaminação. E, qualquer situação anormal eventualmente detectada será devidamente tratada. O mesmo adiantou que Serviços de Saúde podem ajudar os cidadãos, que se deslocaram ao Japão e estejam preocupados com a possibilidade de contaminação radioactiva, para fazerem exames médicos.