Promovido pelo Governo da China e por iniciativa conjunta do Banco de Desenvolvimento da China e do Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização de Macau (FDIC), foi criado oficialmente, em 26 de Junho, o Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa. O valor global do capital social do Fundo é de mil milhões de dólares americanos, sendo o valor da primeira tranche 125 milhões de dólares americanos, sendo as entidades participantes o China Development Bank Capital Corporation Ltd. (CDBC) e o FDIC (50 milhões de dólares americanos). O Fundo concentrar-se-á nas necessidades de investimento e financiamento das empresas do Interior da China (incluindo Macau) e dos Países de Língua Portuguesa, colocando ênfase no apoio à entrada das empresas do Interior da China e da RAEM no mercado dos Países de Língua Portuguesa e atracção das empresas dos mesmos Países para se desenvolverem na China. O Fundo é constituído para promover a construção de infra-estruturas, transportes, telecomunicações, energia, agricultura e recursos naturais, contribuindo para o reforço da cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa na área económica e comercial, desenvolvimento comum, incentivos e alargamento do investimento recíproco. Tendo em conta o contexto histórico e cultural único de Macau, a RAEM tem desempenhado o papel de plataforma de ligação entre a China e os Países de Língua Portuguesa, tornando-se cada vez mais estreito o intercâmbio e cooperação económica e comercial e de investimento entre as duas partes, e abarcando o comércio bilateral. O valor total das importações e exportações bilaterais, em 2012, foi de 128,5 milhões de dólares americanos, um acréscimo de 9,6% em termos homólogos, o que representa oportunidades pela complementaridade comercial entre ambas as partes. No ano 2012, o comércio entre a China e os Países de Língua Portuguesa atingiu 523 milhões de patacas, das quais, 520 milhões de patacas por via da importação, o que representa uma subida de 24% em termos homólogos, e 3,3 milhões de patacas incorporando a exportação. A constituição e funcionamento do Fundo, alarga o espaço da cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, bem como entre Macau e os Países de Língua Portuguesa. A operação e gestão do Fundo cabe ao Fundo de Desenvolvimento China-África, na dependência do Banco de Desenvolvimento da China, uma vez que o mesmo possui vasta experiência na gestão de investimentos, o que irá proporcionar uma gama completa de serviços de qualidade ao Fundo.