O "Inquérito à Carteira de Investimentos" tem por objectivo conhecer o valor de mercado dos investimentos detidos quer pelos residentes, quer pelas entidades, em títulos emitidos por entidades não residentes independentes e a distribuição geográfica do investimento. Tal como no passado, colaboraram conjuntamente no "Inquérito à Carteira de Investimentos", a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) e a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Divulgamos, resumidamente, os seguintes resultados do inquérito: Os investimentos dos residentes de Macau (incluindo os dos indivíduos, os do governo e de outras pessoas colectivas, mas excluindo o fundo de reserva cambial da Região Administrativa Especial de Macau - RAEM), em títulos emitidos por entidades não residentes independentes foram calculados a preços de mercado em 31 de Dezembro de 2012 e registaram um valor mais elevado de 261,8 mil milhões de patacas, representando um aumento de 54,8%, em relação aos valores rectificados de 169,1 mil milhões de patacas na mesma data de 2011. De acordo com o Regime Jurídico da Reserva Financeira que entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2012, os saldos orçamentais de anos económicos anteriores foram esculpidos das reservas cambiais para o estabelecimento da Reserva Financeira da RAEM. Apenas uma porção significativa de activos da Reserva Financeira foi investido nas obrigações emitidas pelas entidades não residentes, a inclusão da nova Reserva Financeira neste inquérito representou 86,4% e 58,8% dos crescimentos anuais de obrigações a longo prazo e da carteira de investimentos dos residentes de Macau no estrangeiro, respectivamente, no fim de 2012. Os investimentos em títulos representativos de capital, obrigações a longo prazo e obrigações a curto prazo foram de 133,0; 117,5 e 11,3 mil milhões de patacas, respectivamente. Em comparação com o ano anterior, o valor de mercado dos investimentos em títulos representativos de capital subiram 24,2% (dos quais, os fundos mútuos e os investimentos em trusts atingiram 19,9 mil milhões de patacas). O investimento nas obrigações a longo prazo e nas obrigações a curto prazo cresceram 116,5% e 44,9%, respectivamente. Segundo a classificação por países ou territórios, o valor do investimento aplicado no mercado de títulos emitidos por entidades na China Continental assumiu o primeiro lugar, representando 35,4% do valor de mercado total da carteira de investimentos externa de residentes de Macau. O restante investimento foi canalizado, principalmente, para títulos emitidos por entidades em Hong Kong, Ilhas Caimão, Estados Unidos da América, Luxemburgo, Reino Unido, Países Baixos e nas Bermudas. O investimento aplicado em títulos emitidos por entidades na China Continental, incluindo os títulos que estavam listados em bolsas sitas no exterior da China Continental, atingiu 92,7 mil milhões de patacas, observou-se um aumento acentuado de 160,9% ou seja, mais 57,1 mil milhões de patacas face ao fim de 2011. Este investimento consistiu em 24,6 mil milhões de patacas em títulos representativos de capital; 59,4 mil milhões de patacas em obrigações a longo prazo e 8,6 mil milhões de patacas em obrigações a curto prazo, que equivalem a 18,5%; 50,5% e 76,5%, respectivamente, do valor total nas respectivas categorias. A quota da carteira de investimentos emitidos por entidades em Hong Kong desceu de 37,8% no fim de 2011 para 32,5%. Contudo, o valor de mercado dos relativos investimentos aumentou 32,9%, tendo atingido 85,1 mil milhões de patacas, dos quais o investimento em títulos representativos de capital e obrigações a longo prazo subiu substancialmente para 73,8 mil milhões de patacas e 9,6 mil milhões de patacas, respectivamente. A quota de investimento em títulos europeus reduziu-se 2,5 pontos percentuais em termos anuais, perfazendo 14,3%, embora o valor de mercado tenha crescido 31,8%, cifrando-se nos 37,3 mil milhões de patacas. O Luxemburgo contabilizou a maior quota de investimento entre os países europeus com o valor total de mercado de 8,5 mil milhões de patacas no fim de 2012, ou seja, aumentou 26,5% em termos anuais. Entretanto, o investimento dos residentes de Macau em títulos emitidos no Reino Unido atingiu 8,3 mil milhões de patacas no fim de 2012, baixando 7,1% em comparação com o ano anterior. Os valores de mercado da carteira de investimentos em Portugal e na Espanha também caíram 17,0% e 22,4%, respectivamente. A quota de investimento em títulos dos Estados Unidos da América detido pelos residentes de Macau caiu de 6,2% no fim de 2011 para 3,5% no fim de 2012, e o valor de mercado destes títulos desceu 13,4%, em termos anuais, alcançando 9,1 mil milhões de patacas. Destaca-se que o investimento em obrigações a longo prazo dos Estados Unidos da América caiu de 8,0 mil milhões de patacas no fim de 2011 para 6,6 mil milhões de patacas, ocupando ainda o terceiro lugar na respectiva categoria de investimento. A quota de títulos da carteira de investimentos emitidos por entidades na Oceânia desceu de 3,0% no fim de 2011 para 1,9% no fim de 2012, uma vez que o valor de mercado do investimento dos residentes de Macau em títulos emitidos por entidades australianas caiu ligeiramente 0,6% em termos anuais.