Chefe do Executivo, Edmund Ho, referiu hoje (20 de Dezembro) que a chave do sucesso da RAEM assenta no apoio incondicional do Governo Central e nos esforços empenhados da população e das associações da sociedade civil. Afirmando que elas trabalharam com determinação para encontrar a via correcta de garantir a harmonia, num contexto de rápidas mutações sociais. Souberam canalizar as suas energias para que o processo de desenvolvimento siga um caminho saudável. Edmund Ho afirmou, ao discursar na recepção por ocasião da comemoração do 7º aniversário da Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China (RAEM), que estabelecida há sete anos, a RAEM atravessou um período histórico de grande dinamismo. E que neste processo de permanente mutação, a população em geral soube retirar ensinamentos das oportunidades que têm vindo a surgir, fortalecendo deste modo a sua capacidade de resposta face aos desafios. Ao longo deste tempo, a maior transformação foi o facto da RAEM ter conseguido gradualmente integrar-se no panorama regional e internacional e ter adquirido experiências proporcionadas pelos tempos modernos, referiu. Adiantando que a RAEM pôde dar por terminado, dentro de um curto espaço de tempo, a primeira fase de alteração da sua conjuntura, guiada sempre por um espírito pragmático que a ajudou a vencer todas as provações. Acrescentou que neste período de mudanças drásticas na sociedade, surgiram constantemente situações nunca antes vividas. Edmund Ho disse que esses fenómenos evoluíram rapidamente para novos estádios antes de serem totalmente compreendidos e assimilados. E que neste processo de crescimento, os vários grupos sociais aprenderam uma lição importante: muitas vezes, os resultados da acção humana não dependem da vontade das pessoas. Referiu que perante este cenário de falta de experiência e preparação, é fundamental saber fazer face às dificuldades com uma postura realista, sem arrogância, mas também sem complexos. Salientou ser fundamental saber tirar proveito das nossas mais valias e evitar as nossas fragilidades, desenvolvendo esforços para integrar todos os elementos novos na esfera dos mais altos interesses da RAEM. Frisou que esta preciosíssima experiência continuará a manter o seu valor e actualidade ao longo de todo o processo de desenvolvimento da RAEM. Disse ainda que a população de Macau conseguiu manter a harmonia, no processo de desenvolvimento social, e aprendeu a tirar proveito das forças positivas para atenuar as contradições de momento, evitando oportunamente ou eliminando os riscos resultantes de um agravamento dos conflitos. Lembrando que tudo isto contribuiu para o auto aperfeiçoamento da RAEM. O Chefe do Executivo afirmou “Da nossa experiência de desenvolvimento de diferentes projectos para garantir a harmonia social, ganhámos consciência do valor desta verdade: nas sociedades modernas, as instituições, o primado da lei, a Ciência e os recursos humanos, entre outros, assumem uma importância fulcral. No entanto, se não houver tolerância e solidariedade entre as pessoas, o conceito de sociedade harmoniosa não passa de um chavão oco. A harmonia implica o respeito pelos interesses de outros, mesmo nos momentos em que estamos a lutar pelos nossos direitos; implica também ouvir as opiniões dos outros, mesmo quando temos pontos de vista diferentes; nos momentos menos felizes da nossa vida, não devemos atirar as culpas sobre os outros; na hora da vitória, devemos saber reconhecer o contributo de outros e quando exigirmos maiores esforços de outrem, devemos também colocarmo-nos na primeira linha de responsabilização.” Acrescentou ainda que a harmonia social se constrói a partir de uma vivência harmoniosa entre as pessoas e que é uma obrigação saber agarrar todas as oportunidades, assumindo os riscos inerentes a todas as iniciativas inovadoras. E por isso, nesta hora de provação, fez votos para que “todos saibamos mantermo-nos unidos guiados pelo propósito comum de construir uma sociedade harmoniosa. A nossa coesão, a nossa convicção firme e a nossa atitude pragmática serão as armas mais eficazes para garantir os frutos de desenvolvimento conquistados com o suor de todos. O sucesso deste empreendimento será o garante da harmonia social e do desenvolvimento sustentável da RAEM”, disse. Frisou que todas as obras construídas ao longo destes sete anos desde o estabelecimento da RAEM põem em evidência a superioridade e a legitimidade dos princípios “um País, dois sistemas” e “Macau governado pelas suas gentes” com alto grau de autonomia. Referiu que a coexistência de dois sistemas dentro de um Estado soberano é o exemplo acabado da excelência dos valores da harmonia e tolerância, e que esses valores constituem as fontes da vitalidade e criatividade da RAEM, fornecendo-lhe as energias para superar os desafios e construir um futuro de progresso. Edmund Ho referiu que, decorridos sete anos de trabalho empenhado, a RAEM encontra-se num novo ponto de partida. Recordando que nesta nova era, para fazer face às exigências do desenvolvimento, o Governo da RAEM irá continuar a reforma nos serviços públicos e identificar as aspirações da população, no sentido de procurar compreender onde estão os verdadeiros interesses da sociedade, ajudando os cidadãos a resolver os seus problemas e os conflitos resultantes do desenvolvimento social. Disse acreditar que, desde que a população una os seus esforços aos do governo para valorizar a estabilidade social tão arduamente alcançada e se saiba despender as energias para construir uma sociedade harmoniosa, justa, próspera e progressiva, a RAEM poderá contar com um futuro brilhante, cujo índice de sucesso ultrapassará em larga escala todas as expectativas. Assistiram à recepção 1003 convidados, entre os quais se destacam o director do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, Bai Zhijian, o Comissário da delegação do Ministério dos Negócios Estrangeiros da RPC na RAEM, Wan Yongxiang, Comissário Político da Guarnição do ELP em Macau, Liu Lianhua, a presidente da Assembleia Legislativa, Susana Chou, e o presidente do Tribunal de Última Instância, Sam Hou Fai. Entretanto, cerca de 300 convidados e elementos do governo participaram na cerimónia do içar das bandeiras. No âmbito das comemorações do 7º aniversário da RAEM organizadas por vários serviços públicos, destacam-se a cerimónia de Bênção a Macau, um jogo de futebol, terminando à noite com uma exibição de fogo-de-artifício sincronizado com música