A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos divulga a seguinte informação sobre a evolução da estrutura sectorial de Macau em 2006. Em 2006, os principais ramos de actividade económica de Macau desenvolveram-se favoravelmente, designadamente a construção; as actividades de intermediação financeira (ou seja, sector bancário); e, alugueres e serviços prestados às empresas. O peso do sector secundário na formação do Produto Interno Bruto (PIB) subiu acentuadamente, passando de 14,8% em 2005 para 18,7%, graças ao crescimento notório da construção. Todavia, o peso do sector terciário desceu de 88,7% em 2005 para 85,1% em 2006. No ano em análise, o valor bruto de produção de todos os ramos de actividades económicas de Macau cresceu 25,7% face ao ano 2005 e o valor acrescentado bruto aumentou 25,2%. Nomeadamente, a construção apresentou o crescimento mais elevado, quer em termos de valor bruto de produção, quer de valor acrescentado bruto, com 88,8% e 91,4%, respectivamente. No que toca às remunerações dos empregados, observou-se um acréscimo global de 28,7%, que foi superior ao valor bruto de produção e ao valor acrescentado bruto. Com relação a este acréscimo verificou-se que a subida mais elevada pertenceu ao ramo da construção, com 89,7%. Em termos gerais, o rácio global entre o valor acrescentado bruto e o valor bruto de produção cifrou-se em 50%, tendo caído ligeiramente 0,2 pontos percentuais relativamente a 2005. No que diz respeito ao rácio global entre as remunerações dos empregados e o valor acrescentado bruto, em 2006 observou um crescimento de 1 ponto percentual em relação ao ano de 2005, atingindo 37%. O peso do sector secundário na formação do PIB subiu mais em 2006, alcançando 18,7%, após a recuperação em 2005. Realça-se que o peso da construção aumentou bruscamente 4,6 pontos percentuais, atingindo 13,3%, pois beneficiou da construção a ritmo acelerado das várias instalações de grande envergadura do jogo e do turismo, bem como da expansão do mercado imobiliário. O peso das indústrias transformadoras; da electricidade, gás e água na formação do PIB caiu 0,4 e 0,2 pontos percentuais, respectivamente, atingindo 3,9% e 1,6%. O peso do sector terciário na formação do PIB desceu 3,6 pontos percentuais, alcançando 85,1%. Embora se tenham registado acréscimos nos pesos das actividades de intermediação financeira; dos alugueres e serviços prestados às empresas e do comércio por grosso e a retalho, as quedas nos pesos dos restantes ramos das actividades económicas não foram compensadas, nomeadamente, o acentuado decréscimo do peso do sector do jogo. Como o crescimento do consumo intermédio do sector do jogo foi superior ao do seu valor bruto de produção, o valor acrescentado bruto deste sector subiu apenas 19,6%, ou seja, foi inferior ao crescimento económico global (25,2%), pelo que o peso do sector do jogo na formação do PIB caiu de 34,9% em 2005 para 33,4% em 2006, isto é, -1,6 pontos percentuais. Em relação ao ano 2005, assinalaram-se aumentos no valor acrescentado bruto dos restantes ramos de actividades económicas, como referimos anteriormente, apesar de se ter observado uma diminuição do peso daquelas actividades. Apresenta-se no quadro seguinte a evolução da estrutura sectorial de Macau (vide em anexo).