O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Chui Sai On, reuniu-se hoje à tarde (2 de Agosto de 2007), com representantes da Associação para Protecção do Património Histórico e Cultural de Macau, da Associação de História de Macau, da Associação dos Arquitectos de Macau e da Associação de Estudos Culturais sobre Sítios Paisagísticos de Macau. No encontro, trocaram-se impressões sobre as formas de protecção legal do património, bem como sobre a conservação e restauro, a formação de pessoal qualificado, a mobilização de recursos no âmbito do património mundial de Macau, tendo ainda sido abordado o tema do património como factor de desenvolvimento económico, na perspectiva da indústria cultural. Os representantes daquelas associações entregaram ao Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura um documento, sob «As dez sugestões sobre o fortalecimento na protecção do património mundial de Macau», que traduz as conclusões do «Seminário sobre o património mundial de Macau», já realizado. No encontro, Chui Sai On salientou que a protecção do património mundial, sendo um trabalho permanente, constitui, ainda, um projecto prioritário do Governo da RAEM. O acelerado desenvolvimento económico tem sido acompanhado de um rápido crescimento urbanístico, pelo que o Governo tem, de uma forma continuada, envidado esforços na protecção do património, promovendo, entre outros, a consciencialização dos jovens sobre a importância da protecção do património, o aperfeiçoamento dos trabalhos de protecção do património mundial, a conservação e restauro de monumentos, assegurando, ainda, o respeito pelas respectivas zonas de protecção. Irá, também, aperfeiçoar gradualmente questões relativas, entre outras, às formas de protecção legal do património e aos mecanismos de gestão e de coordenação. O Governo da RAEM, para além de dar a maior importância ao património que já se encontra protegido, continua a apostar na procura de outros bens culturais que sejam merecedores de protecção, contribuindo, deste modo, para o enriquecimento da cultura e do património de Macau. Para esse efeito, o Governo continua, com agrado, empenhado em acolher sugestões dos diversos quadrantes da sociedade, para que, em conjunto, se possam preservar estes valiosos recursos culturais da Humanidade. No que respeita à sugestão de considerar o património como um factor de desenvolvimento económico, na perspectiva da indústria cultural, o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura referiu que essa vertente já havia sido considerada no calendário do Governo da RAEM. O Governo irá fortalecer a investigação e, tendo por referência as experiências bem sucedidas de outras regiões, continuará a apostar no desenvolvimento do património cultural, criando, assim, condições ideais para o desenvolvimento de alguns projectos, ou aprofundamento de outros que já se encontram em curso. É incontestável que património cultural já constitui uma forma de criação de riqueza, e que certos países desenvolvidos utilizam o mesmo quer como uma forma de expansão do comércio exterior, quer como pilar do desenvolvimento social. Os ricos recursos culturais de Macau, simbiose das culturas oriental e ocidental, favorecem este desenvolvimento. O Governo da RAEM está a desenvolver estudos relativos a estas matérias e, através da promoção de acções culturais diversificadas, procura despertar a criatividade do pensamento, assim como a formação de indivíduos qualificados em várias áreas científicas e em vários quadrantes, lançando, deste modo, os alicerces indispensáveis ao desenvolvimento da indústria cultural de Macau.