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O Instituto Cultural do Governo da R.A.E.M. promove, entre os dias 5 de Maio e 2 de Junho, o XVIII Festival de Artes de Macau.


As artes dramáticas são o prato forte desta edição do Festival de Artes de Macau (FAM) que atinge a maturidade no sentido aplauso ao Centenário do Teatro Chinês Moderno. Com mais de 45 actuações de artistas da Alemanha, Espanha, Canadá, Áustria, Indonésia, México e França/Hungria, o Festival é ainda brindado pela alma lusa. De Portugal chegam assim os O’queStrada para tocar os sons populares de “Tascas Tour” na intimidade do Teatro Dom Pedro V (18 e 19 de Maio). O Grupo de Teatro Dóci Papiáçam di Macau desenha a habitual caricatura macaense da sociedade local no Centro Cultural de Macau (23 de Maio), estreando “Cuza, Dotôr?” (Que é isso, doutor?), a nova peça de Miguel de Senna Fernandes, que há mais de dez anos convida os seus amigos macaenses a contar estas hilariantes histórias em patuá. Numa clara aposta na produção local, os artistas de Macau estreiam peças que espelham os momentos mais recentes da História da região, enquanto no flanco internacional o Festival volta a afirmar-se como cenário primordial para a revelação das últimas tendências do mundo do espectáculo, cruzando o teatro com artes multimédia, dança, cinema e música num convite que se estende ainda a tradições asiáticas pouco conhecidas. A chama do Teatro chinês moderno A Companhia de Teatro de Guangdong sopra a primeira vela do 100.º aniversário do teatro chinês moderno. No dia 5 de Maio, no palco do Centro Cultural de Macau (CCM), desmascara as relações obscuras entre comerciantes chineses e estrangeiros e o tecido social do século XIX. Produzida por Cao Chunliang e com um elenco de luxo, a peça reflecte sobre o quotidiano chinês do final da Dinastia Qing. “Os 13 Hongs de Cantão” é a primeira peça escrita acerca destas ligações que tanto marcaram aquela época. A caracterização da sociedade chinesa prossegue nos dias 6 e 7 de Maio mas a proposta é local. No pano de fundo do Teatro Clementina Leitão Ho Brito os alunos da Escola de Teatro do Conservatório de Macau trabalham um famoso texto original do autor revolucionário Xia Yan, “Sob os Beirais de Xangai”. O FAM faz depois a ponte das artes cénicas da China para a Rússia e viaja até ao ano de 1925 da sétima arte. No Cinema Alegria o Trio Bravo+ acentua o tom dramático de “O Couraçado Potemkin”, do lendário realizador russo Sergei Eisenstein. Num estilo bem cosmopolita, os músicos apresentam ainda o resultado de um desafio lançado pelo Instituto Cultural (IC) para compor a banda sonora de algumas obras do Estúdio de Cinema e Animação de Xangai (de 10 a 12 de Maio). Libertada a tensão criada pelos alemães, os espanhóis Tricicle surpreendem no Teatro Clementina Leitão Ho Brito ao montarem “SIT”, uma peça dedicada à cadeira. A história deste estranho objecto do nosso quotidiano é contada num tom muito divertido nos dias 11 e 12 de Maio. Ópera chinesa com magia infantil Três momentos musicais pontuam o intervalo no elogio ao teatro. Primeiro é a Orquestra Chinesa de Macau que abre partituras de toda a China no seu “Capriccio da Grande Muralha” no Centro Cultural (13 de Maio), seguida da Orquestra de Macau que desvenda “Os Mistérios de Elgar” numa noite de grande romantismo (18 de Maio). Os Kaifong (União Geral das Associações dos Moradores) assinam o último momento com uma ópera cantonense para crianças. “As Aventuras de Na Tcha no Mar Oriental” dão nota do culto desta arte a nível local nos dias 19 e 20 de Maio. A tradição da ópera chinesa é cada vez mais uma imagem de marca do FAM. Nesta edição é a Companhia de Ópera Henan Yu N.º 2 a revelar um género bem popular desta região da China em “Cheng Ying Salva o Órfão dos Zhao”. É uma peça famosa que sobe ao palco do CCM no dia 27 de Maio. O teatro moderno regressa no fim-de-semana de 19 e 20 de Maio para competir com a tradição da ópera chinesa. A Associação de Representação Teatral Hiu Kok conta como “O Homem com Medo” sofreu bem antes do crescimento brutal de Macau. A crise que assolou a região, já quase esquecida, é lembrada por este grupo local no Teatro Clementina Leitão Ho Brito. Sombras na Casa de Lou Kau Na Casa de Lou Kau a desfolhada da tradição continua com a fantasia das marionetas Wayang Kullit - Teatro de Sombras Balinesas. De 29 de Maio a 2 de Junho esta arte protegida pela UNESCO desde 2003 viaja das remotas montanhas da Indonésia até Macau, revelando o talento dos Sangaar Seni Madu Raras. Mais raízes ganham vida na antiga casa chinesa do coração de Macau entre 19 e 25 de Maio. As sombras chinesas do grupo de teatro Tangshan seguem atentamente as lendas populares chinesas em nove espectáculos. Esta arte ancestral remonta ao período de Wanli da Dinastia Ming e volta a estar em cena no dia 26 de Maio. É com a lenda de uma das deusas mais adoradas de Macau, Kun Iam, que o Cinema Alegria abre de novo as portas ao FAM. Um dos espectáculos mais aguardados é da autoria da famosa encenadora canadiana Dulcinea Langfelder, que traz “Victoria” até Macau numa peça de teatro no seu estado mais puro. Retrata a vida de uma idosa que lida com o problema da amnésia e nunca perde o entusiasmo pela vida. A não perder nos dias 22 e 23 de Maio no CCM. Mexicanos com muito son jarocho Mais artistas internacionais prometem animar o Centro Cultural na recta final do FAM. É o caso do austríaco Klaus Obermaier: nos dias 26 e 27 de Maio desafia o público a viver uma experiência multimédia em “D.A.V.E.”. O dançarino Chris Haring faz-se tubo de ensaio de artes como a dança, arte de vídeo e performance para desafiar os limites do corpo humano. Também a Compagnie Pál Frenák dá um toque avant-garde ao Festival. Nos dias 31 de Maio e 1 de Junho “Mennono” e “Fiuk” informam sobre a estética onírica deste grupo que comunga do espírito da tradição japonesa do Butoh enquanto trilha novos caminhos nas artes da representação. O espectáculo que dá por encerrada a 18.ª edição do FAM recupera uma velha tradição mexicana, o son jarocho. A Mexican Theatrical Production liberta o estilo de “Riverdance” para celebrar uma das maiores expressões da sua cultura musical. Mais artes do espectáculo preenchem o cartaz do FAM. Um vasto showcase ao ar livre anima o Norte da cidade entre os dias 25 e 27 de Maio. Artistas internacionais e da China correm nesta maratona de produções menos mainstream. Na redoma das mais importantes galerias de Macau estreiam duas mostras. A primeira inaugura no Acesso à Fortaleza do Monte logo no despontar do Festival (5 de Maio) e dá a conhecer os momentos mais importantes dos cem anos do teatro moderno chinês no Continente e em Macau. A segunda exibição abre no dia 23 de Maio na Galeria Tap Seac, seleccionando os novos talentos artísticos deste ano. Sob o signo de “Arte – Libertação da Criatividade”, a Exposição Anual de Artes Visuais de Macau (I) 2007 prolonga-se até ao dia 8 Julho. Serão também promovidos workshops e conferências sobre os eventos, com o objectivo de estimular o interesse da população pelas artes. Como já vem acontecendo em edições anteriores do FAM, será permitido o acesso do público aos ensaios de alguns dos espectáculos. Os bilhetes para o XVIII Festival de Artes de Macau encontram-se à venda a partir das 10:00 horas do dia 25 de Março de 2007, nos postos de venda da Rede de Venda de Bilhetes Kong Seng. Está disponível uma variedade de planos de descontos. O material publicitário, disponível nos postos de venda de bilhetes, fornece mais detalhes sobre o programa. Para mais informações sobre o XVIII FAM é favor visitar o website do IC a Internet: www.icm.gov.mo/fam ou contactar o IC através do n.º (853) 399 6699 ou do Email fam@icm.gov.mo. Informações: Macau: (853) 2855 5555 Hong Kong: (852) 2380 5083 Reião do Delta do Rio das Pérolas: (86) 13926911111 Reservas online: www.macauticket.com