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Resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 2º trimestre de 2008


De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 2º trimestre de 2008, a duração média mensal da Carteira de Encomendas das empresas do sector industrial inquiridas em Julho de 2008 era de 3,06 meses. Esse valor reduziu 20,1% e 5,8%, em relação ao trimestre anterior (3,83 meses) e ao período homólogo do ano passado (3,25 meses), respectivamente.
A carteira de encomendas com maior duração é detida pelo sector de “Vestuário e Confecção” (3,25 meses), seguindo-se o “Outros Sectores” (1,85 meses) e “Calçado” (1,51 meses).
Das encomendas detidas, por mercado de destino, os EUA e a UE são os mercados mais favoráveis, seguindo-se o Canadá. Entretanto, os mercados de destino como Outros Paíse da Europa, Médio Oriente, África, Austrália e América Latina, têm demonstrado comportamentos menos satisfatórios, com uma fraca carteira de encomendas.
No contexto das perspectivas de evolução das exportações para os próximos seis meses, 24,8% das empresas antecipam uma situação favorável, reduziu 3,2 pontos percentuais, face ao verificado no trimestre anterior. Das quais, 24,0% das empresas prevêem um ligeiro crescimento e 0,8% antecipam um forte aumento nas exportações. Entretanto, 34,7% prevêem uma situação de estagnação e, em contrapartida, 40,5% das empresas antecipam uma situação menos favorável, aumentou 14,5 pontos percentuais, face ao verificado no trimestre anterior. Das quais, 16,8% apontam para um ligeiro decréscimo e 23,7% para um forte declínio. Dados estes, traduzem que os empresários inquiridos continuam a assumir uma posição prudente face às exportações futuras. No tocante ao mercado de trabalho, e em termos de mão-de-obra afecta ao sector industrial exportador, as empresas inquiridas observaram uma redução de 3,9% e 9,6%, face ao trimestre passado e ao período idêntico de 2007, respectivamente. De entre as quais, 59,8% afirmaram terem enfrentado uma maior insuficiência de trabalhadores, sendo um nível ligeiramente superior aos 59,4%, verificados no trimestre anterior, mas inferior aos 70,0%, verificados no período homólogo de 2007, destacando-se o sector de “Vestuário e Confecção”, com uma representação de 60,7% no seio do mesmo. Com base nos resultados do Inquérito, no desempenho das actividades de exportação no 2º trimestre de 2008, as percentagens das empresas inquiridas que registaram dificuldades nos domínios de “Preços Elevados das Matérias-Primas” e “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” foram de 90,4% e 79,2%, respectivamente, existindo ainda outros factores problemáticos, tais como o de “Insuficiência de Trabalhadores” (57,2%), “Salários Elevados” (48,8%) e “Insuficiente Volume de Encomendas” (42,4%). Das referidas dificuldades, as empresas apontaram os aspectos de “Preços Elevados das Matérias-Primas” (34,2%), “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (14,2%) e “Insuficiência de Trabalhadores” (12,0%) como as dificuldades mais significativas. Projectando os próximos três meses, as empresas do sector industrial inquiridas identificam os “Preços Elevados das Matérias-Primas” (68,7%), “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” (58,3%) e “Insuficiência de Trabalhadores” (40,7%), como principais motivos de preocupação no desempenho do seu ramo de actividade.