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Estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) referentes ao 2º Trimestre de 2009


A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos divulga as estimativas do PIB referentes ao 2º trimestre de 2009. As variações mencionadas neste texto referem-se a variações homólogas reais, a não ser que outra seja indicada. Em vários dos principais indicadores económicos verificaram-se decréscimos no 2º trimestre de 2009: as receitas brutas do jogo (excluídas as gorjetas) desceram 12,2%, em termos nominais, face ao período homólogo de 2008; a despesa total de visitantes (excluído o jogo) baixou 20,6%; a formação bruta de capital fixo (FBCF) contraiu-se 27,4% e as exportações de mercadorias diminuíram substancialmente 58,3%. Analisando os dados acima referidos, o PIB cresceu negativamente 13,7%, em termos reais, devido ao facto de a base de comparação, o PIB do 2º trimestre do ano anterior, ter sido a mais elevada jamais registada. Da comparação entre o 2º e o 1º trimestre de 2009 resulta uma variação negativa que foi superior à revista e verificada no 1º trimestre deste ano (de -12,9% para -11,9%). No 2º trimestre de 2009 verificou-se o crescimento negativo mais elevado desde a elaboração do PIB até este momento. O PIB registou um crescimento negativo de 12,8% no 1º semestre de 2009. Analisando as principais componentes do PIB, realça-se que a despesa em consumo privado cresceu 0,7%, no 2º trimestre de 2009, sendo este crescimento inferior ao observado no 1º trimestre de 2009 (5,8%). A despesa de consumo final das famílias realizada no mercado local desceu 0,8%, ao passo que a realizada no exterior subiu 5,3%. Salienta-se que a despesa efectuada na China Continental alcançou 763 milhões de Patacas. A despesa de consumo final do Governo subiu 6,2% e este foi menor que o observado no 1º trimestres de 2009 (15,8%). Na vertente da remuneração dos empregados, registou-se um acréscimo de 3%. As compras líquidas de bens e serviços cresceram 15,8%. A FBCF, que reflecte o investimento, assinalou um abatimento de 27,4%, cuja amplitude foi inferior a -31,2%, observado no 1º trimestre de 2009. O investimento realizado pelo sector privado reduziu-se 30,6%, devido à supensão ou abrandamento das obras de grande empreendimento, registando quedas de 32,7% do investimento em construção e de 23,2% do investimento em equipamento. No que concerne ao investimento realizado pelo sector público, verificou-se uma subida de 163,5%, para o qual contribuiu pelo investimento em construção com 286,9%, enquanto o investimento em equipamento diminuiu 3,1%. Analisando os dados dos sectores privado e público, observou-se que o investimento global efectuado na construção diminuiu 28,7% no 2º trimestre de 2009, sendo esta percentagem menor que a registada (-34,2%) no 1º trimestre de 2009 e que o investimento global em equipamento caiu 22,6%, percentagem esta foi inferior a -23,1%, observado no 1º trimestre de 2009. No que toca ao comércio de bens, a tendência descrescente das exportações de mercadorias agravou-se, passando de 49,2% no 1º trimestre de 2009 para 58,3% no 2º trimestre de 2009, em termos nominais e de 49,9% para 58,3%, em termos reais. As exportações para os Estados Unidos da América diminuíram 84,1%, para a União Europeia 57,1%, para a China Continental 48,2% e para Hong Kong 9,4%, em termos nominais. Entretanto, as importações de mercadorias caíram 24,4%, em termos nominais, estas foram mais baixas que as observadas no 1º trimestre de 2009 (-22,4%), e desceram 22,4% em termos reais, situando-se no mesmo nível verificado no 1º trimestre de 2009. No que diz respeito ao comércio de serviços, as exportações de serviços no âmbito do jogo, baixaram 12,7%, porém a redução da despesa total de visitantes (excluído o jogo) situou-se nos 20,6%, em consequência do menor número de visitantes (13,1%) e das suas despesas per-capita (5,3%). Analisando o comportamento das exportações de serviços, registou-se uma diminuição de 14,6%, relativamente ao total de serviços exportados, cujo nível foi idêntico ao verificado no 1º trimestre de 2009. Por seu turno, as importações de serviços restringiram-se um pouco mais de 21,5% no 1º trimestre para 22,9% no 2º trimestre de 2009.