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Construção de aterros é para fomentar o futuro desenvolvimento


O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Sio Io, referiu, hoje (21 de Abril), na Assembleia Legislativa que a utilização e aproveitamento dos aterros vão ter em conta vários factores, que nos novos aterros não vão ser desenvolvidos projectos ligados ao Jogo, em 60 por cento desses aterros serão construídas vias e praças públicas, espaços verdes e outras instalações públicas. Lau Sio Io, ao responder, esta tarde, a interpelações orais no plenário, afirmou que tendo em consideração o aumento demográfico e o desenvolvimento económico, e depois de consultar as autoridades responsáveis do Governo Central, verificou-se a necessidade de introduzir ligeiros ajustamentos ao plano de aterros anteriormente delineado. Explicou que, depois da introdução de pequenos ajustamentos ao Plano Preliminar de Construção de Aterros do Novo Centro Urbano Macau-Taipa, o espaço marítimo utilizado passou a ser de cerca de 400 hectares em vez dos 500 hectares e a área de utilização de solos ronda os 350 hectares e não os 398 hectares. Sublinhou, no entanto, que vão ser mantidas as cinco zonas de aterros consagrados no plano anterior, localizados a Nordeste da Península de Macau, a Sul da Avenida Dr. Sun Yat Sen (no Porto Exterior) e a Norte da Ilha de Taipa. Frisou que o governo tomou sempre uma atitude prudente relativamente à realização de obras de aterros e que a sua utilização e aproveitamento considera diversos factores. Acrescentou que os novos aterros não vão ser desenvolvidos com projectos ligados ao Jogo ou com a construção de habitação de baixa densidade (exemplo: vivendas). Assegurou que em mais de 60 por cento dos terrenos vão ser construídas vias e praças públicas, espaços verdes e outras instalações públicas, não havendo planos para fins imobiliários. Reiterou que parte dos terrenos serão aproveitados para ir de encontro à política de diversificação da indústria, mas, ao mesmo tempo, serão reservados alguns terrenos para a construção de habitação pública. Garantiu que se vai delimitar espaço para zonas verdes, de lazer e de serviços públicos, bem como proceder ao embelezamento da marginal de Macau e da Taipa, com vista a melhorar a qualidade de vida da população. Explicou que a construção das cincos zonas de aterros envolve as seguintes áreas: Zona “A”, com cerca de 138 hectares, será para espaços comunitários, nomeadamente habitação, escolas, instalações de protecção ambiental, instalações públicas, infra-estruturas para convenções e exposições e para promover a diversificação da indústria de Macau; Zona “B”, aterros a Sul da Avenida Dr. Sun Yat Sen (Porto Exterior), terá aproximadamente 47 hectares, onde serão construídos edifícios para instituições governamentais/públicas, ampliadas as vias públicas, zonas verdes, de lazer na zona costeira; Zona de aterros a Norte da Ilha de Taipa será subdividida em três zonas (C, D e E), que terão uma área total de cerca de 165 hectares, planeadas para a construção de habitação, infra-estruturas para transportes, espaços verdes e instalações para fins culturais, de lazer e desportivas. Salientou que o Plano de construção de aterros do novo centro urbano, ainda em fase preliminar e de configuração geral, obteve o apoio do Governo Central, encontrando-se em fase de apreciação e aprovação, reiterando que quando este for autorizado, as autoridades de Macau vão apresentar mais detalhes e iniciar os trabalhos de consulta junto à sociedade de Macau. Disse esperar que, através da participação activa da população local, se consiga recolher ideias e elaborar um Plano do Novo Centro Urbano que seja pragmático, pondere as necessidades da sociedade, moderno e que fomente o desenvolvimento sustentável da cidade.