O Chefe do Executivo, Edmund Ho, desfendeu que “os esforços conjuntos dos governos têm de ser conjugados com o conhecimento e experiência dos cientistas e os empreendimentos dos grandes homens de negócios” e que “é preciso trabalhar de mãos dadas, com uma maior consciência dos objectivos globais e reconhecimento das responsabilidades ambientais”, no discurso por ocasião da abertura do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental 2009 (MIECF) A segunda edição do evento ecológico na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) começou hoje (2 de Abril) os trabalhos, com a duração de três dias, no centro de convenções e exposições do Venetian Macau, no COTAI, e cerimónia de inauguração presidida por Edmund Ho. O Chefe do Executivo, depois de dar as boas-vindas a todos os presentes e participantes recordou que, segundo os dados do quarto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), vinculado ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e a Organização de Meteorologia Mundial (OMM), “as emissões globais de gases de efeito de estufa (GEE) devido à actividade humana não pararam de crescer desde os tempos da revolução industrial, com um pico de 70 por cento entre 1970 e 2004.” E, acrescentou: “provas evidentes da observação dos continentes e oceanos mostram que muitos sistemas naturais estão a ser seriamente afectados pelas alterações climáticas regionais, representando uma verdadeira ameaça para o bem-estar do ambiente e o desenvolvimento económico. “Ambiente e desenvolvimento sustentável são hoje questões urgentes e inadiáveis”, sublinhou o mesmo responsável com votos de que “o Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental (MIECF) possa servir como mais uma plataforma para abordar tais assuntos, com o valioso contributo de governos, profissionais, académicos e industriais”. O Chefe do Executivo salientou que “ este ano, estamos juntos com a perfeita consciência dos tempos e desafios globais que temos pela frente, no ponto de viragem da crise económica e financeira. Muitos de nós discordamos da ideia que a presente crise significa adiar as acções sobre mudanças do clima. Tal posição só elevará o risco potencial de consequências maciças e adversas para o planeta. O preço da inacção é demasiado elevado e não podemos ignorar as ameaças para o ambiente. Acredito ser este o momento em que os desafios trazem oportunidades, quando todas as nações do mundo defendem uma recuperação verde ou sustentável através do investimento em infra-estruturas ecológicas e outras indústrias verdes. A Comissão para a Reforma e Desenvolvimento Nacional publicou, no final do ano passado, as “Linhas Gerais do Plano para a Reforma e Desenvolvimento do Delta do Rio das Pérolas “, as quais proporcionam uma plataforma sólida e científica para uma parceria cooperativa e coordenada entre Macau e outras cidades da Região do Grande Delta do Rio das Pérolas. Entre as diversas áreas prioritárias de cooperação, o governo da RAEM esforça-se por trabalhar em conjunto com os parceiros de Guangdong e de Hong Kong no sentido da definição de iniciativas políticas em prol de uma vida melhor e mais verde na região. Finalmente, Edmund Ho agradeceu o valioso apoio especial da Comissão Nacional para a Reforma e Desenvolvimento, bem como do Ministério da Protecção do Ambiente, além da colaboração dos governos da Região do Grande Delta do Rio das Pérolas na organização e co-organização de tão importante e valioso evento para a RAEM.