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O Instituto de Assuntos Cívicos e Municipais e os Serviços de Saúde confirmam um caso de morte por infecção humana pelo estreptococo suíno


No dia 03 de Novembro corrente, os Serviços de Saúde confirmaram um caso de morte por infecção humana por estreptoco suíno, recaindo este caso no proprietário de uma tenda de venda de carne de porco. O doente com 63 anos de idade, residente de Macau, era proprietário de uma tenda de venda de carne de porco no Mercado de Iao Hon. No dia 28 de Outubro, pela parte da manhã, o doente manifestou sintomas de febre, dores abdominais, dispneia e cianose e recorreu ao Serviço de Urgência do Hospital Kiang Wu para consulta. No momento da admissão hospitalar o doente apareceu com sinais de choque e, de imediato, foi submetido a salvação, tendo falecido na parte da tarde desse mesmo dia, sendo infrutíferas todas as tentativas de salvação . Na cultura a que se procedeu, foi detectado na amostra de sangue do doente, em 29 de Outubro, o estreptococo suíno. Deste modo, os Serviços de Saúde enviaram a amostra ao Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde de Hong Kong para proceder a exames mais profundos. No dia 03 de Novembro foi confirmado o estreptococo suíno de tipo II. De acordo com os sintomas clínicos e as informações laboratoriais, trata-se de um caso confirmado de infecção pelo estreptococo suíno. O falecido era proprietário de uma tenda de venda de carne de porco no Mercado de Iao Hon. Aí trabalhava, padecia de história clínica de hipertensão e doenças crónicas pulmonares, tendo pequenas feridas na parte epidérmica da mão antes do aparecimento de sintomas. O falecido não tinha história de viagem antes do aparecimento de sintomas e os familiares que com o mesmo conviviam (um dos familiares trabalha na tenda de carne de porco) não apresentaram sintomas similares. O estreptococo suíno encontra-se vulgarmente no nariz e na boca dos mamíferos, incluindo suínos. Os seres humanos ou os animais podem manifestar sintomas aquando da diminuição da imunidade ou da mudança ambiental. Os seres humanos podem, casualmente, através do contacto com o porco ou as suas secreções , excreções, ou carne de porco cru ou vísceras serem contaminados. As vias de penetração para o ser humano incluem as feridas ou mucosas bocais e nasais. A infecção pelo estreptococo suíno ainda pode causar encefalite e hemotosepse e, em alguns casos, pode provocar endocardite, artrite e bronquite. A infecção pelo estreptococo suíno apesar de ser curada com recurso a antibióticos, apresenta, contudo, uma taxa de mortalidade elevada. Para a prevenção da infecção pelo estreptococo suíno, os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos para manterem boas condições higiénicas pessoais e ambientais, consumirem apenas carne e vísceras inspeccionadas, evitando o contacto com os suínos doentes ou mortos e com a carne e vísceras de origem desconhecida e importadas ilegalmente. Sempre que precisem de manipular ou tocar em suínos ou em carne crua ou vísceras devem utilizar luvas e lavar as mãos após o seu contacto, em especial quando tenham feridas nas mãos. Quando tiverem algum ferimento, devem tomar medidas protectoras. Em caso de suspeita de infecção pelo estreptococo suíno, deve imediatamente recorrer ao médico, informando-o do contacto com suínos ou da manipulação de carne crua desse animal.Os Serviços de Saúde salientam que o consumo de carne de porco ou das suas vísceras devidamente cozinhadas não contribui para a infecção pelo estreptococo suíno.
A par disso, o Instituto de Assuntos Cívicos e Municipais afirma que recentemente não foram detectadas situações de anomalia na inspecção na importação e no matadouro. Como o estreptococo suíno é uma bactéria frequentemente encontrada em suínos, e as causas de infecção pelo estreptococo suíno em seres humanos consistem na penetração de bactérias pelas feridas encontradas na parte epidérmica, os profissionais que manipulam os suínos e as carnes constituem um grupo de alto risco, pelo que o Instituto de Assuntos Cívicos e Municipais reforçaram a emissão de instruções sanitárias aos profissionais dos matadouros, mercados e outros, sensibilizando-os quanto às instruções que devem observar na manipulação dos suínos, carnes cruas, na manutenção de bons hábitos de higiene, reduzindo assim o risco de infecção. Como o estreptococo suíno não é resistente ao calor, a carne após ter sido manipulada com temperatura alta pode ser consumida, e não vai estar infectada. O Instituto de Assuntos Cívicos e Municipais para além de notificar a respectiva situação aos Serviços de Inspecção da República Popular da China, prossegue com a inspecção na importação e a inspecção no matadouro e vigilância sanitária, assim como mantém a atenção sobre este assunto.