Ontem (dia 3 de Outubro), os Serviços de Saúde receberam comunicação do Departamento de Saúde da Província de Guangdong sobre a ocorrência da epidemia da febre de chikungunya na cidade de Dong Guan, estando os Serviços de Saúde a manter contactos estreitos com a repartição de saúde responsável da Província Guangdong, no sentido de acompanharem a evolução da epidemia, apelando aos cidadãos para a atenção à sua prevenção. A febre de ckikungunya é uma doença viral que se transmite através de Aedes albopictus ou Aedes aegypti. As manifestações clínicas da febre de ckikungunya e as suas formas de transmissão são semelhantes às da febre de dengue. Geralmente a doença não é fatal mas pode provocar grande sofrimento ao infectado. Assim, no caso do aparecimento de grande número de infectados num período curto, as actividades económicas da região epidémica podem ser afectadas. Sendo Macau um local onde as actividades de Aedes albopictus são frequentes, o risco de ocorrência da febre de chikungunya não é baixo. Visto que a febre de chikungunya se torna cada vez mais prevalente no Sudeste Asiático, o Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde enviou, em 2008, pessoal para aprender no laboratório colaborador da Organização Mundial de Saúde, as metodologias de diagnóstico da febre de chikungunya e mantêm vigilância atenta de doentes com sintomas parecidos com os da febre de dengue mas com resultado negativo ao teste desta doença, no sentido de verificar se os mesmos doentes estão ou não infectados pelo vírus chikungunya. Até agora, em Macau ainda não se verificou nenhum caso desta doença transmissível. O vírus causador da febre de chikungunya foi isolado pela primeira vez na epidemia eclodida na Tanzânia, em África, em 1952-1953, tendo esta doença sido extremamente prevalente em muitos países do Sudeste Asiático no período 1960-1982, mas que, posteriormente se tornou silencioso. A partir de 1999, registaram-se pandemias desta doença transmissível, sucessivamente, em países do Sudeste Asiático, tais como a Indonésia e a Índia, nos quais milhões de pessoas foram infectadas. Os sintomas da Febre de Chikungunya incluem a febre súbita, cefaleias, arrepios, náuseas, vómitos e dores articulares mais graves. As dores articulares de alguns doentes podem prejudicar as suas actividades quotidianas, permanecendo até várias semanas ou meses, ao contrário da febre de dengue, que não apresenta os sintomas de permanência das dores articulares nem fadiga. Alguns doentes apareceram com erupções cutâneas, sendo raro o aparecimento de hemorragia. O período máximo de incubação é até 12 dias, geralmente sendo de 3 a 7 dias. Às vezes, alguns afectados não manifestam qualquer sintoma. Até ao momento, não há qualquer medicamento eficaz ou vacina para efeitos de tratamento curativo, pelo que se aplica exclusivaemnte o tratamento sintomático. Devido às formas semelhantes de disseminação e prevenção entre a Febre de Chikungunya e a Febre de Dengue e, para efeitos de prevenção da febre de chikungunya, os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos para prestarem atenção à limpeza das águas estagnadas no exterior e interior de casa com vista a eliminar a proliferação dos mosquitos; aplicar repelentes anti-mosquito nas partes expostas do corpo, quando permanecerem em lugares com muitos mosquitos, evitando ser picados por estes. Quando viajarem para lugares com surto desta doença ocorrida nos territórios do sudeste asiático, devem vestir roupas com mangas compridas e alojar-se em sítios com ar condicionado e instalações anti-mosquito. Quando permanecerem ao ar livre, devem aplicar um repelente anti-mosquito. Quando manifestarem sintomas de febre, devem recorrer de imediato à consulta médica.
