
A Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) lançou, em 5 de Junho de 2010, o Plano de Parceria “Eco-Escolas”. Para conhecer melhor a situação sobre a educação ambiental nas escolas de Macau, foi realizado um inquérito para “Pesquisa sobre a educação ambiental nas escolas de Macau” e foram visitadas, desde o mês passado, várias escolas tendo em vista o conhecimento das acções de educação ambiental promovidas e avançar eficazmente as acções do Plano, espalhando as ideias de protecção ambiental das escolas para famílias e bairros comunitários. Participaram nesta inquirição 41 escolas e secções que correspondem a 34% da totalidade das escolas locais. Dos 100 questionários enviados, foram recebidos 36 (algumas escolas subdivididas por duas ou mais secções só entregaram um formulário), por isso, a taxa de respostas recolhidas equivale a 36% da totalidade. O inquérito divide-se em quatro elementos principais e que abrangem os seguintes conteúdos: 1) politica e gestão do ambiente das escolas; 2) espaços e arquitectura das escolas; 3) plano pedagógico sobre o ambiente; e 4) actividades escolares, familiares e comunitárias. De acordo com o mesmo inquérito, denota-se que 75% do total de escolas inquiridas poderão cumprir as “Linhas de orientação e políticas sobre sensibilização ambiental nas escolas”, ao passo que as restantes 25% responderam que ainda não têm condições para concretizá-las;
Quanto à “Disponibilizar pessoal responsável à gestão das instalações e políticas ambientais”, 28% da totalidade responderam que poderão concretizar, enquanto que as restantes 72% afirmaram que ainda não têm possibilidade para disponibilizar;
No que toca à “Reservar anualmente recursos destinados às instalações ambientais e ao cumprimento das políticas ambientais (por exemplo, tempo de aulas, dinheiro)”, 33% do total de escolas inquiridas asseguraram ter capacidade de fazer tal reserva, à medida que as restantes 67% disseram que ainda não têm condições para esse efeito;
No que diz respeito à “formação de pessoal na área ambiental”, 28% da totalidade declararam que têm condições para a formação, ao passo que as restantes 72% manifestaram que ainda não é possível para tal realização. Analisando os dados deste inquérito, verifica-se que estas escolas, em genérico, possuem conhecimentos sobre a protecção do ambiente, tendo divulgado mensagens em diferentes níveis com vista a fomentar a educação ambiental. Além disso, maior parte das escolas ainda não estão disponibilizados de pessoal responsável à educação ambiental mas participaram nas respectivas actividades conforme a escolha, sempre que não tragam sobrecargas para os docentes nos trabalhos e disciplinas regulares. Os mesmos dados revelam ainda que os dirigentes de escola estão conscientes para proteger o ambiente e possuem ideias para promover a educação ambiental, não possibilitando, porém, colocar as políticas ambientais em prática. No que diz respeito ao “plano pedagógico sobre o ambiente” e às “actividades escolares, familiares e comunitárias”, os mesmos dados indicam que as acções promovidas por maior parte das escolas são pouco centralizadas, o conhecimento e as matérias didácticas ambientais estão incluídos nas disciplinas regulares e que ainda não se encontra um planeamento integral e sistemático de educação ambiental, o que dificulta a avaliação dos seus efeitos e resultados. Para além disso, os recursos humanos nesta vertente são limitados, as ideias de protecção ambiental ainda não estão bem divulgadas às famílias e aos bairros comunitários. O inquérito e a pesquisa visarão conhecer a situação das escolas quanto à educação ambiental, mas os dados obtidos pouco reflectem as dificuldades que as escolas inquiridas enfrentam durante a promoção das respectivas acções, por isso, a DSPA visitou, no mês transacto, várias escolas locais, verificando que estas possuem particularidades na proposta para desenvolver a educação ambiental. Durante a visita, vários dirigentes de escola sublinharam que se encontra falta de profissionais, matérias de ensino e de assistências técnicas adequadas neste âmbito, o que constituem entraves no respectivo desenvolvimento. Através da especulação e análise in loco, a DSPA irá conhecer, por vários aspectos, a situação sobre a educação ambiental em Macau, procurando proporcionar apoio necessário e adequado, em conformidade com os factores inerentes de cada escola. Por outro lado, os elementos da DSPA deslocaram a Pequim nos dias 31 de Julho a 3 de Agosto para participar no “3.° Fórum sobre a educação e o desenvolvimento sustentável das quatro regiões dos dois lados do Estreito”, trocando opiniões com mais de 150 representantes dos serviços de sensibilização e educação ambiental e académicos dos sectores de protecção ambiental e de educação, provenientes das quatro regiões dos dois lados do Estreito, discutindo sobre a partilha de uma vida de baixo carbono e a actual situação da educação ambiental nos ensinos básico e superior, bem como a sensibilização ambiental nos bairros comunitários, com o fim de partilhar as experiências e os resultados na concretização das acções de educação ambiental, servindo de referência para desenvolver as acções do Plano de Parceria “Eco-Escolas”. No futuro, a DSPA continuará promover, de forma ordenada, o Plano de Parceria “Eco-Escolas”, divulgando as respectivas informações via página electrónica temática, realizando concurso de design de matérias didácticas para educação ambiental, lançando panfletos sobre a protecção do ambiente a diversos destinatários, para que o Plano servirá como uma plataforma de parceria que liga a DSPA com as escolas, visando partilhar experiências e dar auxílios, contribuindo o maior efeito para, em conjunto, “transformar Macau num centro urbano de baixo carbono e partilhar uma vida ecológica”.