
Com a aproximação da época de tufões, a Polícia Judiciária, a fim de fazer melhor o trabalho preparatório de evacuação para lidar com a ameaça provocada pelo storm surge, realizou, sob a coordenação dos Serviços de Polícia Unitários, o simulacro do “Plano de evacuação das zonas baixas em situações de Storm Surge durante a passagem de tufões”. Este simulacro tem por objectivo motivar as forças comunitárias garantindo que os cidadãos aprofundem os seus conhecimentos de prevenção de desastres e dos procedimentos de evacuação. Este exercício não só impulsiona a comunicação e a colaboração entre as equipas de evacuação e os seus membros, como também executou a plataforma “Visual command scheduling system” pela primeira vez com vista a um comando e operações mais eficientes para aumentar a capacidade da PJ na resposta às emergências de protecção civil.
Preparação para o perigo em tempo de paz
Coordenar toda a comunidade para fazer um bom trabalho na protecção civil
O simulacro realizou-se, na tarde de 24 de Maio, na zona atribuída à PJ para a evacuação da área (ou seja, a zona C, incluindo as zonas da Ponte 16, a Rua de Francisco António, e zonas leste até ao NAPE), e contou com a presença do director da PJ, Sit Chong Meng, subdirectores Lai Man Vai e Sou Sio Keong, vários chefes de departamento e divisão e as equipas do plano de evacuação e o Grupo de Negociações para Situações de Crise, num total, por parte da PJ, de 161 participantes. Foram também convidados observadores, entre os quais os representantes de 9 associações cívicas e de moradores da zona atribuída à PJ, contando-se ainda com a participação de diversos cidadãos.
O director Sit Chong Meng afirmou que, desde a implementação do “Plano de evacuação das zonas baixas em situações de Storm Surge durante a passagem de tufões”, iniciativa coordenada pelos SPU, e graças à educação e propaganda contínua sobre prevenção de catástrofes, aos exercícios regulares de evacuação e comunicação aprofundada entre a polícia e o público, todas as operações de evacuação podem ser concluídas de forma ordenada, segura e rápida e com resultados notáveis. Após a participação no exercício de protecção civil “Peixe de Cristal 2025” no último mês, a PJ voltou a realizar-se um exercício de simulação de evacuação em situações de storm surge. Para este exercício foram convidados para tomarem parte os representantes das associações de moradores e residentes da zona C, com o objectivo de reforçar a capacidade de comunicação, coordenação e articulação entre as várias subunidades da Polícia Judiciária, bem como entre a PJ e as associações comunitárias, empresas e moradores dos respectivos bairros. Ao mesmo tempo, neste exercício foi executada pela primeira vez a plataforma “Visual command scheduling system” aplicada ao trabalho de evacuação permitindo que o centro de comando, através da rede, domine, de forma abrangente, o ambiente do local de evacuação e a disposição policial em tempo real, reforçando ainda mais o comando geral e melhorando a eficiência operacional. Este processo garante que o trabalho de evacuação decorre de modo eficiente e suave, e assim se salvaguarda ao máximo a segurança da vida e dos bens da população bem como a estabilidade social.
Vários simulacros de forma a melhorar a intervenção e colaboração
No cenário montado, simulou-se em Macau situações de storm surge durante a passagem de tufão, com o Chefe do Executivo a declarar o estado de prevenção imediata conforme a lei, fazendo-se logo o accionamento do plano de evacuação pelas entidades de protecção civil. De imediato, o Centro de Comando de Resposta a Crises da PJ procedeu ao trabalho de comando e coordenação conforme o plano de evacuação, dirigindo-se então as equipas às zonas designadas para executar as tarefas que lhes competiam.
Neste simulacro, participaram ainda as associações de moradores e alguns residentes da zonas baixas afectas para simular a hipótese de haver pessoas que precisam do apoio do pessoal da PJ para se orientarem e dirigirem para o local de concentração destinado aos indivíduos com necessidades especiais, e daí retirando-se depois para o centro de abrigo. Desta forma, os moradores puderam conhecer melhor as rotas de evacuação e as observações. Numa outra simulação, cinco moradores estavam a beber e conviver numa loja no rés-do-chão e recusaram-se a deixar o local. A Polícia Judiciária enviou o Grupo de Negociação para Situações de Crise que acabou por os convencer a retirarem-se para um local seguro. Simulou-se ainda uma situação em que se efectuou a análise, o esclarecimento e a investigação sobre a circulação na rede dos rumores acerca dos ataques cibernéticos a infraestruturas críticas.
Além disso, neste simulacro foi executada a plataforma “Visual command scheduling system” pela primeira vez. A plataforma, destinada à coordenação e execução de operações policiais importantes, foi concluída em 2024 e é composta por três partes: rede privada 5G, aplicação móvel da polícia e mapa policial. Ao aplicar a plataforma às operações de evacuação, o Centro de Comando de Resposta a Crises da PJ pode dominar e recolher os dados e recursos policiais no mapa em tempo real, com base nas informações de vídeo fornecidas pelo pessoal da linha da frente, melhorando a eficiência do trabalho de coordenação de operações e, ao mesmo tempo, garantindo a segurança do pessoal da linha da frente.
Exercício e divulgação contínua para melhorar as capacidades de prevenção de desastres
O simulacro decorreu sem sobressaltos e alcançou os resultados esperados. Após o exercício, a Polícia Judiciária fez uma revisão de cada parte do exercício e ouviu as opiniões dos observadores para optimizar os processos de trabalho e os planos de intervenção de emergência. A Polícia Judiciária espera reforçar a comunicação e a colaboração entre as suas subunidades e associações civis através de exercícios, divulgação e educação contínuos. Procura-se a consolidação dos conhecimentos dos residentes sobre os planos de evacuação e a sensibilização para a prevenção de catástrofes e, assim, aumentar a cooperação entre polícia e cidadãos na resposta a catástrofes.
Neste simulacro foram convidadas a tomarem parte as seguintes associações civis e dos moradores: União Geral das Associações dos Moradores de Macau - Subgabinete da Zona Sul, Associação de Mútuo Auxílio de Moradores de Seis Vias Públicas, abrangendo a Rua dos Faitiões de Macau, Associação de Mútuo Auxílio do Bairro, abrangendo a Rua Cinco de Outubro, Associação de Mútuo Auxílio dos Moradores da Avenida Almeida Ribeiro, Associação de Beneficência de Assistência Mútua dos Moradores das 6 Ruas “Chou Toi”, Associação de Mútuo Auxílio do Bairro, Abrangendo a Rua da Felicidade e Vias Circundantes, Centro de Dia do Porto Interior, Associação de Mútuo Auxílio dos Moradores das Ruas de S. Domingos, dos Mercadores e Vias Circundantes, Associação de Mútuo Auxílio do Bairro, abrangendo a Rua do Campo, Avenida Conselheiro Ferreira de Almeida e Rua da Mitra e Associação dos Moradores da Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE).