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Serviços de Saúde divulgam dados sobre doenças de declaração obrigatória em Maio de 2025 para o público conhecer a tendência do desenvolvimento das doenças transmissíveis e efectuar a gestão preventiva das doenças


Com o objectivo de prosseguir com a monitorização da tendência epidemiológica das doenças transmissíveis em Macau e de conceber medidas de prevenção e controlo adequadas, os Serviços de Saúde, de acordo com a «Lei de prevenção, controlo e tratamento de doenças transmissíveis» e o «Mecanismo de declaração obrigatória de doenças transmissíveis», exigem que os responsáveis das instituições médicas públicas ou privadas, os médicos que efectuem o primeiro diagnóstico, os médicos que preencham o certificado de óbito e os técnicos de diagnóstico laboratorial, devem declarar, no prazo legal, os casos de doenças transmissíveis aos Serviços de Saúde. Actualmente, existem 45 tipos de doenças em Macau que necessitam de declaração obrigatória. Os Serviços de Saúde efectuam periodicamente a análise e avaliação dos dados declarados, bem como divulgam os dados de monitorização, permitindo ao público conhecer a tendência do desenvolvimento das doenças transmissíveis, aumentando a consciência de prevenção de doenças e fazendo uma boa gestão de saúde.

Em Maio de 2025, os Serviços de Saúde registaram um total de 689 casos de doenças de declaração obrigatória. Os primeiros três grupos de doenças com maior número de casos são a influenza (401 casos), a varicela (98 casos) e a escarlatina (60 casos). Em comparação com o mês anterior, as doenças cujo número de casos com alterações mais significativas foram a influenza (aumento de cerca de 1,8 vezes), a varicela (aumento de cerca de 1,1 vezes) e a infecção por enterovírus (aumento de 66,7%).

  1. Influenza

Em Maio, foram registados 401 casos de influenza, o que corresponde a uma diminuição de 84,3% em relação aos 2.548 casos registados no mês homólogo de 2024, e um aumento de 1,8 vezes em relação aos 142 casos registados no mês anterior.

A influenza é uma doença respiratória aguda altamente contagiosa. A sua incidência é predominante no Inverno e na Primavera (de Janeiro a Março) e no Verão (de Junho a Agosto). Em Macau, os tipos de gripe mais frequentes são a gripe A (H1N1 e H3N2) e a gripe B. A transmissão principal do vírus influenza é efectuada pelo ar, pelas gotículas de saliva ou pelo contacto directo com as secreções orais e nasais dos doentes. Os sintomas comuns incluem febre, dores de cabeça, dores musculares, corrimento nasal, dor de garganta e tosse. Embora a maioria dos doentes possa recuperar sem tratamento, os idosos, os bebés, as crianças e os doentes com doenças crónicas podem sofrer de complicações como bronquite, pneumonia, entre outras. A vacinação contra a gripe sazonal constitui o método mais eficaz de prevenção.

  1. Varicela

Em Maio, foram declarados 98 casos de varicela, o que representa o dobro face aos 48 casos registados no mesmo mês do ano anterior e um aumento de cerca de 1,1 vezes em comparação com os 46 casos do mês anterior.

A varicela é uma doença infecciosa aguda comum em crianças, causada pelo vírus varicela-zoster, que ocorre principalmente nas crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 10 anos. A varicela pode ocorrer durante todo o ano, mas é mais comum no Inverno e na Primavera. A varicela transmite-se directamente pelo contacto pessoal, através de gotículas dos doentes ou de secreções respiratórias espalhadas no ar, e indirectamente pelo contacto com objectos contaminados pelas secreções das feridas do doente. Pode haver febre ligeira na fase inicial da infecção, seguida de erupções cutâneas maculopapulares na pele, que depois se formam bolhas e finalmente, formam-se crostas.

A maioria dos casos de varicela apresenta apenas sintomas ligeiros e recupera naturalmente, mas as pessoas com sistemas imunitários fracos têm maior probabilidade de desenvolver complicações, tais como infecções cutâneas, escarlatina, pneumonia e encefalite; Se um bebé recém-nascido contrair varicela, a condição pode ser grave ou mesmo fatal. As crianças podem ser vacinadas contra a varicela. De um modo geral, a vacinação começa no 12.º mês após o nascimento, e cerca de 90% das pessoas vacinadas podem produzir imunidade.

  1. Infecção por enterovírus

Em Maio, foram registados 40 casos de infecção por enterovírus, o que corresponde a uma diminuição de 95,9% em relação aos 974 casos registados no período homólogo de 2024, e um aumento de 66,7% em relação aos 24 casos registados no mês anterior.

A infecção por enterovírus pode ser causada pelo vírus Coxsackie, echovírus e enterovírus 71. A infecção pelo enterovírus ocorre durante o ano inteiro, a nível mundial, mas é no verão que tem maior incidência. Este vírus é a fonte de várias doenças, sendo as mais ligeiras e frequentes, tais como a síndrome mão-pé-boca e a herpangina e, o mesmo também pode causar complicações graves, como miocardite e meningite asséptica.

A infecção por enterovírus ocorre na maioria dos casos em crianças com idade inferior a cinco (5) anos. O período de incubação varia de três (3) a sete (7) dias, e a transmissão faz-se por contacto directo com fezes dos doentes infectados, gotículas de saliva ou com materiais contaminados. Devido ao contacto próximo das crianças nas creches e jardins-de-infância, especialmente, nas actividades de jogos, é fácil ocorrer um surto da síndrome mão-pé-boca, que é uma doença altamente contagiosa. No período inicial aparecem sintomas, tais como, febre, dor de garganta, vesículas pequenas ou pústulas vermelhas que não provocam dores nem comichão nas palmas das mãos, pés e nádegas, e surgem herpes na boca, causando posteriormente úlceras. No período de sete (7) a dez (10) dias, as vesículas e as pústulas vermelhas vão desaparecer gradualmente, e o doente fica curado. A transmissão do enterovírus principia alguns dias antes dos primeiros sintomas surgirem, localizando-se os vírus na garganta e nas fezes e, durante algumas semanas, as fezes do doente podem conter estes vírus.

Com o intuito de reduzir o risco de infecção por gripe e outras doenças transmissíveis, os Serviços de Saúde apelam aos residentes que consultem a seguinte infografia e reforcem as medidas de protecção individual.

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