Fórum de Líderes da Política-Indústria-Academia-Investigação da Aliança para o Desenvolvimento da Medicina Tradicional Chinesa na Iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”
O “Fórum de Líderes da Política-Indústria-Academia-Investigação e Fórum de Reitores da Aliança para o Desenvolvimento da Medicina Tradicional Chinesa na Iniciativa Uma Faixa, Uma Rota 2025” teve lugar entre os dias 17 e 18 de Julho de 2025, na Universidade Chinesa de Hong Kong. O Presidente do Instituto para a Supervisão e Administração Farmacêutica (ISAF), Choi Peng Cheong, foi convidado a participar no evento, onde proferiu um discurso subordinado ao tema “Consolidar o sistema de supervisão farmacêutica, estabelecer a base para o desenvolvimento industrial e impulsionar a internacionalização da medicina tradicional chinesa”.
O evento foi organizado pela Aliança para o Desenvolvimento da Medicina Tradicional Chinesa na Iniciativa Uma Faixa, Uma Rota, com foco na discussão sobre o desenvolvimento da internacionalização da medicina tradicional chinesa, visando construir um ecossistema para a internacionalização da medicina tradicional promovido no âmbito da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” conjuntamente por entidades governamentais, industriais, académicas e de investigação, fornecendo recomendações políticas e caminhos práticos para a entrada da medicina tradicional chinesa no mundo, de modo a promover a divulgação e a aplicação internacionais da medicina tradicional chinesa. O fórum reuniu 400 representantes de mais de 60 instituições, incluindo departamentos governamentais, instituições de ensino superior e empresas provenientes do Interior da China, Hong Kong e Macau, bem como dos países ou regiões ao longo da “Uma Faixa, Uma Rota”, como a Malásia, Tailândia, Laos, Nova Zelândia e Sri Lanka, reflectindo o apoio activo de diversos sectores ao desenvolvimento inovador da medicina tradicional e contribuindo para a saúde e bem-estar globais.
Herança e inovação em paralelo – Impulsionar a internacionalização da medicina tradicional chinesa
Durante o “Fórum de Reitores 2025”, o Vice-Presidente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), Leung Chun-ying, referiu no seu discurso temático que, Hong Kong, como elo de ligação entre o Interior da China e o exterior, pode contribuir para o desenvolvimento da transmissão e inovação da medicina tradicional chinesa, servindo os povos dos países da “Uma Faixa, Uma Rota”. O Secretário de Saúde de Hong Kong, Lo Chung-mau, destacou que, no âmbito do princípio “Um País, Dois Sistemas”, Hong Kong tem promovido activamente o desenvolvimento global da medicina tradicional chinesa, contando com um sistema regulador completo e profissionais qualificados e experiência em diversas áreas, e continuará a investir recursos e implementar uma série de políticas e medidas para promover continuamente a herança e a inovação da medicina tradicional chinesa.
Conectividade interna e externa – Apoiar o planeamento nacional de desenvolvimento da medicina tradicional chinesa
Durante o “Fórum de Líderes da Política-Indústria-Academia-Investigação”, o Presidente do ISAF, Choi Peng Cheong, salientou no seu discurso temático que o Governo da RAEM tem vindo a dedicar-se ao desenvolvimento da indústria de big health da medicina tradicional chinesa, através do estabelecimento de um sistema de registo de medicamentos tradicionais chineses completo e regulamentado, reforçando ainda mais a qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos tradicionais chineses comercializados em Macau, criando igualmente condições para a sua expansão ao exterior. O ISAF desempenha as suas funções como “guardião” e “prestador de serviços”, continuando a aperfeiçoar o sistema de supervisão para apoiar o desenvolvimento da diversificação adequada da economia. O “14.º Plano Quinquenal de Desenvolvimento da Medicina Tradicional Chinesa” estabelece orientações para promover a modernização e industrialização da medicina tradicional chinesa, impulsionar o desenvolvimento de alta qualidade da medicina tradicional chinesa e a sua internacionalização, aprofundando a cooperação e facilitando o registo e aplicação de produtos de medicina tradicional chinesa no exterior. Tendo em conta o seu contexto histórico e localização geográfica, Macau pode funcionar como ponte entre os produtos de medicina tradicional chinesa e os países lusófonos, bem como os países ao longo da “Uma Faixa, Uma Rota” e a ASEAN. Aproveitando o papel de plataforma de Macau e as vantagens do seu regime jurídico, integrando recursos do Interior da China e usufruindo das políticas preferenciais nacionais, Macau pode fomentar a conectividade interna e externa, apoiando as empresas na promoção internacional dos produtos de medicina tradicional chinesa.
Incentivo à inovação, investigação e desenvolvimento – Cooperação transsectorial para promover a internacionalização da medicina tradicional chinesa
O Presidente do ISAF, Choi Peng Cheong, afirmou que a inovação e a investigação e desenvolvimento constituem a força motriz essencial para a internacionalização da medicina tradicional chinesa. A entrada em vigor, em Março do corrente ano, das “Boas Práticas Clínicas de Medicamentos (GCP)” contribui para a promoção de mais ensaios clínicos multicêntricos internacionais, impulsionando a investigação e desenvolvimento de medicamentos tradicionais chineses inovadores. O Governo da RAEM introduziu preparados hospitalares de medicina tradicional chinesa da Província de Guangdong para uso clínico em hospitais de Macau, encorajando o sector a promover a transformação de preparados hospitalares de medicina tradicional chinesa com potencial em novos medicamentos, mediante a recolha de dados de utilização clínica, alcançando a industrialização através do modelo “Registo em Macau + Produção em Hengqin”, e promovendo a sua internacionalização através da plataforma de Macau. O Presidente Choi sublinhou que, perante diferentes estágios de desenvolvimento, costumes, hábitos e contextos culturais e religiosos nos vários países e regiões, a internacionalização da cultura da medicina tradicional chinesa é um verdadeiro desafio. No processo de promoção do desenvolvimento de alta qualidade e internacional da medicina tradicional chinesa, é necessário aprofundar a cooperação transsectorial, integrar melhor os recursos e reforçar o desenvolvimento sinérgico, promovendo, através da complementaridade de vantagens, a “saída” da medicina tradicional chinesa e a sua “entrada” nos mercados internacionais.
Durante a sua participação no evento, os representantes do ISAF interagiram e trocaram impressões com os participantes provenientes de outros países e regiões, com o intuito de compreender o progresso da internacionalização da medicina tradicional chinesa. Além disso, o Presidente Choi Peng Cheong reuniu-se com o Vice-Director da Administração de Medicina Tradicional Chinesa da Província de Sichuan, Mi Yinjun, e com representantes do Hospital de Medicina Tradicional Chinesa de Sichuan, para trocar opiniões sobre a introdução de preparados hospitalares de qualidade da medicina tradicional chinesa da Província de Sichuan, a investigação, desenvolvimento e transformação desses preparados, bem como a formação de talentos na área da medicina tradicional chinesa, promovendo assim o desenvolvimento de alta qualidade da indústria da medicina tradicional chinesa em Sichuan e Macau.
A Aliança para o Desenvolvimento da Medicina Tradicional Chinesa na Iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” foi proposta pela Universidade Chinesa de Hong Kong e formada voluntariamente, em 2023, como uma organização de cooperação sem fins lucrativos por mais de vinte entidades da política-indústria-academia-investigação de países e regiões ao longo da “Uma Faixa, Uma Rota”, com ligações à medicina tradicional. Actualmente, a Aliança integra mais de quarenta universidades e instituições de ensino superior provinciais dedicadas à medicina tradicional como membros fundadores do sector académico e de investigação, assim como várias instituições médicas, associações e empresas de renome no sector da medicina tradicional chinesa como membros fundadores do sector médico ou industrial.
