
Devido a diversas obras, é fácil acumular-se água nos estaleiros de obras, o que pode provocar a proliferação de mosquitos Aedes albopictus e aumentar o risco de doenças transmitidas por mosquitos em Macau. Por este motivo, o Grupo de prevenção e controlo conjunto dos estaleiros de obras, composto pelos Serviços de Saúde, Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU) e Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP), realizou no dia 30 de Julho uma inspecção conjunta aos estaleiros de obras, com o objectivo de, através do mecanismo eficiente de cooperação interdepartamental, reforçar as medidas de eliminação de mosquitos nos estaleiros de obras, eliminar a água estagnada e as fontes de proliferação de mosquitos, de modo a reduzir o risco de doenças transmitidas por mosquitos, tais como febre chikungunya e febre de dengue, salvaguardar em conjunto a saúde pública e a segurança ambiental dos estaleiros de obras.
A inspecção conjunta foi realizada nos estaleiros das obras A2, A4 e A5 da Zona A dos Novos Aterros Urbanos, sob a coordenação e planeamento da DSOP e em conjunto com os trabalhadores dos estaleiros de obras. Durante a inspecção, foram dadas orientações aos trabalhadores sobre a identificação das fontes de proliferação de mosquitos comuns nos estaleiros de obras, como por exemplo, os pontos de medição de água, a acumulação de água no chão, os recipientes com águas estagnadas (necessários ou desnecessários para o trabalho), a acumulação de água a nível estrutural e os recipientes no exterior, bem como a forma correcta de limpeza e tratamento. Durante a inspecção, foram encontradas fontes de proliferação de mosquitos. Perante esta situação, foram exigidas aos empreiteiros a correcção imediata e a acumulação de experiências, no sentido de eliminar, na medida do possível, as águas estagnadas. Para qualquer água acumulada que seja difícil de remover completamente devido a razões estruturais, devem ser implementadas medidas físicas (como enchimento e selagem) e utilizados de forma padronizada óleo ou areias anti-mosquito (larvicidas), conforme apropriado. Além disso, devido a factores como a fase de execução da obra, as instalações e os métodos de execução da obra, alguns estaleiros de obras apresentaram uma grande acumulação de água, pelo que o Grupo de prevenção e controlo conjunto dos estaleiros de obras exigiu aos empreiteiros para reforçarem os trabalhos de eliminação química de mosquitos, a fim de prevenir a proliferação de mosquitos e defender em conjunto a saúde pública. Após a conclusão da inspecção, a DSAL realizou também acções de sensibilização sobre a segurança e saúde ocupacional aos trabalhadores, tendo distribuído vestuário anti-calor e artigos anti-mosquito, e aconselhado os trabalhadores a prestar atenção à prevenção de mosquitos e beber água com frequência para evitar a insolação.
Com o intuito de melhorar o conhecimento dos trabalhadores sobre as fontes comuns de proliferação de mosquitos nos estaleiros de obras e o respectivo tratamento, reforçar as medidas de prevenção e gestão integradas, nomeadamente, a eliminação da água estagnada, a redução de picadas de mosquitos, métodos de prevenção e tratamento de mosquitos adultos e larvas, os Serviços de Saúde elaboraram as orientações intituladas “Prevenção da febre de dengue e da febre chikungunya – Orientações para terrenos baldios e estaleiros de construção civil” que se encontram disponíveis na página electrónica dos Serviços de Saúde e serão disponibilizadas ao sector da construção civil para referência e execução através da DSAL, da DSSCU e da DSOP. Ao mesmo tempo, os Serviços de Saúde também vão elaborar orientações técnicas sobre a eliminação de mosquitos e dar formação aos trabalhadores dos estaleiros de obras, a fim de elevar a sua capacidade de prevenção e controlo de mosquitos, reduzindo em conjunto a ocorrência de doenças transmitidas por mosquitos, tais como a febre chikungunya e a febre de dengue.