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Serviços de Saúde: Diagnosticado um (1) caso importado do vírus Zika


Os Serviços de Saúde foram notificados, quarta-feira (dia 10 de Setembro), de um (1) caso do vírus Zika, sendo o primeiro caso importado registado em Macau.

Trata-se de uma mulher de 32 anos, trabalhadora não residente, que mora no Edf. Son Hoi, localizado na Rua do Matapau, trabalha no Edf. Luen Seng, sito na Rua do Tarrafeiro. Entre os dias 23 de Agosto e 2 de Setembro, a doente esteve nas Filipinas, tendo regressado a Macau no dia 2 de Setembro. No dia 6, começou a sentir dores articulares nos membros. No dia 8, apresentou erupções cutâneas. No dia 10, dirigiu-se ao Centro Hospitalar Conde de São Januário para tratamento médico, tendo realizado um exame de sangue para análise laboratorial. Após a respectiva análise, confirmou-se uma reacção positiva ao vírus Zika. A doente encontra-se em estado estável e as pessoas com quem coabita não manifestam qualquer indisposição.

De acordo com a história de viagem, o tempo de apresentação de sintomas e o resultado laboratorial da doente, o caso acima referido foi classificado como caso importado, sendo o primeiro caso importado do vírus Zika registado em Macau. Os Serviços de Saúde vão enviar pessoal para proceder à inspecção de fonte de reprodução e à eliminação preventiva de mosquitos nas proximidades da residência e dos principais locais de actividade da doente em Macau.

A doença do vírus Zika é transmitida principalmente pela picada do mosquito Aedes, embora haja outras formas de transmissão, incluindo o contacto sexual, a transfusão de sangue e de mãe para feto durante a gravidez. A maioria das pessoas infectadas pelo vírus Zika é assintomática. Os sintomas mais comuns incluem febre, erupções cutâneas, conjuntivite, dores musculares e articulares e dores de cabeça, entre outros, sendo os sintomas geralmente ligeiros. A doença do vírus Zika foi alvo de atenção no passado por causar microcefalia em recém-nascidos. Até ao presente momento, foram registados casos de infecção pelo vírus Zika em 89 países e regiões do mundo. Actualmente, o vírus Zika está prevalente ou a espalhar-se em alguns países das Américas e noutros locais.

A doença do vírus Zika é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes Aegypti. Até ao presente momento, não foram encontrados mosquitos Aedes Aegypti em Macau. O mosquito Aedes mais comum em Macau é o mosquito Aedes Albopictus, que pode transmitir a febre de dengue e a febre chikungunya. Por conseguinte, o risco de transmissão contínua do respectivo caso em Macau é limitado. Os Serviços de Saúde apelam aos residentes que, para prevenir as doenças transmitidas por mosquitos, devem reforçar a eliminação da água estagnada no ambiente circundante aos locais de trabalho e ao domicílio, a fim de erradicar a proliferação de mosquitos, bem como adoptar medidas como o uso de redes mosquiteiras nas janelas, nas camas ou do ar condicionado em casa, no sentido de reduzir a possibilidade de serem picados por mosquitos. Quando viajar para áreas tropicais e subtropicais, é aconselhável vestir roupas com mangas compridas e calças compridas, preferencialmente de cores claras, alojar-se em locais com ar condicionado ou instalações anti-mosquito, bem como aplicar repelente de mosquitos quando sair para evitar picadas de mosquitos. Em caso de apresentarem sintomas suspeitos, como febre e erupções cutâneas, os residentes devem recorrer de imediato ao médico e informá-lo da história de viagem.

Ao mesmo tempo, a doença do vírus Zika pode ser transmitida por contacto sexual ou de mãe para feto durante a gravidez. Ao viajar para áreas onde a doença é prevalente, os residentes devem tomar medidas para prevenir a transmissão do vírus Zika por contacto sexual. As grávidas ou as que planeiam engravidar devem prestar mais atenção e tomar precauções quando se deslocam para áreas onde a doença é prevalente e adoptar medidas de prevenção contra os mosquitos para reduzir o risco de infecção.

Os Serviços de Saúde vão continuar a monitorizar de perto a prevalência de doenças transmitidas por mosquitos, tais como a febre chikungunya, a febre de dengue e a doença do vírus Zika, apelando aos residentes para não baixarem a guarda e tomarem as “três medidas anti-mosquito” para prevenir em conjunto as doenças transmitidas por mosquitos:

    1. Prevenir a proliferação de mosquitos no domicílio: Elimine regularmente águas estagnadas no ambiente circundante aos locais de trabalho e ao domicílio, a fim de erradicar a proliferação de mosquitos e de larvas;
    2. Impedir a entrada de mosquitos: Utilize redes mosquiteiras nas janelas, nas camas, ou ligue o ar condicionado, entre outras medidas, para reduzir a possibilidade de serem picados por mosquitos;
    3. Proteger-se contra picadas ao ar livre: Ao realizar actividades no exterior, é melhor vestir roupas com mangas compridas e calças compridas, preferencialmente de cores claras e aplicar repelente de mosquitos nas partes expostas da pele ou na roupa, de forma a evitar picadas.