
Nos últimos dias, os Serviços de Saúde, em conjunto com os Serviços de Alfândega, o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), o Corpo de Bombeiros (CB) e a Direcção dos Serviços das Forças de Segurança de Macau (DSFSM), realizaram nos postos fronteiriços de Macau da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e no Edifício de Especialidade de Saúde Pública do CHCSJ, a “Simulação conjunta de prevenção e controlo de doenças transmitidas por contacto”, a fim de reforçar a prevenção e o isolamento, a coordenação de comunicação, a segurança de transporte e capacidade de resposta às emergências das instituições médicas, dos todos os serviços públicos e do seu pessoal, em resposta a casos suspeitos de febre hemorrágica viral (por exemplo, vírus Ébola, vírus de Marburg e febre de Lhasa). Os representantes de Hong Kong, Zhuhai e da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin foram convidados para serem observadores e fornecerem orientações. A simulação conjunta durou cerca de duas horas e contou com a participação de mais de 90 pessoas.
A simulação conjunta teve lugar em Setembro do corrente ano, quando ocorreu um surto da doença de Malabo num país africano. Após a avaliação da Organização Mundial de Saúde, este simulacro foi classificado como “uma emergência de saúde pública de interesse internacional”. Pelas 11:00 horas do um dia de Setembro do corrente ano, o termómetro instalado nos postos fronteiriços de Macau da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau emitiu o alerta, uma pessoa entrou em Macau com temperatura corporal anormalmente alta. De imediato, o pessoal de quarentena dos Serviços de Saúde interceptou o referido indivíduo, e após a realização da medição da temperatura corporal e a consulta do historial de viagem, o mesmo foi submetido à despistagem médica em isolamento. Durante o transporte para a sala de isolamento, o referido indivíduo vomitou subitamente, o pessoal de quarentena colocou as vedações de imediato no local ocorrido e informou as respectivas unidades; em seguida, os vómitos foram tratados pelo pessoal da DSFSM, rapidamente.
Após despistagem médica efectuada na sala de isolamento, o indivíduo foi considerado conforme a definição de caso suspeito de infecção pelo vírus de Malabo, tendo sido imediatamente activado o programa de transporte. Os Serviços de Saúde comunicaram a situação aos Serviços Públicos de emergência dos postos fronteiriços; o CPSP activou simultaneamente o mecanismo de emergência, incluindo a unidade de comunicação, a delimitação de áreas de controlo, a garantia de que as vias de transporte podem ser fechadas e controladas; os Serviços de Alfândega verificaram as bagagens dos passageiros de acordo com os procedimentos estabelecidos; o pessoal do CB transferiu o caso suspeito para uma ambulância de pressão negativa através de esticador multifuncional de isolamento e este suspeito foi transportado para o Edifício de Especialidade de Saúde Pública do CHCSJ, tendo submetido ao isolamento e terapia. Após a conclusão do transporte, os funcionários realizaram a desinfecção completa, as salas de isolamento, as vias de transporte e as áreas eventualmente contaminadas e que as áreas controladas foram desbloqueadas, tendo retomado o funcionamento normal dos postos fronteiriços.
A simulação conjunta focou-se no teste das medidas de isolamento, na protecção individual, no controlo regional e na desinfecção ambiental, entre outros aspectos, no cumprimento rigoroso do princípio de controlo de infecção, com o objectivo de reduzir o risco de infecção cruzada, em caso de ocorrência de situações semelhantes. É de salientar que a febre hemorrágica viral é provocada por vários vírus e é uma doença transmissível aguda, cujos sintomas típicos incluem febre e hemorragia grave, alta contagiosa e com uma taxa de mortalidade até 90% (por exemplo, vírus Ébola, vírus de Malabar e febre de Lhasa).
Nos últimos dez anos, registaram-se os vários surtos epidémicos em todo o mundo, o que demonstrou que este tipo de doença é um risco potencial a longo prazo, daí é necessário realizar simulacros periódicos para verificar e consolidar a capacidade de resposta a emergências. Através deste simulacro, obtiveram-se três resultados:
- Aperfeiçoar o programa de contingência: Avaliar a operacionalidade do programa de contingência vigente através de exercícios práticos e optimizar por meio de ajustamento, em conjugação com a simulação, no sentido de garantir que o programa de contingência corresponda às necessidades reais;
- Elevar as capacidades do pessoal: Fornecer oportunidades de treino prático para o pessoal dos Serviços Públicos de emergência, reforçar a proficiência de operações de emergência e garantir uma resposta rápida em situações reais;
- Reforçar a cooperação interdepartamental: Através de simulacros conjuntos, assegurar a cooperação eficaz entre os Serviços Públicos em situações de emergência, que podem formular uma sinergia no estado de emergência.