Após 8 anos de esforços contínuos, os trabalhos de restauro da Casa do Mandarim foram concluídos com sucesso. A partir de 5 de Fevereiro, pelas 15:00 horas, as portas abrem-se a todos aqueles que desejarem saber mais sobre o processo de recuperação e restauro arquitectónico da Casa, bem como presenciar a sua ambiência original. O Instituto Cultural organizou no dia 3 de Fevereiro uma visita à Casa, destinada à imprensa, na qual estiveram presentes a Presidente do IC, Substª, Alice Wong, o Vice-Presidente do IC, Stephen Chan e o Chefe do Departamento do Património Cultural do IC, Jacob Cheong, os quais fizeram declarações à imprensa. Localizada no seio do Centro Histórico de Macau, a Casa do Mandarim, construída em 1869, foi a residência de Zheng Guanying, eminente figura intelectual chinesa, cujas obras sobre a abertura dos mercados económicos influenciaram Sun Yat Sen e Mao Tse Tung, os quais, mais tarde, viriam a evocá-las como base para promoverem grandes mudanças na China. Este complexo residencial tradicional chinês encontra-se situado mesmo em frente ao Largo do Lilau, um dos primeiros largos de estilo português da cidade, sendo esta combinação de características arquitectónicas e do contrastante ambiente urbano circundante ilustrativa do passado multicultural de Macau. A propriedade compreende uma área total de 4000 metros quadrados, sendo composta de vários edifícios com mais de 60 quartos e espaços abertos de diferentes estilos de arquitectura, fazendo da Casa um raro caso de residência privada de grande escala em Macau. Os edifícios do complexo são predominantemente de estilo chinês, com subtis influências ocidentais patentes nos elementos decorativos, marcando um período em que a arquitectura chinesa começou a evidenciar em Macau uma fusão de estilos de diferentes culturas. A “Exposição sobre o Restauro da Casa do Mandarim” tem em vista apresentar o processo de conservação, bem como promover a estima por esta importante marca do património de Macau. Com este fim, serão apresentadas várias fotografias ilustrativas do estado em que o complexo se encontrava antes da intervenção de restauro, destacando-se ainda os materiais utilizados no processo de recuperação e de preservação dos elementos arquitectónicos originais. A Exposição inaugura a 5 de Fevereiro, pelas 15:00 horas e estará patente ao público diariamente, entre as 10:00 e as 18:00 horas, encerrando às Quartas e Quintas-feiras. Como medida de protecção do edifício, a capacidade máxima é de 100 visitantes de cada vez, sendo o número máximo dentro de cada secção dos edifícios principais (rés-do-chão e segundo andar da Mansão Yuqing e Mansão Jishan) de 20 pessoas de cada vez. Para mais informações, é favor visitar a página www.wh.mo/mandarinhouse, onde se encontram disponíveis dados mais detalhados sobre a Casa do Mandarim, sugestões de percursos, fotografias, entre outros, para além de oferecer a possibilidade de reservar horas de visita, de modo a evitar longas filas de espera na entrada. A Casa do Mandarim situa-se em frente ao Largo do Lilau, na Travessa de António da Silva, Nº 10 (Tel: 2896 8820).