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Notificação de um caso suspeito de infecção colectiva de escarlatina num jardim-de-infância


Os Serviços de Saúde foram notificados, no dia 13 de Dezembro do corrente ano, de um caso suspeito de infecção colectiva de escarlatina num jardim-de-infância duma escola. O caso ocorreu na turma K2D de jardim-de-infância da Escola Secundária Pui Ching, sita na Avenida Horta e Costa. Cumulativamente, 7 alunos apresentaram sintomas de febre, erupção cutânea, dores de garganta, entre outros. Todos os doentes recorreram às consultas médicas e encontram-se em estado satisfatório, não tendo sido registado quaisquer casos de hospitalização ou complicações. Os Serviços de Saúde procederam à organização no sentido de os alunos doentes efectuarem os exames laboratoriais de amostras do tracto respiratório.
Escarlatina é uma doença respiratória aguda transmissível causada pelo estreptococo beta hemolítico do grupo A (Streptococcus pyogenes). Geralmente, o período de incubação é de 1 a 3 dias. Esta doença é transmitida principalmente através de contacto com as secreções orais, respiratórias ou salpicos de saliva de doentes infectados. O doente é uma fonte de forte transmissibilidade no período de um dia antes da manifestação da doença até ao aparecimento da erupção cutânea. A fonte de transmissão é feita essencialmente através dos doentes e portadores de bactéria. Os principais sintomas são febre, língua sob a forma de morango, herpangina, e com erupções cutâneas pequenas e de cor vermelha viva dispersas no corpo. Após o desaparecimento das erupções cutâneas, a pele manifesta descamação e fica áspera. As erupções aparecem habitualmente em forma de manchinhas de cor vermelha e ao pressioná-las tornam-se brancas, sendo que a região afectada torna-se muito áspera, e surgem frequentemente no pescoço, tórax, nas axilas, nas fossas cubitais, na virilha e na zona lateral interna das coxas. A escarlatina pode causar sintomas em todo ano, contudo esta epidemia chega ao seu pico no Inverno e na Primavera, afectando essencialmente as crianças de dois a oito anos de idade. Em caso de não ser dado um tratamento adequado pode ocasionar complicações como otite média, febre reumática, doença renal, pneumonia, linfadenite, artrite, entre outros.
Desde Maio do corrente ano, o número de casos de escarlatina ocorrido na China Continental e Hong Kong sofreu um aumento assinalável em comparação com o ano transacto, e tendo sido registados casos graves de complicação em Hong Kong. De acordo com as informações de vigilância quanto às doenças de declaração obrigatória, o número de casos de escarlatina em Macau no corrente ano face aos últimos cinco anos evidencia um aumento de sete vezes e até ao presente momento, registou-se um número acumulado de 121 casos sem complicações. Os Serviços de Saúde mantém a estreita vigilância sobre a situação de escarlatina da escola e da sociedade, bem como apelam os cidadãos, escolas e pais para adoptarem adequadamente as seguintes medidas de prevenção: Higiene pessoal 1. Lavar frequentemente as mãos, mantendo-as sempre limpas, ou usar um desinfectante alcoólico, em especial antes de estarem em contacto com os olhos, o nariz e a boca;
2. Cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, de preferência com um lenço de papel e deitá-lo no lixo depois de usado;
3. Não partilhar toalhas com outra pessoa;
4. Utilizar luvas, quando manusear objectos e lugares contaminados por secreções ou excrementos;
5. Praticar sempre desporto, descansar o suficiente, ter uma alimentação equilibrada, evitar fumar e deslocar-se a lugares públicos densamente frequentados;
6. Evitar contactos próximos com doentes que manifestem sintomas da escarlatina;
7. No caso de sofrer sintomas de febre e de tosse, usar máscara e recorrer de imediato ao médico;
8. Quando se manifestarem sintomas da escarlatina, permanecer no domicílio, suspender o serviço ou a ida à escola. Higiene ambiental
1. Manter a limpeza e a secura do ambiente e garantir uma boa ventilação de ar no interior das instalações;
2. Proceder, no mínimo, uma vez por dia à limpeza e desinfecção dos brinquedos utilizados, mobiliário, pavimento e locais com os quais as mãos têm contacto frequente;
3. Proceder de imediato a uma desinfecção adequada dos materiais ou lugares contaminados pelas secreções ou excrementos;
4. Assegurar a existência de sabão líquido e toalhas de papel descartáveis ou secador para as mãos nas instalações sanitárias.