
Os representantes da Autoridade Monetária de Macau vão deslocar-se a Pequim, no sentido de reunir com o Banco Popular da China, para analisar as questões do alargamento das operações denominadas em Renminbis, da prestação de estímulo a Macau para se transformar numa plataforma de regularização das operações em Renminbis entre a China e os países de língua portuguesa, bem como da adopção de medidas apropriadas destinadas à obtenção de rendimentos estáveis, através da aplicação dos fundos da Reserva Financeira da RAEM nos activos denominados em Renminbis. Em meados do mês findo, a AMCM organizou uma delegação do sector financeiro a Pequim e Xangai. Durante as visitas, foram formuladas propostas ao Governo Central e às entidades supervisoras do domínio financeiro, relativas ao alargamento do âmbito das operações em Renminbis, ao estímulo a prestar a Macau para se transformar numa plataforma de regularização das operações em Renminbis entre a China e os países de língua portuguesa, à prestação de algumas medidas favoráveis à aplicação de fundos do Fundo de Reserva Financeira da RAEM em Renminbis, propostas estas merecedoras de resposta positiva e apoio por parte dos dirigentes do Governo Central e das respectivas entidades supervisoras. O Banco Popular da China afirma que prestará, de forma activa, apoio para o alargamento do âmbito das operações em Renminbis, estimulando, de forma estável e regular, o desenvolvimento dessas operações na RAEM, em consonância com as necessidades do mercado. Por outro lado, o referido banco reconhece o interesse da transformação de Macau numa plataforma de regularização das operações em Renminbis entre o Continente e os países de língua portuguesa, fomentando, assim, o papel de Macau como plataforma de prestação de serviços em termos comercial, económico e financeiro entre a China e aqueles países. No que concerne à pretensão da Reserva Financeira da RAEM de aplicar fundos nos títulos emitidos na China ou nos seus depósitos, o Banco Popular da China afirma a inexistência de qualquer obstáculo a nível de política; este banco satisfará, por etapas, as respectivas exigências. Adicionalmente, ambas as partes reconheceram a necessidade de negociações sobre a prática em concreto, nomeadamente a revisão pontual do protocolo de regularização celebrado, no sentido de promover a respectiva implementação com a maior brevidade possível. A AMCM referiu ainda que, após negociações com o Banco Popular da China, será marcada uma reunião bilateral em 16 do corrente. O Administrador da AMCM, Wan Sin Long, acompanhado pelo respectivo pessoal e representantes do Departamento para Assuntos Económicos do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, da Sucursal de Cantão do Banco Popular da China e da sucursal de Macau do Banco da China deslocar-se-ão a Pequim para efectuar uma análise pormenorizada com o Banco Popular da China, a fim de tentar com a maior brevidade possível a implementação das medidas em causa. O Presidente da AMCM, Teng Lin Seng, afirma, tendo em consideração o desenvolvimento do mercado nos últimos anos e as necessidades e procura manifestadas pelo respectivo sector, que a AMCM tem solicitado ao Governo Central a tomada de medidas políticas, relativas ao alargamento das operações em Renminbis de Macau, bem como à prestação de apoio a Macau para se transformar numa plataforma de regularização das operações em Renminbis nos países de língua portuguesa. Por outro lado, no que toca à introdução de vias estáveis e seguras de investimento, pretendidas pela futura Reserva Financeira da RAEM a criar, a AMCM propõe ao Banco Popular da China que autorize a Reserva Financeira da RAEM a aplicar fundos no mercado inter-bancário e títulos do continente. A mesma individualidade deseja a implementação com a maior brevidade, mediante negociações concretas.