Os Serviços de Saúde foram notificados de um caso confirmado de infecção de estreptococo suíno num ser humano. O doente é um homem de 60 anos de idade, residente de Hong Kong, aposentado e reside em Macau por um longo período de tempo. No dia 07 de Outubro último foi internado no Hospital Kiang Wu por apresentar os sintomas de dores de cabeça, tonturas e febre pelo período de três dias, e diagnosticado com meningite. Até 11 de Outubro último, a amostra recolhida de sangue e de líquido cefalorraquidiano do doente evidenciou o estreptococo suíno após ter feito o exame bacteriológico cultural. Os Serviços de Saúde procederam ao envio da amostra ao Centro Laboratorial de Saúde Pública dos Serviços de Saúde de Hong Kong para exames mais detalhados. Na sequência das averiguações realizadas, o doente não se deslocou ao mercado, nem teve contacto com os suínos, sem feridas cutâneas, ou contacto e manuseamento com a carne e vísceras de suíno e a família do doente não tem evidenciado quaisquer sintomas. O doente fuma, sem historial clínico de doenças crónicas e de acordo com os sintomas clínicos e as informações laboratoriais é considerado como um caso confirmado de estreptococo suíno e estando actualmente em estado satisfatório e não tendo qualquer complicação.
O estreptococo suíno pode existir eventualmente na amígdala do leitão, transmitida pelo contacto entre os narizes dos suínos ou transmissão aérea através das gotículas de saliva dos suínos, e ainda existem amplamente em mamíferos saudáveis. Se os seres humanos ou animais tiverem fraca imunidade e alteração do ambiente do exterior, pode causar o aparecimento de sintomas em seres humanos e animais. Tempo quente e húmido pode propiciar a proliferação do estreptococo, especialmente em Junho a Outubro. Raramente os seres humanos podem serem infectados através do contacto com bactéria dos suínos, em especial as secreções, excrementos ou carne. As vias de transmissão no corpo humano incluem as feridas ou as mucosas oral e nasal. O estreptococo suíno pode causar meningite e hemotosepse e em casos raros endocardite, artrite e broncopneumonia. Pese embora o tratamento adequado por antibióticos, a taxa de mortalidade é alta.
Para prevenir a infecção por estreptococo suíno, os Serviços de Saúde apelam os cidadãos para manterem a higiene pessoal e ambiental, apenas adquirem carnes ou vísceras de suínos inspeccionados, evitar ter contacto com os suínos doentes ou mortos de origem desconhecida ou carnes clandestinas. Em caso de necessidade de contacto com os suínos. carnes cruas ou vísceras de suínos, devem utilizar luvas, e lavar as mãos após o manuseamento dos suínos, carne crua e vísceras. Em caso de ferida, esta deve ser bem ligada. Em caso de quaisquer dúvidas sobre a infecção por estreptococo, os cidadãos devem de imediato recorrer ao médico, assim como informá-lo sobre o contacto com os suínos ou manipulação de carne suína. Os Serviços de Saúde salientam que a carne suína ou produtos derivados do suíno devidamente cozidos não causam a infecção por estreptococo suíno.