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Os Serviços de Saúde foram notificados de um caso de infecção por vibrio vulnificus


Recentemente, os Serviços de Saúde foram notificados de um caso de fasciite necrosante provocado pela infecção por vibrio vulnificus. O paciente é um homem de 55 anos com diabetes. O seu pé esquerdo foi ferido no início de Agosto e o paciente tinha ido trabalhar na praia apesar de não estar completamente recuperado, tendo o pé ferido mantido contacto com a água do mar. Em 22 de Agosto, quando o paciente recorreu ao Centro Hospitalar Conde de São Januário, já estava em estado crítico e vários órgãos dele sofreram de insuficiência, sendo assim necessário transferi-lo para a Unidade de Cuidados Intensivos de imediato. O resultado da análise laboratorial da amostra da ferida mostrou que foi uma infecção por vibrio vulnificus. Actualmente, após ter sido submetido aos cuidados intensivos e à amputação, o estado do paciente apresenta melhoras. Segundo as informações dos Serviços de Saúde, o referido caso é o segundo caso de fasciite necrosante provocado pela infecção por vibrio vulnificus verificado em Macau no corrente ano. O outro caso ocorreu em Maio deste ano, e o paciente foi internado no Hospital Kiang Wu, também precisou de recorrer à amputação para salvar a vida. No ano de 2010, ocorreram 2 casos congéneres e os infectados eram pacientes crónicos, dos quais um morreu e o outro melhorou e teve alta. Fasciite necrosante é uma infecção bacteriana grave dos tecidos moles e da fáscia (uma camada de tecido que cobre o músculo) que pode ser causada por uma série de bactérias diferentes, incluindo estreptococos de grupo A, vibrio vulnificus, etc.. A fasciite necrosante pode destruir os tecidos do corpo e causar a morte entre 12 e 24 horas. Cerca de 20 a 30 por cento dos casos são fatais. Geralmente, a vibrio vulnificus desenvolve-se em água morna do mar. De acordo com o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC) dos EUA, a infecção por vibrio vulnificus é sazonal e mais de 85% dos casos ocorrem no período de Maio a Outubro. Água salgada morna pode aumentar o número de vibrio vulnificus existentes nos bivalves. A ferida e o trato digestivo são os principais meios de transmissão. Quando as feridas na pele e os tecidos moles estão expostos às bactérias na água do mar ou nos mariscos, correm o risco de serem infectados. Infecção também pode ocorrer pela ingestão de bivalves ou outros mariscos crus ou mal cozidos. As manifestações clínicas incluem dor forte na ferida, pele vermelha e inchada, necrose tecidual rápida. Se o paciente tiver outras doenças crónicas, em particular, doenças hepáticas e diabetes, pode sofrer de septicemia cujos sintomas incluem febre, calafrios, diminuição da pressão arterial, bolhas na pele e, nos casos graves podem resultar na morte, enquanto em pessoas saudáveis, pode causar diarreia, vómito e dor abdominal. Os Serviços de Saúde apelam os cidadãos para tomar as medidas preventivas de infecção por fasciite necrosante:
- Evitar exposição de feridas abertas ou pele solta à água do mar ou água salgada;
- Qualquer ferida deve ser cuidadosamente limpa e coberta;
- Usar luvas ao manusear os mariscos crus;
- Os mariscos, especialmente, bivalves tais como ostras, amêijoas, mexilhões devem ser bem cozidos;
- Quando cozinhar bivalves, os mesmos devem ser cozidos até que as conchas fiquem abertas; tratar os alimentos bem cozidos e os mariscos crus separadamente para evitar contaminação cruzada;
- Se apresentarem os sintomas de infecção, nomeadamente, pele vermelha e inchada, pus, deve recorrer de imediato ao médico.