Atendendo a questões que se prendem com a segurança dos moradores e da população, veio então a Administração publicar no dia 11 do mês transacto um edital relativo ao estado de ruína do Edifício Meng Heng situado na Avenida do Conselheiro Borja, exigindo ainda aos seus moradores a sua desocupação e demolição tanto quanto antes, por forma a eliminar assim o seu perigo. Durante o processo, veio a Administração procurar manter de forma estreita os canais de diálogo com os condóminos, no sentido de lhes coadjuvar a desocupar tanto quanto antes deste edifício. E até ao momento, a maioria dos moradores já procedeu dentro do prazo definido a desocupação do edifício conforme foi exigido pela Administração. Actualmente, os condóminos já chegaram a um consenso preliminar sobre a reconstrução do edifício, sendo que caso todos os condóminos cheguem por fim ao consenso sobre a sua reconstrução, virá a Administração tratar com urgência o assunto, acelerando assim a apreciação e aprovação dos respectivos projectos, a fim de permitir que os condóminos possam tanto quanto antes reconstruir as suas casas. Desocupação por iniciativa dos condóminos é bem aplaudida pela Administração
A Administração veio desde sempre redobrar atenção sobre a questão da habitação provisória dos comerciantes e moradores do Edifício Meng Heng e mesmo sobre a sua reconstrução. E após ter sido este classificado como edifício em estado de ruína devido à sua inclinação, vieram então o IH, DSSOPT e IAS contactar várias vezes com os moradores, por forma a procurar melhor conhecer as suas aspirações. Atendendo que a questão de habitação provisória consiste na principal prioridade para os condóminos, por isso, veio o IH prestar-lhes o devido apoio em função das circunstâncias concretas. E até ao momento, 3 agregados familiares já se mudaram para o Centro de Sinistrados da Ilha Verde do IAS, 3 agregados familiares manifestaram que não necessitar de alojamento da Administração e que irão alugar a habitação privada, outros 2 agregados familiares estão no momento ainda a proceder a sua desocupação e os restantes 2 agregados familiares não procederam a desocupação por falta de consenso quanto à desocupação. A Administração irá manter de forma dinâmica os canais de diálogo com estes 2 agregados familiares, por forma a lhes coadjuvar na desocupação sem obstáculo dentro do prazo definido pela Administração. Aceleração de apreciação e aprovação dos projectos para coadjuvar a reconstrução
Nesta perspectiva, o IH e a DSSOPT tiveram ultimamente uma nova reunião com os condóminos do Edifício Meng Heng que teve lugar na Associação dos Moradores da Ilha Verde, de modo a melhor conhecer o andamento de desocupação. Na reunião realizada, alguns condóminos colocaram a questão sobre o pedido para Aquisição de Habitação Própria por Regime de Bonificação de Juros de Credito Concedido, contudo uma vez que o edifício deve ser demolido, por isso como deve ser tratado a questão dos juros de crédito. O representante do IH veio imediatamente esclarecer à perguntas quanto aos requisitos legalmente exigidos, tendo ainda apelado aos condóminos para a resolução com a máxima urgência da questão do seu alojamento provisório, por isso, o IH irá tratar cada caso em função das circunstâncias concretas, e se estiverem reunidos os requisitos exigidos quanto ao alojamento, ser-lhes-á devidamente prestado apoio através de vários meios.
Por outro lado, tendo em conta a segurança dos moradores e da população, devendo assim tanto quanto antes proceder a demolição deste edifício, a DSSOPT espera que os condóminos estejam unidos, por forma a chegar tanto quanto antes ao consenso sobre a sua reconstrução e a Administração irá tratar com urgência este caso, proporcionando ainda apoio em matéria administrativa e técnica para a apreciação e aprovação dos respectivos projectos, acelerando assim a apreciação e aprovação dos projectos de demolição e reconstrução, de modo a permitir assim aos condóminos reconstruírem tanto quanto antes as suas casas. A inclinação verificada no edifício não é recente
Desde que o morador participou em Março do ano transacto a sua queixa sobre a inclinação deste edifício, veio a DSSOT monitorizar de forma estreita a situação do edifício, tendo ainda a comissão de vistoria realizado várias inspecções ao local, tendo na altura já verificado inclinação para o lado oeste e o aparecimento de fissuras nas paredes. E no intuito de melhor conhecer a situação de inclinação do edifício, veio a DSSOPT encomendar a partir de Abril do ano transacto à LECM a instalação de equipamentos para monitorização do grau de inclinação e a situação de entivação dos pilares. Contudo, de acordo com os dados recolhidos, verificou-se uma contínua mudança na situação do edifício, sem entretanto haver indícios de entivação dos pilares. A par disso, veio a comissão de vistoria realizar 2 inspecções, respectivamente em Maio e Julho, cujos resultados serviram de base para a elaboração de 2 relatórios que foram depois explicados aos condóminos.
Na sequência da averiguação realizada e reunidos os factores dos vários aspectos, verificou-se que a inclinação do edifício actualmente verificada não é recente, nos levando a concluir que esta situação já perdurou há bastante tempo. Tendo em conta que o Edifício Meng Heng ficou concluído em 1981 e que o edifício contíguo foi concluído uma década depois do aludido edifício, por isso o pessoal da comissão de vistoria verificou uma fenda entre o Edifico Meng Heng e o edifico contíguo cada vez mais acentuada em direcção da parte superior, pelo que por questões estéticas na altura procurou-se tapar esta fenda. Obras ilegais sobrecarregam a estrutura do edifício
Presentemente a inclinação do edifício já ultrapassou consideravelmente o limite normal, tendo ainda ultrapassado os padrões em geral definidos para os edifícios em ruína, em que conforme os dados levantados o ponto de situação da inclinação está constantemente a variar, pelo que o grande ângulo de inclinação do edifício virá constituir uma sobrecarga, vindo ainda visivelmente sobrecarregar as partes de suporte do edifício, pelo que a Comissão de Avaliação veio classificar este edifício como prédio em avançado estado de degradação, sendo urgente a realização com a maior brevidade possível da sua demolição de modo a garantir a segurança pública.
São inúmeras as razões da inclinação do edifício, incluindo variação no ambiente circundante, variação do sistema de águas subterrâneas, perda do solo e demais razões que se prendem com a fundação do edifício. A par disso, é possível verificar-se a existência de obras ilegais em praticamente todas as fracções habitacionais deste edifício, incluindo a existência de uma construção clandestina de dois pisos no terraço, que vieram sobrecarregar a estrutura do edifício, agravando eventualmente assim a inclinação deste edifício. As obras realizadas nas suas imediações não afectaram este edifício
E ainda não obstante a este facto, importa ainda frisar que nos últimos anos nenhuma obra se encontra em curso nas suas imediações, e actualmente a obra mais próxima deste edifício é a obra de construção do lote 4 do Complexo de Habitação Pública da Ilha Verde que se encontra distanciado a mais de 240m deste edifício. E de acordo com a leitura dos dados levantados pela monitorização das obras realizadas nas suas imediações, a cravação de estacas não veio afectar este edifício ou os edifícios vizinhos. E tendo em conta que as obras de construção do lote 3 do Complexo de Habitação Pública da Ilha Verde não tiveram ainda até hoje início, e até ao momento foram somente realizados os trabalhos de geosondagem deste lote, sendo bastante mínimo o seu impacto, praticamente semelhante aos tremores produzidos pela passagem de veículos ligeiros, pelo que não vieram agravar a inclinação deste edifício.