Saltar da navegação

Resultado da 1.ª pesquisa geral sobre as fontes de proliferação de mosquitos nos domicílios de Macau, realizada pelos Serviços de Saúde para o ano 2011


Os Serviços de Saúde realizaram, nos passados dias 14 a 30 de Junho, a primeira pesquisa deste ano sobre as fontes de proliferação de mosquitos nos domicílios de Macau. De acordo com o resultado obtido, nos domicílios de Macau os três índices que revelam o grau de prevalência da Febre de Dengue ficam num nível de risco relativamente baixo. A fim de avaliar a quantidade de fontes de mosquitos e a situação de proliferação deste insecto nos domicílios, bem como prognosticar a probabilidade de prevalência da Febre de Dengue em Macau, o Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde realizaram, de 14 a 30 de Junho do corrente ano, realizaram a primeira pesquisa geral do corrente ano sobre as fontes de proliferação de mosquitos nos domicílios. Esta pesquisa continuou a ser apoiada pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, e os destinatários foram 600 famílias escolhidas aleatoriamente em Macau. A presente investigação, idêntica às anteriormente realizadas, teve como objectivo principal medir os três indicadores que mostram a possibilidade de prevalência da Febre de Dengue, nomeadamente, o Índice Bretaeu, o Índice de Habitação e o Índice de Recipiente. Durante a pesquisa, os trabalhadores dos Serviços de Saúde também ajudaram os destinatários seleccionados a identificar as fontes de proliferação de mosquitos e à sua eliminação, a fim de prevenir a infecção da Febre de Dengue nas habitações. O Índice Bretaeu é a proporção do número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue em relação ao número de famílias seleccionadas para a pesquisa, multiplicada por 100 (cem). Quanto mais alto for o índice, maior é a possibilidade da prevalência da Febre de Dengue. Conforme esta pesquisa, o valor médio deste índice em Macau é 2,5 sendo o seu valor mais alto obtido na área do Fai Chi Kei (5,8), seguido do obtido na área do Tap Seac (3,7) (Quadro I). O Índice de Habitação é o número de famílias que têm recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue, em 100 (cem) famílias. De acordo com a investigação, o valor médio do Índice de Habitação em Macau é 1,3%, registando-se o seu valor mais alto na área do Tap Seac (2,8%), seguido do obtido na área do Fai Chi Kei (2,5%), respectivamente. O Índice de Recipiente indica o número de recipientes com larvas ou crisálidas que podem ser transmissores da Febre de Dengue em cada 100 (cem) recipientes com água. O valor médio deste índice em Macau é de 1,1%, sendo o seu valor mais alto obtido na área do Fai Chi Kei (2,9%); o segundo lugar foi encontrado na área do Porto Interior (2,8%). De acordo com a presente pesquisa, os três índices mais importantes que indicam a prevalência da Febre de Dengue nos domicílios, mantêm-se a um nível de risco relativamente baixo. Relativamente ao tipo de recipientes nos domicílios, segundo a pesquisa, verificou-se que as jarras para plantas ainda são as fontes principais de proliferação de mosquitos Aedes Albopictus nos domicílios. Macau ainda se encontra na época de alto risco de disseminação da Febre de Dengue, se abrandarem as medidas preventivas e não prestarem atenção na eliminação das fontes de proliferação de mosquitos dentro e fora do domicílio, uma vez que surja um caso importado, a Febre de Dengue poderá tornar-se uma epidemia em Macau. Assim, os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos que não devem afrouxar o trabalho de eliminação das fontes de proliferação de mosquitos no interior e exterior das casas, especialmente as águas estagnadas encontradas nos recipientes de água, tais como, as jarras, as bases de vasos e devem, no mínimo, proceder semanalmente à sua limpeza e esfrega. Quando viajarem, devem adoptar medidas para evitar a picada dos mosquitos. Se depois do regresso a Macau, aparecerem com sintomas como febre e erupção cutânea, devem recorrer, logo que possível, ao médico e tomar medidas para evitar os mosquitos, não podendo protelar o tratamento médico, sob pena de provocar a propagação da doença. Dez recomendações para a eliminação das fontes
de proliferação dos mosquitos Aedes Os mosquitos Aedes gostam de reproduzir-se em pequenas quantidades de água limpa, estagnada e na sombra. A fim de impedir a proliferação dos mosquitos Aedes, os cidadãos devem prestar atenção às seguintes dez recomendações: 1. Não abandone lixos, especialmente, garrafas, latas, vasilhas, caixas de comida, copos plásticos, sacos plásticos, resíduos da construção civil e outros objectos que podem acumular água, nos espaços devolutos, casas abandonadas ou pátios, terraços e beirais de telhados dos prédios; 2. Limpe todos os recipientes que podem acumular água no redor do domicílio ou, em caso de impossibilidade, coloque os recipientes de forma invertida ou perfurada, ou mude-os para dentro da casa e evite a acumulação da água; 3. Jarras e vasos para flores ou plantas devem ser lavados pelo menos uma vez por semana, sendo também necessário mudar a água que contêm; evite utilizar bases de vasos, e, caso seja inevitável o seu uso, evite a acumulação de água; remova a água na base do frigorífico de modelos antigos, e limpe-a uma vez por semana; evite a água estagnada na base do ar condicionado; 4. Evite colocar pneus abandonados ao ar livre ou utilize-os como instalação contra-choque; caso seja necessário, faça neles furos para evitar a acumulação da água; 5. Depósitos de água nos terraços dos prédios devem ser bem tapados e limpos periodicamente; poços devem ser cobertos com a respectiva tampa; evite depositar água nos baldes e tinas; Caso seja necessário, cubra-os bem com tampas e limpe-os, mudando a água uma vez por semana; 6. Utilize cimento, barro, areia, esponja ou outros materiais para encher covas, tanques profundos e baixas com água estagnada, bem como troncos de bambu cortados, buracos de árvore, grutas, jarras e vasos fixos nos cemitérios; 7. Todos os esgotos devem ser ligados à rede pública de esgotos; deve limpar periodicamente as condutas de esgotos, canais e valas, mantendo-os desimpedidos; 8. Evite a fuga de água nas mangueiras de incêndio e noutros esgotos; 9. Nos tanques, reservatórios e poços que não podem ser limpos, deve-se possibilitar a criação de peixes (gambusia affinis, poecilia reticulata ou macropodus opercularis) ou outros seres que comam larvas de mosquito; 10. Quanto aos tanques e às jarras para plantas aquáticas ou determinados espécies de ninfeáceas, tais como lótus ou nenúfares, se não pode utilizar os métodos acima referidos para remover a água estagnada nestes recipientes, deve, periodicamente, aplicar larvacida para matar as larvas de mosquito. (Para quaisquer informações, é favor contactar com as Equipas Sanitárias Comunitárias dos Centros de Saúde.)