A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-Obra e às Remunerações referentes ao primeiro trimestre de 2011, efectuado junto dos estabelecimentos das indústrias transformadoras, dos hotéis, restaurantes e similares, dos seguros, das actividades de intermediação financeira e da produção e distribuição de electricidade, gás e água, excluindo os trabalhadores por conta própria, os mediadores e os agentes não empregados directamente pelas companhias de seguros. No fim do primeiro trimestre de 2011 as indústrias transformadoras empregavam 12.455 trabalhadores remunerados que desceram 18,1% em relação ao primeiro trimestre de 2010. O número de trabalhadores que se encontrava na indústria de têxteis e na indústria do vestuário equivaleu a 843 e 5.270, respectivamente, representando reduções significativas de 37,1% e 31,4%, respectivamente. No mês de Março deste ano a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo nas indústrias transformadoras (excluindo os prémios e as participações nos lucros) foi de 6.460 Patacas, o que traduz uma subida de 11,8%, em termos anuais. Realça-se que os operadores de máquina de costura auferiram 3.590 Patacas de remuneração média. Nos hotéis, restaurantes e similares laboravam 53.921 trabalhadores remunerados, os quais aumentaram 11,7% em relação ao período homólogo de 2010. Refira-se que daqueles 35.163 trabalhadores eram empregados de hotéis e similares. Em Março, a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo neste ramo de actividade económica correspondia a 10.700 Patacas, significando uma subida de 7,3%, em termos anuais. Salienta-se que os empregados de limpeza dos quartos auferiam uma remuneração média de 6.570 Patacas. A produção e distribuição de electricidade, gás e água tinha 1.062 trabalhadores remunerados, tendo aumentado ligeiramente 0,5% em comparação com o primeiro trimestre de 2010. A remuneração média dos trabalhadores a tempo completo em Março de 2011 atingiu 22.240 Patacas e em termos anuais, manteve-se no mesmo nível. O sector dos seguros empregava 452 trabalhadores remunerados, que face ao trimestre homólogo de 2010, se expandiu 3,9%. A remuneração média deste sector foi de 18.750 Patacas, isto é, cresceu 3.0%, em relação a Março de 2010. As actividades de intermediação financeira contavam com 424 trabalhadores remunerados que, desceram 4,1% em comparação com o idêntico período de 2010. Em Março de 2011, a remuneração média dos trabalhadores a tempo completo cifrou-se em 11.730 Patacas, elevou-se 5,7%, em termos anuais. No fim do primeiro trimestre do corrente ano, havia 1.221 e 4.686 postos de trabalho vagos no ramo das indústrias transformadoras e dos hotéis, restaurantes e similares, respectivamente. Existiam também 20 vagas no sector dos seguros e 24 nas actividades de intermediação financeira. Em termos de experiência profissional, havia cinco ramos de actividade económica que exigiam experiência profissional em mais de 50% dos postos vagos. Por um lado, no que diz respeito às habilitações académicas, era requerido um nível académico inferior ou equivalente ao secundário geral em 61,0% das vagas nas indústrias transformadoras e em 64,8% das vagas nos hotéis, restaurantes e similares. Por outro lado, os postos vagos nos sectores de seguros e das actividades de intermediação financeira, necessitavam dum nível académico equivalente ou superior ao ensino secundário complementar. Quanto aos conhecimentos linguísticos, além do cantonense, o mandarim foi a língua preferida nas actividades de intermediação financeira (100,0%) e nos hotéis, restaurantes e similares (58,0%), enquanto o inglês foi a língua preferida no sector de seguros (85,0%), nas actividades de intermediação financeira (60,0%) e nos hotéis, restaurantes e similares (43,1%). No que diz respeito às taxas que reflectem a entrada e saída de trabalhadores, bem como, à necessidade de mão-de-obra, a taxa de recrutamento de trabalhadores nos hotéis, restaurantes e similares foi a mais elevada (12,8%), o que significa que mais trabalhadores entraram neste sector no trimestre em análise. A taxa de rotatividade de trabalhadores e a taxa de vagas das indústrias transformadoras atingiram os 10,1% e 9,5%, respectivamente, isto é, aumentaram 3,7 e 0,3 pontos percentuais, respectivamente, face ao idêntico período de 2010.