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Imprensa do DSSOPT


Findo o prazo de 1 mês e meio para a entrega dos trabalhos relativos ao Concurso Público para o Projecto de Concepção Arquitectónica do Novo Edifício da Capitania dos Portos e Optimização da Zona Envolvente, organizado em conjunto pelas DSSOPT e CP, em que foram recebidos num total de 34 trabalhos, veio ontem (dia 21 de Maio) a Comissão de Avaliação, composta por especialistas oriundos do sector patrimonial, do sector da arquitectura, do sector cultural, do sector do urbanismo e do sector engenharia, e por representantes dos serviços governamentais competentes, realizar sucessivamente durante dois dias os trabalhos de apreciação para a selecção dos 10 melhores trabalhos, dentre os quais passarão para a fase seguinte de elaboração do projecto de arquitectura os primeiros 5 melhores trabalhos distinguidos. Para além de existir um trabalho não admitido, os restantes 33 trabalhos serão publicamente expostos no final do mês de Junho, com duração de um mês. Assim sendo, no intuito de incentivar uma participação mais dinâmica da população na promoção do desenvolvimento urbano de Macau, veio a Administração lançar o Concurso Público para o Projecto de Concepção Arquitectónica do Novo Edifício da Capitania dos Portos e Optimização da Zona Envolvente, na esperança de que através desta iniciativa seja possível conhecer as ideologias dos cidadãos, por forma a se valer da experiência colectiva e aproveitar todas as ideias válidas, procurando assim tornar o novo edifício da CP e o seu espaço envolvente num importante ponto turístico no roteiro do Centro Histórico de Macau, em prol por conseguinte da concretização da estratégia de revitalização dos bairros antigos e do firmamento do posicionamento urbano de Macau como Centro Mundial de Lazer e de Turismo. Durante o prazo definido para a recepção dos trabalhos, compreendido entre 20 de Março a 5 de Maio, foram recebidos num total de 34 trabalhos, o que demonstra que houve uma participação bastante dinâmica por parte dos concorrentes. E durante os trabalhos de apreciação, decorridos sucessivamente durante 2 dias, de 21 a 22 de Maio, veio a Comissão de Apreciação debater sobre cada um dos trabalhos que foram entregues e visitar vários locais para avistar in loco a área de intervenção do concurso e a sua zona envolvente, nomeadamente as actuais instalações da Capitania dos Portos, a Colina da Penha, o Largo do Lilau e a Estrada de D. João Paulino, de modo a melhor conhecer segundo as diferentes perspectivas os múltiplos aspectos desta zona, permitindo assim que os membros da Comissão de Avaliação possam de forma mais objectiva, clara e profunda conhecer o local, permitindo assim por conseguinte seleccionar no máximo 10 trabalhos que obedeçam as regras de concepção, que sejam concretamente viáveis e que sejam criativas.
E ao longo de sucessivamente dois dias de avaliação veio a Comissão de Avaliação seleccionar num total de 10 trabalhos que serão expostos, sendo estes os trabalhos n.º 002、006、011、020、027、008、012、013、021、022.
Os primeiros 5 melhores trabalhos distinguidos que foram seleccionados e atribuídos um prémio no valor de cem mil patacas. Os demais trabalhos seleccionados serão gratificados com um prémio no valor de cinquenta mil patacas. Entre os 34 trabalhos apresentados, existe um trabalho que foi não admitido por não ter obedecido os termos previstos no Regulamento do Concurso, e os restantes 33 trabalhos serão publicamente expostos no final do mês de Junho, com duração de um mês. Poderá também prolongar-se o período de exposição de acordo com solicitações da sociedade. A Comissão de Avaliação foi composta por 9 especialistas oriundos do sector patrimonial, do sector da arquitectura, do sector cultural, do sector do urbanismo e do sector engenharia e por representantes dos serviços governamentais, designadamente (independentemente a sua ordem de importância): Presidente do Círculo dos Amigos da Cultura de Macau, Carlos Marreiros, Presidente do Conselho Fiscal do Instituto de Planeamento Urbano de Macau, Helder Santos, Presidente da Associação dos Engenheiros de Macau, Leong Man Io, Presidente da Associação dos Arquitectos de Macau, Leong Chon In, Vice-presidente da Associação dos Desenhistas de Macau, Chu Cheok Son, Directora da CP, Wong Soi Man, Chefe do Departamento do Património Cultural do IC, Cheong Cheok Kio, os técnicos superiores do Departamento Urbanístico, Lo Kan U, e do Departamento de Edificação Pública, Vong Kuai Va, ambos da DSSOPT. De acordo com as regras de concepção, nos trabalhos deve-se plenamente evidenciar a localização vantajosa do local e destacar a função deste espaço como um ponto de ligação ao percurso do Centro Histórico de Macau, interligando os pontos turísticos envolventes, de forma a enriquecer assim todo o percurso turístico. A par disso, deve-se ainda realçar a imagem de Macau como cidade ribeirinha, estendendo e realçando o valor histórico do Quartel dos Mouros, em respeito às suas características histórico-culturais. E na sua concepção deve-se ter em conta a harmonia entre o ambiente arquitectónico do Quartel dos Mouros e as suas particularidades histórico-culturais, oferecendo o "antigo" e o "novo" numa paridade harmoniosa. E com base no princípio da racionalização espacial dos recursos, espera-se que os concorrentes possam projectar para o novo edifício da CP soluções altamente eficientes, mas que também possam na medida dos possíveis fazer face às necessidades da CP em termos de espaço, criando-se assim um espaço aberto ao público que permita bem realçar o valor histórico-cultural do Quartel dos Mouros. Relativamente à adopção de soluções eco-eficientes, é exigido nas regras de concepção que na concepção arquitectónica seja bem frisado o aspecto de "construção verde", de forma a criar assim um espaço de escritórios com baixos níveis de emissão de carbono e altamente energética, a fim de obedecer aos critérios de "construção verde". A par disso, em termos concepcionais deve-se adoptar soluções que visem proteger a paisagem da colina e dotar o local dum espaço verde e de lazer. E ainda não obstante a este facto, será ainda necessário respeitar as diversas condicionantes urbanísticas fixadas para este terreno e as disposições em termos de altura da construção, por forma a conceber ao local vias pedonais e faixas rodoviárias, promovendo assim ao máximo o seu papel de ponto de ligação ao percurso do Centro Histórico de Macau e criar um ambiente pedonal mais seguro, confortável e de lazer.