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Teve lugar hoje o workshop sobre o plano director dos novos aterros urbanos


A fim de ouvir as opiniões dos sectores sociais sobre o plano director dos novos aterros urbanos, a Secretaria para os Transportes e Obras Públicas realizou um workshop sobre o tema, em conjunto com o Instituto de Planeamento Urbano da China e a Academia de Planeamento Urbano e Concepção da China, para o qual convidaram representantes dos diversos sectores sociais e organizações. Os presentes partilharam, de um modo geral, do que foi proposto pela equipa de investigação relativamente ao posicionamento das funções das zonas. Por exemplo: A Zona A será modelada como um bairro comunitário diversificado com ambiente de qualidade; a Zona B deve integrar as construções públicas com o corredor verde costeiro para mostrar novos aspectos urbanos; as Zonas C e D serão zonas ecológicas piloto com a preocupação da protecção da linha de cumeada; e a Zona E será de reserva de terrenos para infra-estruturas e desenvolvimento das indústrias. No entanto, sobre a percentagem dos terrenos para habitação e espaços verdes surgiram opiniões diferentes. A equipa de investigação vai analisar as opiniões recolhidas no workshop, para melhor aperfeiçoar o projecto do plano e esforçar-se por divulgar o mesmo e iniciar a segunda fase de auscultação pública no quarto trimestre deste ano. Para as expectativas diversificadas, são limitados os terrenos dos novos aterros.
Perante os diferentes factores condicionantes, as funções das zonas são variadas O evento que teve lugar a 30 de Abril no Centro de Actividades Turísticas contou com a presença de mais de uma centena de convidados em representação das associações de estratos sociais básicos, dos diversos sectores profissionais, da juventude, assim como de protecção ambiental, da cultura e de conservação da natureza, para além dos membros do grupo de trabalho inter-serviços. Foi feita troca de opiniões sobre o posicionamento dos planos das diversas zonas dos novos aterros. No uso da palavra, o chefe do Gabinete do Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Wong Chan Tong, afirmou que o Governo da RAEM e a equipa de investigação tem desenvolvido o estudo e a elaboração do plano director sobre os novos aterros urbanos, com uma atitude de escuta, análise objectiva e planeamento científico. A sociedade deposita uma grande esperança nos novos aterros com uma área de 350 hectares, no entanto, perante as expectativas diversificadas, os terrenos limitados e o facto de a capacidade de suporte do ambiente não ser infinita, o plano director dos novos aterros deve encontrar um equilíbrio entre as expectativas diversificadas, o limite dos recursos e a capacidade de suporte do ambiente. Adiantou ainda que, no decurso do estudo, não só se exige uma reflexão sobre a forma de procurar o consenso social e de rentabilizar, ao máximo, os recursos limitados para fazer face aos problemas actuais como também uma reflexão sobre o rumo do futuro desenvolvimento de Macau e a forma de deixar para Macau e para a posteridade uma margem de desenvolvimento sustentável através dos novos aterros. Wong Chan Tong salientou ainda que daí pode ver-se que o plano director dos novos aterros está sujeito a análise profissional, argumentação científica e avaliação de valores, esperando que este workshop possa ajudar a equipa de investigação a recolher as opiniões dos diferentes estratos sociais sobre o plano dos novos aterros para efectuar a avaliação de valores e análise, por forma a pormenorizar o projecto do plano. Durante o workshop que teve lugar ontem, a equipa de investigação fez uma apresentação do quadro conceptual do plano director dos novos aterros e, consoante os condicionantes dos recursos de solos, oportunidades do desenvolvimento regional e expectativas diversificadas da sociedade, dos três princípios de planeamento: princípio de desenvolvimento de particularidades, princípio de excelência geral e princípio de baixo teor de carbono. A ideia do plano é dar ênfase à singularidade de Macau, elevar a qualidade da vida urbana, clarificar a estrutura dos serviços urbanos e criar uma imagem de cidade completamente nova. Sob este pressuposto, a equipa de investigação propôs diferentes posicionamentos funcionais conforme a localização, área, ambiente periférico e factores condicionantes das zonas. A zona A, localizada a Leste da Península de Macau, é o nó de acesso a Macau da Mega Ponte Zhuhai-Hong Kong-Macau e a principal entrada da RAEM. É conveniente construir instalações relativas à vida quotidiana e bairros habitacionais, para além de consolidar as funções adequadas à habitação e ao turismo bem como às indústrias diversificadas, salientando o papel de portal marítimo e criando a imagem cultural de cidade. A zona B, localizada a Sul da Península de Macau, está contígua com zonas de serviços públicos, de instalações culturais e turísticas e de habitação e comércio do NAPE e a Oeste com Torre de Macau e Lago do Nam Van, é adequado criar uma fachada urbana com espaço costeiro, construções públicas e instalações que facilitam a vida da população, para além de dar continuidade naquela zona às funções do Centro. As zonas C e D, localizam-se a Norte da Ilha da Taipa. É apropriado desenvolver bairros ecológicos costeiros bem apetrechados de instalações públicas de apoio que servem de modelo, recriando uma paisagem costeira da Taipa. Por último, a zona E localiza-se a Nordeste da Ilha da Taipa, contígua ao Aeroporto Internacional de Macau e ao Terminal Marítimo de Passageiros de Pac On em construção. É adequado desenvolver-se como placa giratória dos transportes e zona costeira piloto do portal marítimo. Os presentes concordaram com as ideias da criação da reserva de terrenos e do corredor verde costeiro Como resultado da discussão aprofundada do posicionamento dos planos dos novos aterros, os presentes formularam muitas opiniões e sugestões que irão servir de referência da equipa de investigação. Em resumo, os presentes defenderam que a Zona A deve ser utilizada para habitação, instalações relativas à vida quotidiana da população e desenvolvimento das indústrias diversificadas assim como um bairro comunitário com ambiente de qualidade. Em paralelo, preocuparam-se com as relações entre a Zona A e os bairros antigos. E esperavam que o plano também contemple um sistema complementar de trânsito bem apetrechado, tendo em conta a localização geográfica da Zona A e a sua ligação com a ilha artificial da Mega Ponte Zhuhai-Hong Kong-Macau. Propuseram ainda a mudança do Terminal Marítimo e o heliporto do Porto Exterior, com vista a aumentar as potencialidades de desenvolvimento da mesma Zona. No que respeita à Zona B, os presentes concordaram com a combinação de construções públicas com particularidades locais com as instalações de lazer, parque costeiro e corredor verde, por concomitância, boas ligações de transportes que facilitem o acesso da população. Quanto às Zonas C e D, os presentes partilharam da ideia da modelação da zona ecológica piloto com construções e deslocações ecológicas assim como da reserva de terrenos para o futuro desenvolvimento de Macau, para além de dar ênfase à preocupação especial no plano do maciço montanhoso e da protecção da linha de cumeada. A par disso, esperam que as oficinas de reparação de veículos motorizados, estação de tratamento de águas residuais e demais oficinas poluentes sejam transferidos para a Zona E, por forma a dissipar as apreensões da população e libertar os espaços dos bairros antigos. Mais formularam a hipótese de que estas instalações fiquem nos espaços subterrâneos, libertando espaços de pavimento, rentabilizando os recursos de solos. Não obstante, os presentes efectuaram uma discussão intensa sobre a percentagem de terrenos para habitação e espaços verdes ecológicos. A equipa de investigação vai analisar as opiniões recolhidas através do presente workshop para aperfeiçoar o projecto, à medida que aproveita de forma intensa o tempo para efectuar o estudo, para prosseguir também com a realização da argumentação dos especialistas e auscultação pública. Para além do seminário que teve lugar em Janeiro deste ano e o presente workshop, a equipa de investigação vai continuar a recolher as opiniões sob diversas formas, consoante o andamento do estudo e a propósito das matérias que mais preocupam a sociedade, e a publicação do projecto do plano está prevista para o quarto trimestre, altura em que será realizada a segunda fase de auscultação pública.