O Chefe do Executivo, Chui Sai On, anunciou, hoje (20 de Abril), que o Governo da RAEM irá lançar, no segundo semestre do corrente ano, mais um apoio pecuniário para ajudar a população a enfrentar a alta inflação, e propõe atribuir aos residentes permanentes da RAEM três mil patacas e aos residentes não permanentes mil e oitocentas patacas. Chui Sai On, presente hoje na reunião plenária da Assembleia Legislativa para responder às interpelações dos deputados, salientou que as matérias relativas à vida quotidiana da população representam sempre uma prioridade nas linhas de governação. Segundo o mesmo responsável o governo entende que para além da pressão da inflação existem em Macau outros factores restritos, nomeadamente a falta de uma politica monetária autónoma, as actuais restrições aduaneiras e outros factores externos difíceis de alterar. No entanto, tendo em consideração o agravamento consciente da inflação e depois de auscultar as opiniões da sociedade através de diversos inquéritos públicos, o Governo decidiu, após analise aos dados da inflação e ao saldo positivo das finanças públicas, distribuir, no segundo semestre do corrente ano, mais um apoio pecuniário a fim de a pressão da inflação que os cidadãos enfrentam actualmente. A proposta do governo totalizará 1,7 mil milhões de patacas e após entregue a proposta ao Conselho Executivo esta será entregue a curto prazo à Assembleia Legislativa. Chui Sai On sublinhou que de acordo com a estimativa do Governo, este apoio pecunário representa apenas uma pequena influência a curto prazo gerando uma subida da inflação inferior a 0,45%. Em relação a outras medidas destinadas a aliviar a inflação o Governo irá estimular as empresas a aumentar os salários, apoiar a classe média a resolver a longo prazo a questão da habitação, incrementar a formação contínua, a diversificação do emprego e a acreditação profissional para além de estudar aumentar o limite da isenção do imposto profissional e aperfeiçoar o regime de aposentação. Chui Sai On disse ainda que o governo irá abrir, de forma activa, mais canais de abastecimentos de produtos alimentares no sentido de assegurar um fornecimento adequado e irá diminuir os custos adicionais no respectivo processo, bem como, divulgar periodicamente informações no sentido de incentivar uma concorrência leal e estabilizar o custo de vida geral.