A parte central duma Central Nuclear é constituída pelos reactores atómicos com barras de urânio combustível. Quando ocorre a fissão do urânio, são produzidos o iodo 131, o césio 137, o estrôncio 90 e outros elementos radioactivos. Um acidente nuclear pode resultar na fuga destes elementos radioactivos que poluem o ar e a água do local onde ficam essas instalações nucleares, afectando a saúde das pessoas ao redor. A administração de iodo na fase inicial da exposição ajuda as pessoas ao redor das instalações nucleares em causa a reduzirem a acumulação de iodo radioactivo 131 na tireóide, assim reduzindo o eventual dano deste elemento radioactivo ao corpo humano. O iodo é aplicável apenas às pessoas com exposição directa aos materiais radioactivos vazados na sequência de acidente nuclear, tendo eficácia somente quando administrado no período de seis horas após a exposição. O Centro Nuclear de Fukushima no Japão e Macau distam mais de 3000 km, por isso, neste acidente nuclear, a possibilidade de a população de Macau ter de tomar o iodo não-radioactivo é extrememente reduzida. De qualquer maneira, os Serviços de Saúde mantêm-se atentos ao sucedido no Japão e às eventuais mudanças respeitantes à área poluída. Concomitantemente, para tranquilizar os cidadãos, mantém-se uma quantidade suficiente de iodeto de potássio como reserva. Os Serviços de Saúde sublinham que, embora o iodeto de potássio seja um medicamento muito seguro, visto que Macau por enquanto não está afectado pelo iodo radioactivo 131, a sua administração indiscriminada não trará qualquer benefício à saúde. Os cidadãos devem prestar atenção aos relatórios de vigilância divulgados pelos serviços públicos competentes bem como às orientações mais actualizadas emitidas pelos Serviços de Saúde, para tomarem medidas preventivas adequadas.