O Chefe do Executivo, Chui Sai On, anunciou, hoje (23 de Junho), à comunicação social, que o governo vai, a partir de 1 de Julho, elevar o valor do risco social em mais cinco por cento, assim, para o agregado familiar com um elemento, o valor atribuído passará a ser mais de 3 300 patacas, e em paralelo, os outros subsídios e apoios financeiros que estão relacionados com o valor do risco social também sofrerão alterações. Adiantou que, dentro das próximas duas semanas, o governo vai efectuar um estudo centrado na camada que mais precisa de apoio financeiro, isto é, a comunidade menos favorecida e os idosos, no sentido de recolher informação sobre o impacte da inflação na qualidade de vida. Em relação à subida de preços dos produtos, Chui Sai On afirmou que, sob a condição de garantir a segurança alimentar, o governo vai continuar a abrir mais fontes de abastecimento de alimentos da China interior e do sudeste asiático para Macau, bem como estudar medidas para assegurar as reservas em arroz e a estabilidade do respectivo abastecimento. No entanto, o aumento do preço das rendas, entre outros, será também um dos factores a ser ponderado. Referiu ter já dado orientações aos três secretários, designadamente da pasta da economia e finanças, dos assuntos sociais e cultura e dos transportes e obras públicas, para em conjunto nas respectivas áreas, estudarem novas medidas de combate à inflação. O Chefe do Executivo lembrou que, desde o início deste ano até agora, Macau registou uma taxa de inflação que ultrapassou os seis por cento, devido ao desenvolvimento das novas conjunturas económicas locais e ao aumento da procura interna, entre outros factores, situação que difere, de certa forma, do passado, uma vez que o aumento era provocado, principalmente, por uma inflação importada. Sublinhou que o governo vai fazer os possíveis para equilibrar e aliviar a pressão gerada pela inflação, pelo que nos próximos tempos, novas medidas continuarão a ser tomadas. Por outro lado, o mesmo responsável reiterou que a política geral de habitação pública, baseada em "habitação social como principal e habitação económica como complementar", está claramente definida nas Linhas de Acção Governativa. Após os esforços contínuos do governo, os 19 mil apartamentos de habitação pública deverão estar concluídos no final deste ano, sendo que a construção de habitação pública, continuará no próximo ano. Frisou que o mais importante na política de habitação pública é concretizar, em primeiro, os compromissos, pelo que o governo vai assumir as suas responsabilidades para concluir, o mais rápido possível, os trabalhos em curso e depois, serão dadas instruções para os serviços competentes reabrirem as listas de espera para habitação pública. No entanto, referiu que, sob a nova Lei da Habitação Económica, a maioria dos residentes de Macau reúne os requisitos exigidos na nova política. Afirmou ainda que o governo percebe perfeitamente a necessidade das gentes de Macau em viver tranquilamente numa casa, pelo que vai continuar a envidar esforços, esperando que a população possa ficar descansada. Ao ser questionado pela comunicação social sobre o relatório de auditoria relativo à Fundação Macau, Chui Sai On sublinhou que a Comissão Executiva da Fundação irá, certamente, rever os seus trabalhos e aperfeiçoá-los conforme as recomendações do relatório. Entretanto, quanto à questão colocada pelos jornalistas sobre o caso entre o membro do Conselho Executivo, Leonel Alves, e uma operadora de jogo, Chui Sai On adiantou que Leonel Alves o informou que a notícia não tem qualquer fundamento e nem corresponde à realidade, pelo que irá esclarecer o assunto, posteriormente, e não exclui a possibilidade de recorrer aos tribunais para exigir responsabilidades. Referiu que, depois de ouvir a explicação de Leonel Alves sobre o assunto, considera que a mesma é aceitável e compreensiva e que ambos vão continuar com as relações de cooperação para servir a sociedade de Macau.