Os Serviços de Saúde confirmaram hoje (dia 22 de Junho) um caso de infecção colectiva por enterovírus 71 em estado crítico e, foram notificados de mais um caso de infecção colectiva por enterovírus. O doente infectado por enterovírus 71 em estado crítico é uma criança de um ano e meio de idade, que frequenta a turma L da Creche de S. João da Obra das Mães, sita na Avenida de Horta e Costa. O doente em causa apresentou no dia 14 de Junho último, sintomas de febre alta, convulsões e da Doença de Mãos, Pés e Boca, tendo o mesmo recorrido ao hospital e sido internado no Hospital Kiang Wu no dia 18 de Junho último, por motivo de deterioração mental, e segundo os sintomas clínicos e os resultados das análises laboratoriais, foi-lhe diagnosticado meningite. Presentemente, após o tratamento, o estado clínico do aluno encontra-se estável, tendo ainda febre ligeira, mas apresenta já melhoras, não havendo registo de qualquer estado de coma ou convulsões durante o internamento hospitalar. O seu irmão mais velho não apresentou sintomas semelhantes, e a turma L da creche citada foi notificada de caso de infecção colectiva por enterovírus no dia 20 de Junho último e até ao presente momento, foram registados cumulativamente 7 crianças com sintomas da Doença de Mãos, Pés e Boca. Para além do referido caso crítico, havia ainda uma criança que necessitou de internamento hospitalar por úlceras orais, sendo o seu estado normal. A situação clínica de outras crianças infectadas foi ligeira, não tendo havido qualquer caso com sintoma anormal do sistema nervoso ou outras graves complicações. Em simultâneo, a autoridade sanitária requereu que a creche em causa suspendesse provisoriamente as aulas. Com o intuito de impedir a mútua propagação entre creches, as mesmas necessitam de realizar a limpeza e a esterilização geral do ambiente. Os Serviços de Saúde afirmam que de Abril a Junho ainda é o período de pico de infecção de enterovírus em Macau, registando-se um número total de 32 casos de infecção colectiva de enterovírus em Macau, dentro dos quais 14 foram causados por enterovírus 71, estando as outras amostras ainda em fase de análises. A par disso, hoje os Serviços de Saúde foram notificados de um caso de infecção colectiva de enterovírus numa creche. O caso de infecção colectiva por enterovírus recai na turma C da Creche «O Traquinas», sita na Rua de Bragança na Taipa, tendo sido infectadas 4 crianças, as quais apresentaram sintomas da Doença de Mãos, Pés e Boca. A situação clínica de todas as crianças infectadas foi ligeira e as mesmas não necessitaram de internamento hospitalar, não tendo havido qualquer caso com sintoma anormal do sistema nervoso ou outras graves complicações. Entretanto, os Serviços de Saúde procederam à recolha de amostras das crianças infectadas para análise laboratorial e a creche em causa já tomou as medidas de controlo e infecção, tais como, limpeza e desinfecção em geral. A infecção por enterovírus pode ser causada pelo grupo de Coxsackievírus, Echovírus ou Enterovírus 71. A infecção pelo enterovírus aparece durante o ano inteiro e a nível mundial, com um pico no Verão, sendo a origem de várias doenças, incluindo as menos graves e frequentes, tais como, mãos, pés e boca e herpangina e, outras mais graves, nomeadamente, miocardite e meningite asséptica. Macau ainda se encontra em período pico de enterovírus, e os Serviços de Saúde têm acompanhado com atenção estreita o desenvolvimento da situação epidemiológica, sublinhando que a maioria dos doentes infectados por enterovírus pode recuperar automaticamente. Contudo, uma parte muito reduzida dos infectados pode sofrer de complicações fatais. Assim, os Serviços têm apelado aos pais, creches e escolas para prestarem atenção na prevenção. Os Serviços de Saúde têm apelado aos pais, alunos e escolas, bem como ao pessoal dos lares para adoptarem as seguintes medidas preventivas: Medidas pessoais: Lavar as mãos: Antes de contactar a boca, o nariz e os olhos com as mãos, antes das refeições, após a utilização das instalações sanitárias, depois de manusear fraldas de crianças ou objectos sujos; Cortesia: Cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando tossir e espirrar, adoptando medidas de precaução no manuseamento das secreções nasofaríngeas; Diminuir os contactos: Evitar os lugares densamente frequentados, as multidões e os lugares pouco ventilados; Aumentar a resistência: Manter uma alimentação equilibrada e uma hidratação adequada, praticar desporto e descansar o suficiente, evitar cansar-se demasiado e não fumar para aumentar a imunidade; Recorrer de imediato ao médico: Em caso de aparecer com sintomas de febre e doença de mãos, pés e boca ou herpangina, recorrer de imediato à consulta médica, especialmente com ocorrência de sintomas graves. Medidas a aplicarem pelas escolas e lares :
Higiene ambiental: Manter uma renovação de ar suficiente em recintos fechados, utilizando frequentemente a lixívia diluída na proporção de 1:100 para limpar os locais com os quais as crianças frequentemente têm contacto, tais como as mesas, as cadeiras, os brinquedos e as paredes até à altura de 1 metro, etc.; Os doentes devem suspender a ida às aulas e a frequência de creches: Prestar atenção à situação dos elementos do pessoal e das crianças, quando aparecerem com sintomas de febre e doença das mãos, pés e boca ou herpangina, devem suspender a ida às aulas e ao trabalho; Notificação oportuna: Em caso de aparecer uma infecção colectiva com uma situação anormal entre as crianças e os elementos de pessoal, devem informar, imediatamente, o Centro de Controlo e Prevenção da Doença dos Serviços de Saúde (Tel.: 2853 3525, fax: 2853 3524) e o Instituto de Acção Social ou a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude.