Relativamente às indicações dadas pelos indivíduos dos estabelecimentos de ensino de Ká Hó, que os Serviços de Saúde não tinham acompanhado activamente os problemas de saúde dos residentes de Ká Hó, em face disso, os Serviços de Saúde afirmam que têm por atribuição assegurar a saúde dos residentes, pelo que estes serviços têm vindo a prestar a máxima atenção à situação de saúde dos residentes influenciada pelos acontecimentos de Ká Hó, assim como têm acompanhado com elevado sentido de responsabilidade e atitude cientifica o caso em apreço, não tendo sequer a intenção de protelar ou diluir o problema. Relativamente à súmula do Programa de estudo epidemiológico sobre o acompanhamento da saúde dos residentes de Ká Hó a longo prazo, já foi apresentada em meados do ano transacto aos trabalhadores, docentes e pais dos alunos das escolas de Ká Hó, e cuja divulgação e apresentação do conteúdo mais pormenorizado aos residentes compete à Universidade Chinesa de Hong Kong tomar essa decisão. Elaboração rápida do Programa de exame médico Os Serviços de Saúde estavam cientes em finais de 2010, sobre a situação dos residentes de Ká Hó, na sequência da exposição às cinzas volantes, e de imediato, encaminharam os profissionais de clínica, de saúde pública e de outras especialidades dos Serviços de Saúde para efectuarem a análise dos problemas de saúde que eventualmente pudessem ser causados, assim como tinham consultado o programa de exame elaborado pelos peritos da China Continental e de Hong Kong. O programa de exame preliminar incluía o exame físico, radiografia do tórax, análises dos itens de hemograma, de função hepática e renal, análise sumária da urina, de bioquímica e chumbo no sangue, entre outros. O programa de exame médico ainda incluía o acompanhamento mais profundo em face do resultado do exame. As doenças crónicas mais frequentes como hipertensão, diabetes, entre outras, são seguidas pelos Centros de Saúde, os indivíduos com a anomalia da função hepática e renal com razões desconhecidas são transferidos para o Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar Conde de São Januário, a fim de serem realizados novamente os exames, os indivíduos com anomalia na função pulmonar são acompanhados pelos médicos especialistas em pneumologia e os indivíduos com anomalia sanguínea são acompanhados por médicos especialistas em hematologia.
Motivar os recursos humanos e materiais para apoiar os exames Na sequência da elaboração do programa de exame, os Serviços de Saúde, de imediato, contactaram as escolas, lares, empresários e residentes da Povoação de Ká Hó sobre a aplicação do programa, assim como motivaram no primeiro trimestre do ano de 2011, médicos, enfermeiros dos Centros de Saúde, do Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário e do Centro de Prevenção e Tratamento da Tuberculose e ainda pessoal de apoio do Centro de Prevenção e Controlo da Doença para realizarem o trabalho de exames da primeira fase. O trabalho da primeira fase de exames teve uma duração de dois meses, e com o intuito de facilitar os residentes e evitar o impacto dos doentes nas consultas externas normais, todos os exames foram programados para serem realizados em fins de semana de Janeiro, Fevereiro e Maio, num total de 12 fins de semana. Simultaneamente, o trabalho de exame foi programado de forma "One stop" a ser realizado em locais que dispõem de aparelho de raio-X como a Urgência Especical do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Posto de Saúde de Coloane, o Centro de Saúde de Fai Chi Kei e o Centro de Prevenção e Tratamento de Tuberculose, incluindo as colheitas de sangue, radiografias, inquéritos e exames médicos. Considerando a dificuldade de locomoção dos idosos da Povoação de Ká Hó, os Serviços de Saúde organizaram veículos exclusivos para transporte até ao Posto de Saúde de Coloane para se submeterem a exames. Participaram neste programa, um total de 522 indivíduos que trabalham, estudam ou residem em Ká Hó. Foram utilizadas 400 horas pelos médicos, 250 horas pelos enfermeiros, 96 horas pelos técnicos de diagnóstico e terapêutica e 720 horas pelo pessoal de apoio, perfazendo um total de 1472 horas utilizadas em recursos humanos. É necessário acompanhar os doentes para o acesso prioritário aos exames de apoio complementar Após a conclusão da primeira fase do programa de exame médico, os Serviços de Saúde enviaram, a breve trecho, os relatórios aos participantes e convocaram os residentes em causa que necessitavam da consulta de seguimento para efeitos de recorrerem aos Centros de Saúde e Centro Hospitalar Conde de São Januário. Para todos os doentes que precisaram de acompanhamento, os Serviços de Saúde deram prioridade nas consultas externas dos Centros de Saúde e Centro Hospitalar Conde de São Januário, a fim de realizarem os exames de apoio complementar, como a tomografia axial computorizada, traquescopia, ecografia e a biópsia da medula óssea, até incluindo as despesas do envio do doente suportadas pelos Serviços de Saúde para se submeter à tomografia por emissão de positrões realizada no Hospital "Sanatorium" de Hong Kong. Durante o processo de acompanhamento, os Serviços de Saúde têm auscultado as opiniões dos residentes para efeitos de melhorar o trabalho, por exemplo, marcaram um sinal nos processos clínicos dos doentes envolvidos, de maneira a ser identificados pelos trabalhadores dos respectivos serviços e unidades, a fim de garantir a prioridade dos mesmos nas consultas de seguimento das diversas especialidades. Entre os 49 participantes que necessitaram da consulta de seguimento, 4 dos quais não queriam ser acompanhados pelos Serviços de Saúde, todos os restantes já foram atendidos pelo menos numa consulta externa até Maio de 2011. O trabalho de acompanhamento continua a ser desenvolvido, de acordo com as informações disponíveis, à excepção das 522 primeiras consultas e 180 consultas de seguimento realizadas, os Serviços de Saúde organizaram ainda mais 212 consultas e 12 tomografias axiais computorizadas para os participantes que necessitaram de acompanhamento. O trabalho de acompanhamento continua a ser seguido até ao presente momento, segundo o registo, 7 participantes realizaram a última consulta em Junho do ano corrente. As partículas mais pequenas podem ainda causar poluição prolongada e grave Do ponto de vista científico, as cinzas volantes tratam-se de partículas em supensão produzidas por queimadura. O impacto na saúde das partículas volantes depende da dimensão e composição das partículas. As partículas maiores (incluindo as partículas visíveis ) apenas podem entrar nas partes superiores do tracto respiratório como nariz, faringe, garganta, e cuja reacção de saúde consiste na irritação, causando mal-estar no nariz, faringe, garganta, contudo o tracto respiratório superior pode expelir essas partículas, assim sendo uma vez que a exposição seja eliminada, os sintomas causados por essas partículas podem ser eliminados de forma gradual, e de um modo geral não vão causar problemas prolongados nem graves. Os Serviços de Saúde consideram mais os problemas de saúde causados por partículas mais pequenas, à medida que a dimensão das partículas em supensão seja mais pequena, maior é a facilidade de serem absorvidas pelos pulmões e acumuladas nos pulmões, podendo causar problemas de saúde prolongados e graves. Isto é a razão porque os peritos locais e do interior da China consideram especial atenção à monitorização da partícula PM2.5 (partículas com dimensão inferior a 2.5 mícron), uma vez que as partículas PM2.5 comparadas com a partícula PM10 (partículas com dimensão inferior a 10 mícron) são mais aptas a reflectir o impacto na saúde por poluição aérea. Contudo, os cidadãos de uma forma geral podem estar mais atentos à poluição vísível e à sua reacção, e na situação em que tenham a sensação imediata ( como mal-estar da faringe e garganta), negligenciando a poluição que não pode ser vista e que possa causar eventualmente impactos prolongados e graves. Os cidadãos que por esta razão julguem que a radiografia do tórax e os itens das análises sanguíneas não têm importância, originando uma mal-entendido do género "feriu a cabeça", "mas tinha ido tratar dos pés". Os Serviços de Saúde na sequência de estarem cientes em finais de 2010 sobre a situação dos residentes de Ká Hó afectados pela exposição de cinzas volantes, de imediato, encaminharam os profissionais da clínica, de saúde pública e de outras especialidades dos Serviços de Saúde para efectuaram a análise sobre os problemas de saúde que eventualmente pudessem ser causados, assim como tinham consultado o programa de exame elaborado pelos peritos de China Continental e de Hong Kong, cujo programa de exame incluía o exame físico e radiograma do tórax, e análises dos itens de hemograma, de função hepática e renal, de análise sumária da urina, de bioquímica e dos metais pesados, entre outros. O programa ainda incluía o acompanhamento mais profundo de acordo com o resultado do exame. Através dos exames, um dos examinados foi diagnosticado com carcinoma linfoepitelioma-like, e este doente naquela altura não tinha apresentado quaisquer sintomas, e ainda existem vários participantes a quem foram detectados graves doenças nesse exame que não tinham sido detectado antes. Estes casos também significam que o programa foi eficaz. Vigiar permanentemente mas não iludir e adiar o problema Por outro lado, a grave influência das partículas não pode ser relevada num curto prazo, temos o tabagismo como exemplo, que é conhecido pelos residentes: as doenças graves como o cancro e a enfisema pulmonares são causadas por fumar (inalar as partículas produzidas por queimadura) só aparecem muitos anos depois de fumar. Como uma entidade governamental responsável, os Serviços de Saúde esperam que a efectuação da vigilância permanente da saúde possa detectar uma eventual influência sobre a saúde dos residentes de Ká Hó provocada pela exposição às cinzas volantes. Esta medida é tomada tendo por base a decisão científica, mas não é para diluir e adiar o problema. Devemos sublinhar que a maioria das doenças crónicas (incluindo cancro) pode ser causada por vários factores, quer dizer, uma doença pode tem relação com diversos factores; ou seja ainda, um factor pode também provocar múltiplas doenças. É difícil julgar que o factor da exposição, sobretudo, o factor ambiental da poluição esteja relacionado com uma determinada doença, por isso, precisamos de um estudo epidemiológico rigoroso que exige mais tempo. Acompanhar permanentemente a saúde dos residentes de Ká Hó por 10 anos Norteado por uma atidude de responsabilidade e ciência, os Serviços de Saúde não podem confirmar, nesta fase, que a situação de saúde dos residentes de Ká Hó tenha relação directa com a exposição às cinzas. Depois de ter sido realizado em Abril do ano passado, os relatórios da análise para os participantes no programa de exames médicos, os Serviços de Saúde procederam de imediato a uma discussão com a Universidade Chinesa de Hong Kong sobre a vigilância permanente da saúde dos residentes de Ká Hó e ao estudo epidemiológico. Entre os meses Abril e Maio do ano transacto, os Serviços de Saúde organizaram duas sessões de esclarecimentos, com os representantes da "União de Acompanhamento sobre Resíduos Tóxicos no Aterro Problemático de Ká Hó", uma parte dos docentes e trabalhadores das escolas de Ká Hó, bem como com os encarregados de educação. Os Serviços de Saúde incumbiram à Universidade Chinesa de Hong Kong para proceder à vigilância da saúde dos residentes de Ká Hó e ao estudo epidemiológico, por um período de 10 anos, mas também tem que realizar anualmente uma avaliação e um relatório de forma periódica. Actualmente, a Universidade Chinesa de Hong Kong está a efectuar o trabalho preparativo, prevendo-se que seja apresentado uma sessão de esclarecimentos até ao 4.º trimestre do ano corrente junto dos residentes. Com vista a evitar o mal entendimento desnecessário, os Serviços de Saúde não procedem neste momento às explicações mais pormenorizadas. Os Serviços de Saúde salientam que continuam a acompanhar cuidadosamente a saúde dos residentes de Ká Hó que são afectados pelo caso das "cinzas volantes", por um período de 10 anos. Durante esse tempo, os Serviços de Saúde não efectuarão apenas o estudo epidemiológico, mas também continuarão a garantir ao público que responsabilizar-se-ão pela saúde dos residentes, nunca tendo mudadas esta posição e atitude firmes.