Com vista a responder à meta "zero" para novos casos de infecção de SIDA, "zero" para casos mortais de SIDA e "zero" para casos de discriminação, metas divulgadas no "Dia Mundial da Sida" de 2011, a Comissão de Luta Contra a Sida da Região Administrativa Especial de Macau começou em Novembro do ano passado, através da exibição do documentário de anti-discriminação da SIDA "Juntos" e da Recolha de comentários sobre o mesmo, a difundir os conhecimentos sobre a prevenção da SIDA junto dos diferentes Sectores de Actividade, permitindo aos cidadãos de Macau de diferentes camadas sociais compreender que a infecção pelo VIH/SIDA não se propaga pelos contactos na vida quotidiana com estes doentes, podendo assim ser eliminados os receios da SIDA, e ser construído um ambiente harmonioso, contribuindo para a concretização eficaz no meio das comunidades das medidas de prevenção desta doença. Primeiramente, a Comissão apresentou, no dia 26 de Novembro de 2011, em estreia, o documentário anti-discriminatório sobre a SIDA "Compreendemos. Amamos. Estamos Juntos", acompanhado de seminário, e exibiu o mesmo na noite do dia 01 de Dezembro de 2011, ou seja no "Dia Mundial da SIDA", no canal chinês e canal português da Teledifusão de Macau. Seguidamente, procedeu à exibição deste filme "Juntos" nas comunidades, a fim de divulgar uma mensagem de carinho e solidariedade aos doentes de SIDA. Até Abril de 2012, finalizaram-se 58 sessões de divulgação nas comunidades, em especial em entidades médicas, institutos de ensino superior, escolas secundárias e associações, registando-se um total de 6600 espectadores que apreciaram este filme, pelo que a Comissão vem agradecer o apoio e bons comentários apresentados por todas a partes. A recolha de comentários sobre o documentário "Juntos" terminou no dia 31 de Janeiro de 2012, e recolhemos um total de 431 comentários na página especial de Facebook e no local de exibição do filme. Primeiramente, foram estabelecidos três prémios "o mais sensível e afectuoso" e dois prémios "o mais popular" na página especial de Facebook. Os comentários foram avaliados anonimanente pelo júri, contudo, como o número de navegantes no sítio é reduzido, a entidade organizadora decidiu finalmente cancelar os prémios "o mais popular" e vai aditar até 6 prémios de "o mais sensível e afectuoso" (cada premiado pode obter um cupão para a compra de livros no valor de 500 patacas). O júri concluiu o trabalho de avaliação, e o secretariado da Comissão vai contactar os premiados para o levantamento dos cupões para a compra de livros, assim como vai carregar os comentários em www.aids.org.mo e http://www.facebook.com/AIDS.day.2011. Os seis comentários premiados são os seguintes (a ordem é arbitrária): Aluno de apelido Chu da Universidade de Macau:
"A incompreensão causa o medo. Sim. Sempre sentimos medo e sempre nos esquivamos quando não compreendemos o assunto. Xiao Tao, ingénuo e inteligente, caso não padecesse desta doença, seria mimado por toda a gente, contudo, a doença obriga Xiao Tao a suportar muitas dificuldades. O nosso medo provém da doença ou do próprio menino? O doente que se encontra na rua só quer dar um abraço, não quer dinheiro, apenas quer uma visão normal de todos. O amor não necessita muito, carinho sem discriminação e um sorriso já são suficientes." Aluno de apelido Io da Universidade de Macau:
" De facto somos todos iguais, temos uma mente frágil e sensível ou bela. Perante a discriminação, nós vamos ser feridos, e ainda esperamos um abraço com compreensão e honestidade ou um abraço quente. Quando pensamos nos desfavorecidos e nos discriminados, eles também só exprimem esse desejo. Caso todos sejam tratados de forma normal, este mundo vai tornar-se mais belo. Este filme é comovente, sincero e leva as pessoas a pensar. Desejamos que os laços de vermelhos continuem a ser transmitidos, e nos unam cada vez mais." Aluno de apelido Chan da Escola para Filhos e Irmãos dos Operários (Secundário): "Deve-se dar mais carinho às pessoas com SIDA. Para eles, um abraço já constitui uma força de bênçãos e dá-lhes grande encorajamento. Logo que percebemos a via de transmissão do HIV, não nos vamos esquivar deles, temos que entender que 'a eliminação da discriminação começa a partir do conhecimento'." Aluno de apelido Che da Escola para Filhos e Irmãos dos Operários (Secundário): "Este documentário, com o nome de "Juntos", é muito significativo. Parece que é um nome comum e vulgar, mas contém a voz do coração de milhões de pessoas com SIDA. No documentário, Xim chorou até enrouquecer, na minha opinião, isso não é apenas por causa da necessidade do enredo do documentário, também é um desabafo sobre a injustiça da vida e do destino. Este é um mundo com amor, devemos ficar juntos, quer estejamos doentes ou não. Um simples sorriso e abraço carinhoso, já são suficientes para acender a pequena esperança dos seus corações." Aluno de apelido Leong da Escola para Filhos e Irmãos dos Operários (Secundário): "Antigamente, existia no meu coração uma pequena resistência às pessoas com SIDA, pois pensei que um pequeno contacto causava também a infecção desta doença. No entanto, depois de apreciar este filme, entendi que há três vias de transmissão da SIDA, e não é tão fácil transmitir a outros como eu pensava. Durante este filme, posso compreender plenamente o sentimento de desamparo e amargura das pessoas com SIDA. Elas não exigem mais do que não serem discriminadas por nós. Por isso, quando encontrarmos pacientes com infecção de SIDA, sempre que possível vamos dar-lhes mais tolerância, compreensão e carinho." Utilizador do Facebook: "Muitas pessoas, incluindo eu próprio, consideram que a SIDA não tem nada a ver com eles, por isso, nunca entendem verdadeiramente os conhecimentos desta área. Eis que, por causa da ignorância sobre a SIDA, temos muito medo dos pacientes com infecção de SIDA, tornamo-nos inconscientemente as pessoas que os discriminam. Este filme deixa-me ver um mundo muito diferente (e que era completamente incapaz de imaginar). No filme, não são todas as pessoas que nascem iguais, e algumas pessoas parecem que não têm futuro desde o seu nascimento, tal como o personagem ainda menor do filme – Tao Tao, o que me deixa sentir triste. A força destrutiva da discriminação e medo motivada por ignorância é muito grande, e nunca pensei tornar-me inconscientemente o cúmplice que destrói a vida de outrem. Sinto-me com sorte por ter tido a oportunidade de apreciar este filme, que elimina verdadeiramente o medo dos pacientes com SIDA no meu coração. Acredito que um dia, os pacientes com SIDA vão ser tratados como os outros doentes com doenças crónicas, tal como diabetes, sem discriminação da sociedade e que poderão viver uma vida maravilhosa."