O Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2011 assinalou um crescimento real de 17,5%, em termos anuais, estimulado, principalmente, pelas exportações de serviços, pelo investimento e pela despesa de consumo privado. Verificaram-se, designadamente, aumentos nas exportações de serviços do jogo de 25,2%, na despesa total de visitantes de 10,4%, no investimento de 16,7%, na despesa de consumo privado de 12,1%, na despesa de consumo final do Governo de 16,3% e nas exportações de mercadorias de 7,7%, informam os Serviços de Estatística e Censos. O PIB em 2011 foi estimado em 292,1 mil milhões de Patacas, registando um crescimento real de 20,7%. O PIB per capita cifrou-se em 531.723 Patacas (cerca de 66.311 dólares americanos). O comportamento da economia de Macau foi impulsionado, principalmente, pela subida favorável das exportações de serviços e pela expansão da procura interna. Realça-se que as exportações de serviços do jogo se expandiram 34,6%, a despesa total dos visitantes subiu 7,2%. No que toca à procura interna, a despesa de consumo privado subiu 10,2%, devido ao crescimento do número de residentes empregados e do rendimento do emprego. Por seu turno, a despesa de consumo final do Governo cresceu 9,4%. A formação bruta de capital fixo aumentou 14,5% graças ao acréscimo do investimento do Governo. Todavia, as exportações de mercadorias apresentaram ainda um comportamento fraco, cuja tendência decrescente se contraiu 2,9%. Os principais factores favoráveis que contribuíram para o crescimento económico de Macau foram os seguintes:
As receitas brutas do jogo dilataram-se 41,9%;
Os visitantes entrados no território aumentaram 12,2%, a despesa total de visitantes cresceu 20,0%;
O número de hóspedes cresceu 11,0%, a taxa de ocupação média dos hotéis subiu 4,3 pontos percentuais;
O investimento público aumentou notavelmente 79,4%;
O volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho expandiu-se 41,7%;
A mediana do rendimento do emprego de cada trimestre manteve o crescimento, situando-se entre o nível de 6,7% a 12,9%. As taxas de crescimento real do PIB referentes aos três primeiros trimestres de 2011 foram revistas, passando de 20,9%, 23,4% e 21,1% para 20,8%; 23,8% e 21,4%, respectivamente, enquanto o crescimento económico do ano 2010 foi revisto de 27,1 para 27,0. O deflactor implícito do PIB, que mede a evolução do preço, ascendeu 7,6% e 6,9%, em relação ao quarto trimestre e ao ano de 2010, respectivamente. Vide em anexo! Na vertente da estrutura do PIB, verificou-se um acréscimo de 27,9% nas exportações líquidas de mercadorias e serviços (exportações de mercadorias e serviços menos importações de mercadorias e serviços), que foi superior ao crescimento económico global, tendo o seu peso aumentado substancialmente de 55,9% em 2010, para 58,8% em 2011, uma vez que as exportações de serviços do turismo e jogo se dilataram. Por seu turno, o peso de outros componentes no PIB diminuiu, isto é, o peso do investimento caiu tenuemente, situando-se em 13,2%, enquanto o da despesa de consumo privado e da despesa de consumo final do Governo no PIB baixou de: 22,7% e 8,1% em 2010 para: 20,7% e 7,4% em 2011, respectivamente. Vide em anexo!