
Ontem (dia 10 de Outubro) a Capitania dos Portos (CP) verificou a descarga de óleo usado no Canal dos Patos e destacou imediatamente embarcações de limpeza ao local para a respectiva remoção, com vista a evitar a dissipação de óleo. Ao mesmo tempo, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), em conjunto com os serviços competentes, foi ao local para detectar a fonte da poluição e, após feita uma análise preliminar, suspeita que a poluição deve-se à descarga ilegal de poluentes efectuada por algumas lojas. Devido à descarga contínua de óleo usado no Canal dos Patos, prevê-se que a respectiva remoção necessitará de ser efectuada continuamente. Durante uma vistoria na manhã de ontem, vários agentes da CP verificaram a descarga contínua de óleo usado junto à Zona Industrial Transfronteiriça no Canal dos Patos. Para tal, a CP activou logo de imediato o mecanismo de acção conjunta, enviando uma equipa com embarcações de limpeza ao local para a respectiva remoção e, notificou o assunto à DSPA e ao Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais para o devido acompanhamento. A CP instalou dispositivos necessários na foz do Canal dos Patos para evitar a dissipação de óleo usado. Vários funcionários da CP têm vindo a utilizar ferramentas para recolher o óleo usado no local, evitando a disseminação do mesmo no Canal, no entanto houve ainda óleo descarregado intermitentemente, pelo que, até às 17:00 horas de ontem, os funcionários da CP encontravam-se ainda no local para continuar a remover o óleo usado, prevendo-se que a remoção precisa de ser efectuada continuamente. As embarcações e os funcionários da CP continuarão a estar atentos ao local da ocorrência para monitorizar a situação de perto e, assim, evitar a disseminação de óleo. Além disso, já na sexta-feira passada (dia 5 de Outubro) vários funcionários da CP, ao realizar uma vistoria regular nas zonas costeiras, verificaram que uma pequena quantidade de óleo usado foi despejada na Zona Industrial Transfronteiriça junto ao Canal dos Patos, tendo sido efectuada rapidamente a respectiva remoção. Considerando que o incidente da poluição está relacionada com a gestão da rede de drenagem e muitos estabelecimentos industriais se situam perto das bocas de descarga, a DSPA, em conjunto com a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e a Direcção dos Serviços de Economia, chegou ao local ontem à tarde para realizar uma inspecção conjunta. Por seu turno, a DSPA solicitou a uma instituição laboratorial a recolha de amostras de água para análise. De acordo com os resultados preliminares da inspecção conjunta, suspeita-se que a poluição se deve à descarga ilegal de gorduras e óleo acumulados e aos efluentes recentemente descarregados para a rede de drenagem de águas pluviais. A DSPA e os departamentos competentes irão continuar a acompanhar o melhoramento da situação e os resultados dos testes de qualidade da água, analisando o motivo e as fontes que causam a poluição. Além disso, durante a inspecção conjunta constatou também que há estabelecimentos industriais que despejam, durante a limpeza, águas residuais directamente para a rua. Sobre isso, as autoridades responsáveis pelo licenciamento e regulação ordenaram imediatamente a estes estabelecimentos que cessem a prática destes actos irregulares e que efectuem a devida remoção de poluentes.
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