O empreiteiro geral da obra já entregou o relatório do incidente, que foi elaborado pela equipa pericial encomendada da Universidade de Tongji após investigação do incidente de desabamento parcial das estruturas para suporte do túnel subaquático do Novo Campus. Segundo o relatório, a condição geológica do estaleiro é complexo, que existem camadas poucas rígidas, que não favorecem a execução de obras na sapata. Alguns dias antes do incidente, houve chuvas intensas no estaleiro, que aumentou a densidade de água no solo, elevou o nível de água subterrânea e aumentou também a probabilidade de deslizamento de solos nas camadas poucas rígidas. O assentamento diferencial provocado pelo este fenómeno, pressionou a contenção periférica da sapata. Além disso, dentro da sapata houve escavação demasiada e insuficiência de suporte, originado então um desequilíbrio de força na parede da sapata, que afinal, resultou este incidente de desabamento. O Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI) sublinhou que neste incidente não registou lesados e morte, a parte do desabamento não fazendo parte da estrutura principal do túnel ou da sua cobertura. Contudo teve influência à marcha da execução de obra. No entanto, foi solicitado ao empreiteiro geral em apresentar um plano de execução viável em retomar a obra, assumindo a responsabilidade dos danos e atrasos provocados. Segundo o relatório apresentado, o incidente não afecta a parte da estrutura principal do túnel já executado.
O Guangdong Nam Yue Group Co. Ltd., empreiteiro geral do Novo Campus, já apresentou ao GDI o relatório do incidente. Após análise, o GDI emitiu a sua concordância com a causa do incidente, que foi, derivada por factores diversos e complexos, nomeadamente a complexidade geológica do estaleiro, onde existe camadas fracas e microcamadas de água. Devido à pluviosidade, foi aumentada a densidade de água subterrânea, elevando assim o nível de água no subsolo e enfraquecendo as próprias camadas de solo. Por outro lado, a escavação é demasiada. O GDI já solicitou ao empreiteiro geral em examinar a segurança global da execução de obra, designadamente o cumprimento rigoroso do aprovado projecto de execução. Quanto às obras que existem perigo iminente, seja o empreiteiro geral, seja a entidade de execução, precisam de acompanhar com monitorização prévia e multifacetada, precisam de analisar os dados recolhidos e problemas iminentes, de modo a evitar incidentes semelhantes. Após a ocorrência do incidente, o empreiteiro geral colocou piquetes de monitorização na sapata, destacou pessoal de administração em turno, para examinar a segurança nas outras partes da sapata, tanto como tem solicitado à entidade projectista, à entidade de fiscalização, aos responsáveis de cada especialidade e aos técnicos participantes, em estudarem uma proposta para solução. O incidente de desabamento parcial da contenção periférica do túnel ocorreu na noite do dia 19 de Julho. Após o incidente, o empreiteiro geral destacou peritos profissionais para inspecção in loco, pela análise feita, podendo concluir que as causas principais do incidente são:
1. Condição geológica complexa que desfavorece a escavação na sapata
Segundo o relatório da amostra geológica e inspecção in loco, a condição geológica do local do desabamento é complexa, onde os solos são compostos por lodos e argilas lodosas, que são compactas, fluidas e instáveis. A vibração oriunda das máquinas possa provocar o deslizamento dos solos instáveis, que ameaça a instabilidade da contenção periférica. O solo, com camadas instáveis (com perigo de deslizamento), adicionado com a infiltração e acumulação de água de chuva, é enfraquecida e pouco resistente. Assim o deslizamento de solo provocado atingiu a camada impermeável e a parede da contenção periférica, injectando areias e lodos na sapata.
2. A construção das estruturas de suporte não acompanhou a velocidade de escavação, provocando a situação de escavação demasiada.
Segundo o relatório, em cumprimento do projecto de execução, o período entre o mês de Junho e Setembro é o auge dos trabalhos de escavação e de construção da estrutura principal, de modo a não coincidir com a chegada do tufão Vicente, a entidade de execução queria concluir antecipadamente a escavação e construção da laje de fundo. No entanto, a velocidade de construção das estruturas de suporte não conseguiu acompanhar a velocidade de escavação e não conseguiu a eficiente combinação da administração de execução e da segurança, de modo a cumprir o método de "suporte antes de escavação", originando assim a situação de escavação demasiada, que consequentemente levou a cabo a ocorrência do incidente. 3. A entidade de execução não monitorizou eficazmente os trabalhos de consolidação da estabilidade do solo.
Nas obras de escavação de sapata, se a execução de estruturas de suportes não cumprir as peças desenhadas, o caderno de encargo e os procedimentos de execução. No caso de acontecer condições geológicas e ambientais desfavoráveis, seja fácil de ocorrer desabamento. A entidade de execução houve insuficiências nas medidas de gestão do risco iminente, que merece melhoria na combinação orgânica entre a execução de obra e a gestão de segurança.
4. Pluviosidade intensa e descarga elevatória não atempada acelerou deformação do corpo do solo.
Devido ao efeito de estufa a nível mundial, o Centro Meteorológico Nacional da China tinha previsto que, desde os meados de Julho, a pluviosidade na zona de Ilha de Hengqin (Ilha da Montanha), em Zhuhai, é muita intensa. Existindo um grande corpo de água no lado Norte da sapata e sendo um lugar de baixo relevo, permitindo a frequente infiltração de água no solo que faz parte do desabamento, enfraquecendo a rigidez do solo e aumentando a quantidade de água no subsolo. Pela investigação, o solo desabado é principalmente composto por detritos e lodo, com alta densidade de água e com alta fluidez, por isso, é que possa afectar uma vasta zona. As medidas de contingência tomadas pelo empreiteiro geral
Após o incidente, foram convocadas várias reuniões de contingência com a participação do empreiteiro geral, entidades de execução e a equipa dos peritos. Através de inspecção in loco e monitorização, foi concluído que as medidas de acompanhamento compreendem em 3 fases: fase de socorro, fase de examinação dos danos e a fase de recuperação da contenção periférica. Neste momento, estando na fase de recuperação da contenção periférica. Após o incidente, o empreiteiro geral tinha incidido trabalhos de consolidação do talude desabado, nos dois lados da estrutura de suporte encher detritos e rochas. Para além disso, tinha colocado na periferia da zona desabada canais de drenagem de água, sacos de areias e argamassa regada na superfície do talude, impedindo a entrada de água de chuva na sapata e o agravamento da situação. Por outro lado, o empreiteiro geral do túnel tinha feito a inspecção global do corpo do túnel, verificando designadamente os suportes em aço, pára-raios, torres e gruas, os transformadores e todos os equipamentos. No entanto, os trabalhos no troço de Macau também foram suspendidas. A zona desabada apesar de não faz parte das estruturas principais do túnel subaquático, o Governo está ainda a atender ao acompanhamento do incidente
A zona compreendida no presente incidente de desabamento é uma parte do sistema de suporte e protecção para escavação da sapata da sessão do Túnel Subaquático no lado da Ilha de Hengqin (Ilha de Montanha), não fazendo esta a parte de estruturas superiores das estruturas principais do Túnel, cuja função é principalmente a contenção de solos e resistência contra água que permitem facilitar a execução da escavação e das estruturas do Túnel. A parte do betão pobre deixados no local do incidente são da função principalmente para uso de resistência contra água, ou seja, não são peças estruturais sujeitas a carga, assim a parte desabada não vai afectar as estruturas principais do Túnel. Mesmo assim, o Governo, na sua qualidade como Dono da Obra do empreendimento está altamente atento ao acidente de desabamento das estruturas de suporte do túnel subaquático do Novo Campus da Universidade de Macau na secção do lado da Ilha de Hengqin (Ilha de Montanha). O GDI reitera que a ocorrência do incidente terá certa influência face ao prazo de execução do Túnel, embora a segurança e qualidade na execução da obra são os factores de primeira consideração do Governo da RAEM, pelo exposto, foi solicitada à entidade empreiteira geral a apresentação, após conclusão do relatório de incidente, também do projecto e programa de trabalho viáveis, procurando que a obra de construção do Túnel seja concluída com qualidade de excelência e segurança. Todos os prejuízos e atrasos de trabalhos causados porventura no incidente serão obrigatoriamente as responsabilidades a assumir pelo empreiteiro. Apreciação e consideração de novo dos trabalhos de fiscalização e coordenação nas duas regiões, com intensificação também da comunicação mútua da informação na obra
A construção do Novo Campus é um empreendimento de grande dimensão na obra e de exigências técnicas elevadas em termos do prazo e da qualidade, tendo ambos maior interesse do público, o Governo tem em termos de ambos os mecanismos permanentes de supervisão e controlo, incluindo a supervisão e controlo do andamento e qualidade pela parte da entidade fiscalizadora, e por controlos rigorosos pela parte da Universidade de Macau em termos da qualidade dos materiais a utilizar na execução, e o GDI é a entidade responsável pela aprovação com rigor e prudência dos materiais em cumprimento das exigências e dos fenómenos de atraso a ocorrer eventualmente e já existente nas diferentes fases da obra, para além de insistir ao empreiteiro a obrigação de mobilização dos maiores recursos quando possíveis na premissa de segurança e garantia de qualidade a fim de recuperar o progresso já atrasado.
De facto, no Novo Campus, durante o período de construção, sujeita-se a administração sob legislação do Interior da China, com obrigatoriedade para cumprir rigorosamente as leis e regulamentos do Interior da China, tendo-se, ao mesmo tempo, a obrigação de cumprir os critérios de qualidade e normas de concepção de Macau tanto no projecto como na execução dos trabalhos. No processo de implementação de toda a construção do Novo Campus, para além de contratar através de selecção e recrutamento as empresas de consultadoria qualificadas para assistir a supervisão técnica, o Governo da RAEM adoptou completamente os sistemas de supervisão e controlo na fiscalização e no controlo de qualidade das obras públicas de Macau; sendo contratado directamente pelo Governo a entidade fiscalizadora para prestar permanência sempre nos locais de obras, realizar as reuniões periódicas com a entidade empreiteira e acompanhar os andamentos e situações dos diversos trabalhos. Actualmente, existem 14 equipas de fiscalização em execução dos respectivos trabalhos no Novo Campus (incluindo os trabalhos do Túnel). Subsequentemente, vai ser apreciado e considerado o grau de participação das entidades fiscalizadoras de Macau no empreendimento, paralelamente, vai ser intensificado com base do actual mecanismo de comunicação, para sensibilizar mutuamente, superar conjuntamente as dificuldades e controlar plenamente as situações de execução dos trabalhos por intermédio de relatos, discussões e estudos atempados, garantindo que a segurança e qualidade dos trabalhos executados estão em conformidade com as exigências.