A ocorrência de inundações no Porto Interior é um problema que tem vindo a preocupar os moradores e lojistas desta zona. Para responder às solicitações dos moradores para o alívio das inundações, o Governo desenvolveu várias acções de ordenamento, procurando soluções eficazes para o seu controlo, constituiu um grupo de trabalho inter-serviços, encarregou uma entidade de investigação científica de efectuar um estudo, assim como propôs um projecto de execução a implementar em duas fases, ou seja, a curto e a médio e longo prazo. Sob o pressuposto de manter as actuais condições de vida e o ambiente de negócios da zona, bem como o funcionamento das pontes-cais, tenciona-se dar início primeiro a uma parte das obras de prevenção de inundações e drenagem, e aproveitar a oportunidade de ordenamento do problema em causa para desenvolver o planeamento de reordenamento do Porto Interior, aperfeiçoando as condições de vida e o ambiente de negócios, e as instalações de transporte e acesso do turismo, com vista a revitalizar e renovar eficazmente a zona. Teve lugar hoje a reunião ordinária do Conselho Consultivo para o Reordenamento dos Bairros Antigos, durante a qual os serviços de planeamento fizeram apresentação do estudo de controlo das inundações da zona do Porto Interior. Por ser um local baixo, o Porto Interior sofre facilmente a invasão da água do mar e inundações durante as marés de tempestade, chuvas torrenciais e marés meteorológicas. Perante isto, o Governo criou em 2011 o "grupo de trabalho inter-serviços para estudo de controlo das inundações da zona do Porto Interior" no intuito de estudar em conjunto a solução do problema das inundações, no âmbito das respectivas áreas de competências. Incumbiu também no princípio de 2012 uma entidade de investigação científica de realizar o estudo do projecto de ordenamento das áreas marítimas e ambiente hídrico do Porto Interior. Da análise compreensiva resultou o projecto de execução a implementar em duas fases, ou seja, a curto e a médio e longo prazo. O projecto a curto prazo consiste principalmente nas medidas provisórias de prevenção de inundações e drenagem. Para o primeiro caso, será tomada a medida de "colmatagem de fissuras", mediante a recuperação de muretes com a obstrução de rombos ao longo do litoral do Porto Interior e construção do muro de retenção de água com lomba em forma de arco ou válvula móvel no pavimento da passagem das pontes-cais, o que contribuirá para aliviar as inundações causadas pelas marés de tempestade ou meteorológicas. O segundo caso reside principalmente na instalação de uma estação elevatória fixa no Porto Interior, assim como a construção de "box-culvert" para drenagem de águas pluviais e válvula de maré, o que reforça o efeito da drenagem durante as chuvas torrenciais e permite drenar num espaço de tempo curto as águas estagnadas nos pavimentos. Em paralelo, fecha-se a saída para mar da actual rede de drenagem, melhorando a situação da invasão das águas do mar. O grupo de trabalho irá manter uma comunicação estreita com os moradores da zona e os titulares de licenças das pontes-cais, levando a bom termo os trabalhos de coordenação, com vista a minimizar o impacto das obras. O projecto a médio e longo prazo irá aproveitar a oportunidade de resolver a questão das inundações do Porto Interior para desenvolver o reordenamento da zona. No entanto, o reordenamento do Porto Interior não só implica o planeamento do espaço urbano, transporte, ambiente, assuntos portuários e municipais como também interessa a conservação histórico-cultural, turismo, pesca, transporte de mercadorias e cooperação regional da zona. Perante a diversidade e complexidade dos problemas, os serviços competentes estão a realizar vários estudos específicos, desenvolvendo de forma programada os trabalhos do planeamento de reordenamento do Porto Interior. O projecto do controlo das inundações irá conjugar-se com o plano director urbano de Macau e a segunda fase das obras do metro ligeiro para aperfeiçoar as obras das vias da circular exterior, construir o espaço de lazer do "corredor marginal", enriquecer as instalações turísticas e optimizar o ambiente de vida e negócios do bairro antigo, o que contribui para a diversificação moderada da estrutura económica.