Na tarde do primeiro dia do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental 2013 (MIECF, na sigla inglesa), decorreu o Fórum Empresarial Verde, em que foram abordadas três grandes questões, que nos últimos anos mais têm preocupado o sector ambiental: eficiência energética, gestão da energia e desenvolvimento sustentável. Responsáveis governamentais, especialistas, técnicos e académicos provenientes de todo o mundo debaterem e trocaram experiências em redor dos referidos temas. A parte subordinada ao tema "Eficiência Energética" incluiu uma sessão de trabalho para uma análise profunda sobre "Financiamento à Eficiência Energética", em que o orador, Thomas K. Dressen, Presidente e CEO de EEPIC (Energy Efficiency Project Investment Company Ltd.) explicou quais os benefícios que tal tipo de financiamento poderá gerar para os investidores e operadores industriais. Dressen citou vários exemplos e dados, para mostrar aos participantes o período de retorno real dos produtos de poupança e eficiência energética, tendo também feito uma análise sobre os pormenores do estudo de casos por ele apresentados, tais como os assuntos que os investidores devem prestar especial atenção, as condições que os operadores ou as organizações que pretendam implementar a eficiência energética devem possuir e quais as informações pormenorizadas que as diversas auditorias e estudos devem incluir. Seguidamente, falou das diversas formas de auditoria viáveis, alertando os participantes sobre os pormenores e riscos no investimento e desenvolvimento de projectos de eficiência energética. No seu entender, antes de investir na eficiência energética, deve-se, primeiramente, examinar com profundidade a viabilidade da própria empresa mutuária e da sua capacidade económica, e, ao mesmo tempo, ponderar sobre o custo do equipamento e dos benefícios reais, chamando à atenção para que um investimento imprudente na eficiência energética poderá facilmente ter resultados indesejáveis, pelo que é necessário ter um plano cuidadoso e de longo prazo. No entender de Dressen, a China possui condições para implementar a eficiência energética e deve promover esta forma de financiamento. Elogiou o 12.º Plano Quinquenal da China, em que se determina que as obras de conservação energética podem reduzir eficazmente a emissão de gases de efeito de estufa, esperando que a China, no domínio de eficiência energética e emissão de gases de estufa, tenha um plano de desenvolvimento estável e esforços neste sentido, de modo a que, em 2026, venha a atingir a meta de reduzir a emissão do carbono em 40-50%. No tocante à Gestão de Energia, os especialistas citaram os benefícios para as organizações que se esforçam por desenvolver a eficiência energética e lutam pelo desenvolvimento sustentável. No entender de Tienan Li, director do Centro de Eficiência Energética Industrial, a formulação de um padrão para medição de eficiência energética é um factor muito importante. O especialista propôs melhor gestão dos recursos e aproveitamento de energia através da adopção de um sistema de gestão, edição e verificação de sistemas energéticos. Por outro lado, Lee Younseob, ministro-conselheiro dos Assuntos Económicos da Embaixada da República da Coreia, fez uma análise sobre "Desenvolvimento Sustentável", partilhando com os presentes a experiência do seu país em termos de poupança de energia. Lee Younseob defendeu que é preciso dinamizar a poupança de energia e redução de gases de estufa nas cidades para vencer os desafios do rápido desenvolvimento urbano. Os especialistas analisarem também questões sobre tratamento de resíduos sólidos e de águas residuais. Peter Newman, professor catedrático da Universidade de Western (University of Western) da Austrália mantém a sua opinião sobre a urbanização verde das cidades asiáticas. E, disse que a tradicional forma de aproveitamento dos recursos hídricos e do aterro de águas residuais é um grande desperdício, pelo que se deve desenvolver o modelo de reciclagem e melhorar a eficiência da utilização dos recursos. Salientou que a China e a Índia prestam muita atenção no desenvolvimento de energias renováveis, tendo já alcançado algum sucesso, dizendo estar convicto que o futuro trará a era da economia verde na Ásia. A mobilidade sustentável foi, também, um tema em debate. O Professor Thomas Braunl, Director de WA Vehicle Trial of the University of Western Austrália, disse que o carro eléctrico tem de facto mais de 100 anos de existência, sendo hoje um exemplo constante de utilização nos campos de golfe. Para este orador, no seguimento de melhorias introduzidas nos carros eléctricos e no desenvolvimento tecnológico, o transporte far-se-á, gradualmente, em carros movidos a electricidade, acreditando que, no futuro, eles serão os veículos utilizados pelo homem para o seu transporte.