Os participantes na IV Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, a decorrer na Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental de Macau, confirmaram e assinaram, esta tarde (5 de Novembro), o plano de acção para o triénio 2014-2016, incluindo as orientações, áreas e modelo de cooperação. O ministro do Comércio, Gao Hucheng, disse, durante a conferência de imprensa, que a série de medidas já anunciadas pelo vice-primeiro-ministro contribuirão, certamente, para reforçar e imprimir uma nova dinâmica à cooperação sino-lusófona. Os ministro da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola, Rui Mangueira, ministro do Turismo, Indústria e Energia de Cabo Verde, Humberto Santos de Brito, ministro da Economia e Integração Regional da Guiné-Bissau, Soares Sambu, o ministro da Indústria e Comércio de Moçambique, Armando Inroga, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal, Luís Campos Ferreira e ministro do Comércio, Indústria e Ambiente de Timor-Leste, António da Conceição discursaram na 4ª Conferência Ministerial. No final, os representantes dos países membros do Fórum Macau procederam, à assinatura do plano de acção que define seguinte: Primeiro, a nova meta de comércio e investimento bilateral, até 2016, deverá atingir 160 mil milhões de dólares nas trocas comerciais, propondo-se o esforço de concretização de um rápido aumento do valor de investimento mútuo nos próximos três anos; Segundo, enriquecimento do conteúdo de cooperação pragmática. Assim, por exemplo, pela primeira vez, recomenda-se a criação de zonas de cooperação económica e comercial para o sector empresarial, refere-se a intensificação da cooperação no domínio de protecção ambiental, nomeadamente, energias limpas, e menciona-se a promoção do intercâmbio de obras cinematográficas e conteúdos televisivos. Por outro lado, no domínio de investimento, procurar-se-á reforçar e aperfeiçoar o ambiente de investimento, com vista a facilitar trocas de visitas entre empresários e actividades de investimento e comerciais das empresas. No domínio das infra-estruturas, tentar-se-á atrair mais empresas para participarem na construção de infra-estruturas pela via bilateral ou multilateral. No domínio da educação e da formação, visar-se-á aumentar a cooperação no ensino da língua portuguesa e da língua chinesa, com vista a aprofundar a cooperação no desenvolvimento de recursos humanos. Na vertente financeira, procurar-se-á aprofundar a cooperação entre as instituições financeiras e divulgar o Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa, bem como a promoção do implemento dos projectos económicos e comerciais. Terceiro, aprofundamento do papel de Macau como plataforma. O Plano de Acção destaca o reconhecimento do desenvolvimento do papel de Macau como a plataforma para a cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa e faz referência específica à promoção da organização de feiras especializadas em Macau para os mercados dos Países de Língua Portuguesa, incentivando a participação dos governos e empresas dos países membros do Fórum de Macau no Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas, o estudo da criação do Centro de Distribuição dos Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa em Macau, bem como a promoção da Região Administrativa Especial como um dos locais de arbitragem para a resolução de eventuais conflitos decorrentes do comércio entre as empresas da China e dos Países de Língua Portuguesa. Entretanto, ao usar da palavra na conferência de imprensa sobre a IV Conferência Ministerial do Fórum de Macau, o ministro do Comércio, Gao Hucheng, sublinhou que, «nos últimos 10 anos, com os esforços dos países membros, o Fórum de Macau transformou-se numa plataforma importante para promover a cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.» E, adiantou que «a cooperação de investimento aumentou rapidamente e as seis novas medidas anunciadas na última Conferência Ministerial pela China foram implementadas com sucesso. «O novo elenco governativo da RPC atribui uma grande importância ao desenvolvimento da relação de cooperação económica e comercial com os Países de Língua Portuguesa, e o vice-primeiro-ministro, Wang Yang, anunciou as medidas importantes da China, a implementar nos próximos três anos, para promover a cooperação sino-lusófona. «Estou convicto que a concretização destas medidas irá criar novas energias para consolidar melhor a cooperação económica e comercial bilateral», concluiu o referido dirigente.