Relativamente a um caso divulgado numa página na rede social Facebook sobre "acto de salvar uma criança", os Serviços de Saúde afirmam que sempre se têm preocupado com o estado da criança em apreço, nunca cessaram de lhe prestar tratamento e continuam a esforçar-se para lhe dar a assistência médica necessária. Esta criança, que tem menos de um ano, está a sofrer. Três dias após o nascimento, foi conduzida ao Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o médico responsável diagnosticou-lhe microftalmia e anoftalia, quer dizer, os globos oculares apresentam-se pequenos e verifica-se opacidade da córnea. Os vários médicos reuniram-se para efeitos de uma consulta mais aprofundada, e explicaram pormenorizadamente à família o seu estado clínico. A seguir, através do mecanismo de serviços médicos no exterior do Centro Hospitalar Conde de São Januário, foi conduzida para um hospital de Hong Kong, com vista a procurar o parecer profissional e projectos de terapêutica.
Após um diagnóstico detalhado feito por um médico especialista de um hospital em Hong Kong, verificou-se que, para a criança, não é adequada a transplantação de córnea, mencionando-se também a possibilidade de uma nova técnica de transplantação de córnea, que um Centro de Oftalmologia dos EUA está a desenvolver, poder ser aplicada nesta criança. No entanto, ainda não existem dados concretos sobre a taxa de sucesso desta nova técnica utilizada em vários grupos etários (especialmente em crianças), nem quaisquer informações sobre o efeito após o tratamento permanente. De acordo com informação disponível, após a intervenção cirúrgica utilizando esta nova técnica, é possível surgirem complicações mais graves, designadamente lesões irreversíveis de cegueira.
Os Serviços de Saúde salientam que nunca desistiram do tratamento assistido ao doente e que os peritos oftalmológicos, quer de Macau, quer de Hong Kong, encontram-se a acompanhar o caso. Como Serviços responsáveis, os Serviços de Saúde são obrigados a assegurar que a técnica de tratamento que é aplicada ao doente, enviado ao exterior a fim de consulta pela entidade médica local, é segura, confiável e sólida. No passado, os Serviços de Saúde organizaram o envio de doentes, para além de Hong Kong, a outras regiões, tais como, Cantão, Xangai e até Portugal, a fim de serem submetidos a tratamento. Deste modo, é muito importante garantir que a técnica de tratamento aplicada ao doente é segura, confiável e sólida, quer dizer, não deve correr-se riscos na tentativa de submeter o doente a uma nova técnica de tratamento que ainda não é dominável. Como a idade da criança é inferior a um ano, os seus glóbulos oculares encontram-se em fase de crescimento e a sua estrutura ainda não é completa. Nesta fase, a criança em apreço apenas carece de estreita vigilância até que os glóbulos oculares sejam mais sólidos e possa ser considerada a oportunidade adequada para a realização da respectiva operação. Deste modo, não deve organizar-se de forma negligenciável a programação médica e submeter-se o doente a nova técnica de tratamento que apresenta riscos e não é dominável.
Os Serviços de Saúde salientam que desde sempre têm prestado atenção ao estado de saúde do doente em causa e manifestam profundo apoio à criança, assim como, vão proporcionar-lhe a assistência médica necessária. Concomitantemente, em conformidade com as necessidades concretas e as recomendações dos peritos, o doente será enviado a Hong Kong ou outro local adequado para consulta, com vista a ser-lhe proporcionado o tratamento adequado e atempado.