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Orquestra de Macau termina com sucesso viagem ao Tibete


A Orquestra de Macau (OM), sob a égide do Instituto Cultural, terminou recentemente uma viagem a Lhasa, no Tibete, onde foi calorosamente aplaudida pelo público. A convite da Sociedade de Promoção da Cultura Chinesa, a Orquestra, liderada pelo seu administrador, Dr. Wong Ka, visitou a cidade de Lhasa, local sagrado do Budismo, aí realizando um concerto de intercâmbio sob a batuta do seu Director Artístico e Maestro Principal, Lü Jia, em cooperação com a Orquestra Sinfónica da Região Autónoma do Tibete. Os músicos procuraram adaptar-se à altitude elevada com grande espírito de profissionalismo, de forma a proporcionar uma actuação de alto nível, vendo os seus esforços recompensados pelos elogios dos dirigentes locais e do público.
A delegação partiu de Macau no dia 2 de Junho e, chegados a Lhasa, diversos músicos foram afectados pela doença da altitude, pelo que lhes foi concedido um período de descanso inicial para que pudessem recuperar. O Maestro Lü Jia, mesmo sofrendo com a altitude e necessitando de inalar frequentemente oxigénio, insistiu em estar presente nos ensaios e na actuação, mantendo durante toda a viagem uma postura profissional. No dia 5 de Junho, a OM realizou com sucesso um concerto de intercâmbio na Sala de Concertos da Região Autónoma do Tibete em conjunto com a Orquestra Sinfónica da Região Autónoma do Tibete.
Devido à elevada altitude, foram feitos alguns ajustes ao programa deste concerto. Na primeira parte, a OM interpretou a Serenata para Cordas em Sol Maior "Uma Pequena Música Nocturna", de Mozart, e Luar Sobre o Rio da Primavera, esta última em conjunto com a professora de pipa do Conservatório de Xangai, Shu Yin. Na segunda parte, a Orquestra Sinfónica da Região Autónoma do Tibete, sob a batuta do seu Maestro Principal Bian Ba, interpretou a Sinfonia n.o 39 em Mi Bemol de Mozart e o Can-Can de Offenbach. Na parte final, sob a batuta de Lü Jia, os agrupamentos interpretaram em conjunto Nas Estepes da Ásia Central, de Borodin, e a polka de Strauss Sob Trovões e Relâmpagos. O local do concerto, com capacidade para 400 pessoas, encontrava-se quase lotado, tendo os intérpretes recebido ovações entusiásticas por parte do público no final de cada peça. Durante esta viagem, a Orquestra de Macau teve ainda a oportunidade de visitar o Templo de Jokhang, o Palácio Potala e o Lago de Namtso, entre outras atracções, de forma a compreender mais a fundo a religião, a arte e a cultura do Tibete.
Esta visita constituiu a 12.a deslocação da OM ao Interior da China, onde a orquestra já visitou mais de trinta províncias e municipalidades e foi cordialmente recebida pelos dirigentes locais, bem como aplaudida pelo público, sendo a primeira orquestra a actuar em todo o Interior da China, um feito que acarreta especial significado. Nesta viagem, a OM adoptou, mais uma vez, o papel de embaixadora cultura do Governo da R.A.E: de Macau, divulgando em Lhasa obras culturais extraordinárias de Macau, relevando o seu estilo e a sua força, promovendo, assim, a arte e cultura do território.

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